sábado, julho 11, 2015

Estou sem palavras

Imaginam porquê os amigos do OUREM. Mas, ao contrário daquela que diz que canta até que a voz lhe doa, eu acho que isto já está a doer mesmo muito, pelo menos nas nossas convicções. Tanta promessa, tanta afirmação e depois...
Claro que ainda há a hipótese de o Eurogrupo não aceitar aquilo e forçar ao GREXIT. Isto é de loucos, não se chame o gajo Tsakalotos... É emoção até ao final do filme!

domingo, julho 05, 2015

OXI


Por uma margem que, neste momento, é superior a 50%, o NÃO venceu o referendo anti-austeridade na Grécia. A festa das pessoas é imensa.
Neste momento quase tudo está em causa: a União Europeia, a união monetária, o Euro, os dirigentes europeus que tão mal se portaram. A vitória é totalmente da democracia que não cedeu ao ultimato nem à chantagem materializada no esgotamento da liquidez bancária e nas pressões sobre reformados.
O Syriza viu reforçada a sua legitimidade já que a votação ultrapassou largamente os resultados eleitorais. Agora pode negociar mostrando que tem um grande apoio popular. O resultado desta negociação é uma incógnita: havendo acordo, esperemos que ele não traia o mandato popular e consiga condições excelentes suscetíveis de ser estendidas a outros que não lhe facilitaram a vida; saindo do euro, há que fazê-lo com extremo cuidado para assegurar o mínimo de penalização para o povo que tanto o apoiou.
Os portugueses continuarão a observar mantendo-se nesta medíocre agonia de uma falsa estabilidade enquanto os juros não dispararem. Claro que há ameaças relativamente aos que dependem da segurança social depois de uma vida de trabalho. E elas traduzir-se-ão em mais austeridade quando os atos eleitorais se consumarem. Mas os partidos do chamado arco da governação ainda são muito fortes, não deixando espaço para uma força tipo Syriza ter acesso ao poder. Por isso, por cá, o OXI será sempre muito frágil.
E, no momento deste referendo em que é necessário encontrar alguém que diga de modo firme NÃO à austeridade, o OUREM deixa aos seus leitores duas sondagens importantíssimas. Teremos alguém com as qualidade de Tsypras? E de Varoufakis? Soubemos entretanto que este economista, que valia mais que os outros 18 todos juntos, que preconizava uma frente dos países periféricos para resistir à jaula de ferro em que a UE os encerrava, se demitiu. Julgamos que com isso vai facilitar a negociação ao primeiro-ministro grego dado os anticorpos que gerou nos seus pares. Por isso, o mantemos na pesquisa de um português que possa ter papel semelhante. Aproveitem para responder às nossas sondagens...
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