Os amigos de longa data



Não duvido que aqueles que já partiram, lá de cima, estarão a dizer: força, Luís!
O Zé Manel, o Vitor Guerra, o Jó Rodrigues, o Luís Nuno, o Félix... Sim, não tenho dúvidas que me apoiam neste esforço para manter a nossa Ourém. Mas...
... e os outros?... os que estão mais presos à efemeridade material?...
Continuarão a ser amigos obviamente. Quer votem Alho, Catarino, Sandra ou Luís.
Talvez não volte a falar nisto, talvez nem lhes peça o voto. Que actuem de acordo com a consciência.
Alguns pensarão:” mas por que é que este maluco se meteu nisto? Que hei-de fazer?”
Se chegarem a esta questão, lembrem-se da nossa Ourém, do Largo de Castela, do king no Avenida, do parque atrás da Câmara, das bilharadas no Central e no Avenida, dos bailaricos, da tromba do Kansas toda queimada, do nosso colégio, da escola do Roque, da Feira Nova, e questionem-se se, uma vez na vida, isso não merece fazer correr o risco de um voto diferente...

Candidatura à Câmara de Ourém

Integrado na CDU (Coligação Democrática Eleitoral), sou candidato à Câmara de Ourém. Tenho razões, motivações, propostas. E, para além disso, um apoio de uma organização cujos fundamentos têm muito a ver com a minha formação.
Essa organização já produziu 36 comunicados e tem mais alguns na forja. Estão na coluna da direita onde podem ser consultados caso a caso.

Convém deixar aqui alguns tópicos da minha candidatura:

As minhas razões

As propostas

- As nossas propostas para a utilização de novas tecnologias no apoio à iniciativa privada e nos serviços públicos

- As nossas propostas para o crescimento da produção e protecção da riqueza florestal

- As nossas propostas para mais e melhor turismo no concelho

- Por uma autarquia solidária com as suas gentes

- As nossas propostas para descentralização e mais eficiência na relação com o munícipe

- Uma palavra para os trabalhadores autárquicos

- As nossas propostas ligadas à juventude de Ourém

Outras questões: PDM e Intermarché

A equipa

Os outdoors que Ourém nunca verá

- Respeitar e preservar o local onde nascemos

- Nós vamos devolver aos oureenses tudo o que os sem-amor à nossa terra lhes destruiram e for recuperável

- É preciso gostar de Ourém

- Somos a verdadeira alternativa

- Utilizar o equipamento e a tecnologia mais recentes

E as outras candidaturas?

Os nossos assessores

- O assessor para a segurança

- O assessor para a sesta do presidente

Pausa para talassoterapia e reflexão


Lembram-se?

Vou parar por uns dias.
Isto não é menos interesse pela nossa causa ou esquecimento da mesma.
Acontece que já estava tudo programado antes de receber o honroso convite do Sérgio.
Voltarei lá para 9 de Setembro. Nessa altura, ainda não darei toda a atenção às autárquicas pois a miudagem tem de fazer exames e não tem culpa das loucas causas deste mortal.
Conto ir para Ourém lá para 15 ou 16 de Setembro. Com muita disponibilidade para a campanha embora tenha de assegurar algumas aulas.
Esta pausa só o será na aparência. Utilizarei o período para reflexão e irei redigindo textos e fazendo algum trabalho.
Quanto aos nossos amigos, encontram já disponíveis todas as nossas intenções, podem comentá-las e ajudar-nos a melhorar o programa. Aproveitem, ainda há muito tempo para redigirmos o nosso contrato...
Ao nosso lado, o CDU por Ourém vai sendo actualizado pelo resto da equipa.
Antes de abandonar, vou deixar pelo menos dois posts...
Até breve.

PDM e Intermarché

Todos os factos integrantes do desempenho autárquico serão objecto da nossa atenção embora não sejam listados num local em que apenas temos por objectivo apontar os mais relevantes. Isto é, não pretendemos ser exaustivos. No entanto cabe uma referência especial ao PDM e ao caso Intermarché.
O PDM pode definir-se como um documento em que se separa o rural do urbano e se definem algumas características para cada um deles. Na nossa perspectiva, é preferível a existência de um PDM do que a sua ausência a qual permite o livre arbítrio. Sabemos da existência de queixas e problemas relativamente ao mesmo. O que julgamos correcto será o levantamento de todas elas e o desencadear de um processo de revisão que as tenha em conta. A contribuir para este levantamento, entendemos, na nossa perspectiva, que talvez seja positiva a integração em futuro plano de um conjunto de preocupações relativamente à habitabilidade das nossas localidades e à circulação pedonal no interior das mesmas. Há que evitar a todo o custo que as habitações despejem o munícipe para o meio da rua como começa a notar-se em muitas localidades, há que definir limites à circulação automóvel a qual não pode prejudicar a vida dos habitantes das localidades.
Quanto ao Intermarché, esperaremos por uma solução a tomar em tribunal ou por entidade governamental competente. A autarquia respeitará a decisão. Se for lesiva dos seus interesses, e isso for possível, recorrerá.

Uma incursão radial

desde que testados e...
ao serviço do povo e...
ao serviço de OUrém

As nossas propostas para a utilização de novas tecnologias no apoio à iniciativa privada e nos serviços públicos

A nossa candidatura apoia a iniciativa privada e orgulha-se disso. Esse apoio assume a forma de produção de bens e serviços de utilização colectiva para os quais o pequeno e médio empresário não manifeste vocação. Convém acrescentar que não excluímos a grande empresa da sua utilização, mas reconhecemos que o seu posicionamento no mercado pode carecer de soluções à medida as quais, obviamente, não nos competem.
O mesmo tipo de soluções pode ser aplicado a serviços públicos.
Neste contexto, destacamos:
- a criação da rede digital das bibliotecas do concelho que permitirá a disponibilização do catálogo total em linha e a realização de reservas e empréstimos pondo todas as unidades de biblioteca à disposição dos oureenses independentemente do local em que se encontrem;
- o desenvolvimento do portal turístico do concelho, em várias línguas, que torne visível toda a oferta nesta área existente no concelho e que integre um sistema de reservas em linha que ficará disponível para os pequenos e médios empresários de hotelaria;
- o desenvolvimento do portal do móvel, em várias línguas, que terá por missão tornar visível ao país e estrangeiro os resultados da nossa produção industrial nesta área de actividade e integrará soluções de interacção com possíveis clientes;
- a criação de um centro de desenvolvimento de soluções informáticas para apoio ao pequeno e médio empresário - já referido - que será a unidade básica que suportará os desenvolvimento referidos, que integrará estagiários das áreas já referidas de engenharia, sistemas de informação e comunicação empresarial e poderá participar em parcerias com empresas de soluções informáticas que tenham provas dadas no concelho e que já conheçam parcialmente o problema em causa, como é possível deduzir da existência de um produto denominado Fátima Virtual.

Internet ganha terreno na reserva de alojamento em hotéis

É notícia do Público do dia 24 de Agosto que se baseia num estudo da Unicre. Um dos pontos referidos pelo mesmo estudo consiste no facto de apenas um quarto das páginas de hotéis terem informação em mais do que uma língua. Uma concepção provinciana poderá dizer-se...

Ourém precisa de mudança no poder autárquico - 36

Pelouros não são poleiros

Quando se analisam as competências do elenco camarário a primeira constatação é a flagrante concentração de poder. A segunda, e considerando que em democracia qualquer cidadão em condições de se fazer eleger para um órgão autárquico poderia desempenhar estas tarefas independentemente das suas condições/habilitações para o fazer, é a da multiplicidade e disparidade de competências atribuídas a cada indivíduo, as quais, em condições normais e democráticas, exigiriam bem mais meios técnicos e humanos para serem eficazmente conduzidas. O que se pode facilmente depreender da inércia e inépcia destes senhores, bem patente no seu desempenho, é ainda agravado pelo multiplicidade e disparidade de competências que acumulam dificilmente levadas a cabo por um único indivíduo, nem que estivesse munido das várias ferramentas técnicas para o fazer (o que está longe de ser a verdade), ou estivesse acompanhado nessas competências de forma descentralizada por equipas que as tivessem e os auxiliassem (o que infelizmente não acontece).
Não se hesita em considerar estes pelouros como uma acumulação de incompetência, bem patente na displicência e irresponsabilidade com que grande parte dessas áreas tem sido gerida.
E juntando a tudo isto, lembra-se que acumulam ainda funções nos conselhos de administração das empresas municipais que ao longo do tempo foram criando. Não se conhecesse a triste realidade deste concelho e teriam de ser considerados verdadeiros “fora-de-série”, sobredotados. Infelizmente, no nosso concelho o enraizado clientelismo tem neste elenco o espelho da autárcica incubadora que o alimenta.
A CDU bater-se-á por uma descentralização/distribuição das competências pautando pela sua atribuição àqueles cujas qualidades assentarem melhor para o exercício competente e responsável das tarefas que lhes forem incumbidos.
A causa pública pauta-se por isso mesmo, esta autarquia é escandalosamente dominada por interesses alheios aos munícipes e conceitos de desenvolvimento obscurantistas que, ou servem sectores largamente minoritários na sociedade civil e por isso a ela contrários, ou assentam na mais despudorada ignorância.
Com a CDU no poder autárquico, será diferente!

CDU Ourém

Sérgio Ribeiro de volta à Assembleia Municipal
Uma vereação em que haja oposição

A gosto de...



A Susana não estará, mas o que isso significa é que poderemos ter duas sessões em vez de uma com a presença delas. Logo, ficamos a ganhar.
Na sexta-feira, 26 pelas 18.30 na Som da Tinta, há que repetir o sucesso da sessão com o Pedro.
Aqui para os lados da Parede há muita inveja.

Para descontrair...


Ora vejam lá o atrevimento

Hoje é quinta-feira, dia do Mundo de Aventuras. Esta preciosidade foi publicada no núumero 197 de 21/5/1953. Vejam como já se adivinhava a necessidade de um assessor para a sesta do presidente...

Democracia à portuguesa - 3

O que aprendi já nesta pré-campanha é que a nossa democracia privilegia bem mais a auto-correlação entre resultados eleitorais sucessivos do que a igualdade de oportunidades. Como estamos longe do 25 de Abril!

Democracia à portuguesa - 2

Aliás, se existisse um debate sobre Ourém na SIC, duvido muito que, com os critérios que esta estação ontem utilizou e a sondagem do NO, o próprio Zé Manuel Alho lá tivesse lugar...
... ou então apareceria para lançar fumaça. Ontem notou-se perfeitamente que o que a estação queria explorar era o diferendo Isaltino * Teresa.
Portante, aquilo não é um debate com as propostas para as autarquias, mas combates (lutas de galos) que sejam mais mediáticos.

Democracia à portuguesa

Acabo de assistir a um debate na SIC Notícias sobre o processo eleitoral autárquico no concelho de Oeiras. Presentes: o independente Isaltino, a candidata social-democrata e o candidato socialista.
À porta ficou a CDU que se manifestou contra os critérios que levaram a esta escolha sendo bem mais os candidatos.
É evidente que a SIC, empresa privada, tem todo o direito de escolher os seus convidados os quais se demonstra que dependem mais da contribuição para as audiências do que do respeito por regras democráticas e de igualdade de oportunidades.
É curioso como Isaltino, presumido inocente, ali tem lugar apesar de ter um processo às costas e a CDU (e outras organizações), presumidamente com capacidade eleitoral, não cabe ali. Curiosamente, Isaltino referiu que alguns dos melhores vereadores que tinham colaborado com ele seriam da CDU.
Num dos próximos dias, o espectáculo continua e nos mesmos moldes. O cenário será Sintra e os actores Seara e Soares. Tratar-se-á de mais uma inovidável contribuição para a democracia.

Mudar

Pequenos perante o mundo que nos rodeia e o poder estabelecido.
Grandes na determinação.
Disponíveis para comandar a roda da mudança...

As nossas propostas para o crescimento da produção e protecção da riqueza florestal

Trata-se de um objectivo patriótico alicerçado nas monumentais dificuldades que o país atravessa decorrentes do processo de integração europeia e da deterioração progressiva da balança comercial. Parte da riqueza agrícola é deixada ao abandono por o produtor não ter interesse na mesma. Entre as medidas preconizadas nesta área, propomos:
- a criação de uma brigada agrícola destinada à prestação de serviços nesta área de actividade e que garantam a rentabilidade dos produtos sujeitos à mesma pela sua concretização em termos de trabalho colectivo pela sua aplicação a várias explorações;
- o estudo do sistema de protecção florestal existente no concelho e, em caso da sua aprovação qualitativa, a generalização;
- a actualização do cadastro agrícola e florestal;
- o estudo das possibilidades de aproveitamento da biomassa arrecadável através da protecção florestal e implementação de uma solução em eventual colaboração com concelhos limítrofes;
- investimento nas actividades de sistemas de informação, criação de soluções para a Internet, exploração de bases de dados para aplicação local em serviços públicas e em soluções colectivas e, eventualmente, para fornecimento a outras autarquias;
- o apoio aos industriais e aos produtores de vinho palhete sob formas a identificar em contacto com os mesmos.

Criar parques de lazer

A criação de parques de lazer em todas as freguesias do nosso concelho é no nosso entender uma estratégia na qual todos os esforços devem ser envidados.
Aproveitando espaços com valor natural e ou patrimonial, podem ser criados espaços cuja funcionalidade pode ir
• desde um simples local para se desfrutar tranquilamente do ambiente com intervenção mínima no meio envolvente e aproveitando para fazer educação ambiental/cultural com painéis lúdicos sobre aspectos de interesse que ali se apresentem (floresta ribeirinha, matos/floresta em calcários, equipamentos como moinhos, lagares, fábricas etc.),
• até parques que incluam mesas, sanitários e eventualmente locais apropriados para fazer fogo.

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O dedo na ferida
Por Marco Jacinto

No passado, o Homem fez uso do fogo para modelar a paisagem, desflorestando bosques com fins agrícolas, criação e manutenção de pastagens, práticas cinegéticas e usos bélicos.
O abuso deste factor originou grandes perdas de solo e de recursos florestais (Tomaselli, 1977), o que levou a considerar o fogo como um factor negativo que devia ser evitado a todo o custo.
Estas modelações da paisagem Mediterrânica favoreceram a multiplicação de espécies resistentes/adaptadas ao fogo.
No nosso país, que durante muitos séculos manteve práticas do tipo agro-florestal, em que as zonas de floresta se entrecortavam com terrenos agrícolas, e a produtividade da floresta não estava confinada à extracção de essências florestais, mas a todo um conjunto de actividades mais ou menos interligadas, como o pastoreio, a remoção de matos para maior conforto dos animais nos currais, e que por sua vez resultava na compostagem desses matos utilizados posteriormente na fertilização dos solos agrícolas.
Nas últimas décadas assistiram impassíveis os sucessivos governos à destruição deste modelo socio-económico com a assinatura de uma Política Agrícola Comum (P.A.C.) que serve apenas os grandes interesses económicos, tornando certas práticas incomportáveis para os pequenos produtores.
Nas zonas mais interiores a desertificação acentuou e com ela o abandono das propriedades, com menos pessoas maior a interioridade pois o desinvestimento nessas zonas aumentou na mesma e irresponsável proporção.
Enquanto isso nas zonas mais densamente povoadas a construção irracional e especulativa prolifera desordenadamente, na floresta mandam os grandes interesses económicos e não as leis naturais da produtividade vegetal, que tão úteis podem ser mesmo que não as conheçamos na totalidade e aplicando-as só parcialmente.
A tudo isto tão falado e propalado juntam-se as alterações climatéricas que de conversa de ecologista passaram a afectar o dia a dia do mundo ocidental habituado apenas a conviver com misérias distantes, e displicentes em relação a um futuro que só a ignorância atirava para longe.
Temperaturas elevadas, grandes quantidades de biomassa compostas na maioria das vezes por espécies arbustivas altamente inflamáveis e cobertos arbóreos monoespecíficos de resinosas e eucaliptos os quais como se sabe vem de ecossistemas altamente relacionados/adaptados com o fogo, as enormes áreas, com as características atrás referidas, e a sua distribuição criam grandes Padrões de ignição, juntando a tudo isto a topografia mais ou menos montanhosa do nosso país, a seca que assola há mais de um ano, e os ventos que inevitavelmente se criam quando todas estas condições se aplicam a um incêndio são ingredientes sobejamente conhecidos de quem há muito despertou para estas questões.
Não se entende pois como “políticos”, e as populações que sucessivamente os têm eleito, vêm agora com execráveis acusações sobre os bombeiros, cujos o fogo já levou dez vidas, centenas de entre eles combatem voluntariamente com inerentes prejuízos profissionais e familiares e de forma abnegada são dedicados no que se refere aos incêndios a uma luta contra irresponsabilidades que tem responsáveis.
Os bombeiros têm enfrentado cada vez maiores dificuldades no combate aos incêndios, mas as culpas que sobre eles recaem são fruto da desresponsabilização política que tem minado importantes sectores da nossa jovem democracia, as culpas sobre os bombeiros são apenas consequência da ausência de verdadeiras políticas que combatam/minorem este problema, e nestas horas de aflição políticos medíocres alimentam-se na aflição das populações e alimentando a ignorância transferem para esses valorosos soldados da paz as causas da calamidade que ano após ano se abate sobre nós, os bombeiros no geral e os comandos no terreno em particular são assistidos pelo direito a falhar como todo o comum mortal, falhas que certamente contribuirão para melhorar a sua acção no futuro. As críticas que se têm ouvido envergonham qualquer pessoa com o mínimo de discernimento, a CDU está solidária com os Bombeiros Portugueses. E se a luta dos bombeiros é contra as consequências da ausência de verdadeiras políticas para este país, a nossa é directamente contra as causas que as originam.

Via CDU por Ourém

Marco, o nosso candidato para o ambiente, agricultura e florestas, é da Amieira (Urqueira)

Ele é o símbolo de uma nova mentalidade que procura deixar um mundo melhor a todos os que cá estiverem depois de nós, entendendo que a sustentabilidade do desenvolvimento é uma palavra de ordem fundamental.
Está em sétimo lugar na nossa lista. Lugar não elegível, dirão. Pode ser que tenham razão, mas temos de deixar alguns lugares à concorrência. Mas uma coisa vos garanto: eleito presidente, tudo farei para ter a colaboração do Marco nas áreas da sua especialidade.

Testemunhos

Há imagens, testemunhos do horror vivido, que podem ser de uma beleza intensa.









Via Photoman

Como se fosse a cavar trincheiras
Por Sérgio Ribeiro

Estive na Salgueira. A ver, a ouvir, a cheirar, a sentir o fogo. Ali, a dois passos.
O fogo e as gentes.
Uma velhota, mais resignada que desesperada, molhava e molhava e molhava a frente da casa
- da casa onde talvez tenha nascido, onde terão nascido os filhos, onde reviverá a ver os netos, de onde terá saído o enterro do homem que a deixou viúva, onde espera o tempo -,
molhava e molhava e molhava à roda da casa como quem abre trincheiras.
Sem dizer uma palavra, sem levantar os olhos para o fogo.

Via anónimo sec xxi

Cada vez mais abrangente

Os operários e camponeses, sem dúvida, os amigos do ambiente, mas também e cada vez mais os jovens, os professores, os escritores, os poetas, os profissionais autárquicos, de hotelaria, do comércio, da restauração, dos transportes, os trabalhadores do conhecimento, os técnicos de informática, os pequenos e médios empresários. Enfim, cabem quase todos...

As nossas propostas para mais e melhor turismo no concelho

As medidas para o desenvolvimento turístico do concelho que integramos na nossa candidatura incluem:
- medidas para o desenvolvimento da utilização do Agroal como estância de férias e utilizações da água para fins terapêuticos que passam pela manutenção do ambiente natural envolvente, a preservação com um padrão de qualidade mais elevado do que o actual das habitações que rodeiam a nascente, a instalação de balneários confortáveis e o apoio a projectos que a iniciativa privada venha a submeter em matéria de hotelaria de qualidade;
- a melhoria nos acessos ao Castelo e a reprodução periódica no mesmo de cenas da cultura medieval ou integradas em outro tipo de comemorações de que é exemplo a quadra pascal;
- o respeito pelo fenómeno Fátima, pela religião e pelo culto e o apoio ao desenvolvimento, a partir do mesmo, de uma espiritualidade inteligente;
- o acompanhamento do projecto do campo de golfe de Caxarias, do seu impacto ambiental, social e a colaboração em projectos que se traduzem no incremento turístico, na criação de emprego e na divulgação de Ourém;
- o desenvolvimento de uma vertente que poderemos denominar Nossa Ourém e que integrará a realização de exposições permanentes sobre figuras que enriqueceram o nome da nossa terra como Toná, Bernardino, Acácio Paiva, Néné, o dr. Preto, dr. Alves, Afonso Gaio e que poderá sujeitar-se a um padrão do tipo: restauração da sua habitação (quando esta ainda existir), recolha de utensílios de trabalho, textos e fotografias que se lhes refira e sua disponibilização com condições de dignidade e que honrem Ourém;
- a classificação por todo o concelho de edifícios de interesse municipal com o objectivo de os proteger relativamente a qualquer autarca menos respeitador e de garantir a sua preservação em moldes que satisfaçam quem os contemple e dignifiquem Ourém.

Endividamento das autarquias

É a notícia do dia e, ao que parece, anuncia algo de muito grave.

Eu nem quero pensar no que se passa ali para a Casa Amarela. Nem quero saber. Será que, se ganhar, vou passar a vida a pagar a dívida que os outros fizeram com a propaganda? Completamente amarrado?...

É melhor não pensar nisso. Eles estão convencidos que ganham, talvez não tenham deixado muitos estragos...

Por uma autarquia solidária com as suas gentes

Se eleitos, a nossa candidatura é uma candidatura de solidariedade que procurará por todos os meios ao alcance da autarquia:
- apoiar os jovens;
- acompanhar os idosos, facultando-lhes meios de assistência e distracção;
- recuperar comportamentos indiciadores de exclusão;
- acompanhar e apoiar as vítimas de catástrofes naturais;
- apoiar os desempregados em nova colocação ou na criação do próprio emprego.
Com esse objectivo, será criado o Observatório Social do Concelho destinado a detectar prematuramente algumas das situações listados, ou outras que venham a ser consideradas, a propor soluções e a acompanhar a sua implementação.

Sónia, a nossa cara para a juventude, é de Fátima

Ela é o símbolo de uma juventude bonita que encontra nos estudos e na causa autárquica uma razão para a sua acção.

Ela está num lugar elegível: é a terceira da nossa lista. Só não estará entre os vereadores se os eleitores não quiserem.
A presença da Sónia garante especial atenção a Fátima, que respeitaremos, que queremos que continue a ser terra de fé, que queremos que continue a ser ponto de atracção de muitos peregrinos, que queremos que mantenha condições de alojamento, restauração e comércio ao melhor nível, que apoiaremos no desenvolvimento de uma espiritualidade inteligente

Fátima, local de privilégio para as minhas memórias do Vinil

A minha primeira relação com o mercado de trabalho foi pelos quinze anos, quando fui substituir, em momento de férias, uma pessoa que trabalhava no posto de turismo em Fátima que ocupava cerca de metade do espaço onde é, hoje, a farmácia. Autêntico trabalho infantil durante duas semanas que procurava explorar os meus conhecimento de inglês e francês pondo-os ao serviço dos peregrinos. Não era difícil, havia um lote de coisas preparadas para distribuir e informar e os visitantes também não eram muitos: "Ora, tem aqui a Capelinha. Também pode ir aos Valinhos ver a loca do Anjo...".

Assim, nos muitos momentos livres, dediquei-me a fazer o reconhecimento do local. E estava nesta prospecção quando, de repente, os meus olhos deram com algo de diferente, algo com a forma de uma mala. A curiosidade forçou-me a abrir aquilo e fiquei deslumbrado com a visão. Pela primeira vez, tinha à minha frente um gira-discos. Ainda emocionado, fechei-o e recoloquei-o no mesmo sítio.

Mas, no dia seguinte, a recordação daquela visão não me deixou descansado. Voltei a abri-lo e liguei-o, testando aqueles manípulos que diziam 33, 45 e 78. Vi que aquilo andava e até produzia algum som. Continuei a procurar...

Acabei por descobrir um single dos Beatles de nome "All my loving" e outra canção cujo intérprete já não recordo e que se chamava "This land is your land".

Fátima ganhou novo encanto. Os dias seguintes passei-os a ouvir a maravilhosa viola do Harrison e aquelas vozes que nunca mais me largaram. Em frente ao posto de turismo, os peregrinos e as meninas daquelas lojecas todas iguais, símbolo de mercado de concorrência perfeita, parecia que dançavam ao som da música que eu lhes dava.

Ao fim do dia, quando regressava para junto da oficina do meu pai, os sinos que cantavam a Avé Maria, pelas sete horas, confundiam-se com o magnífico som que não conseguia largar a minha mente...

Close your eyes and I'll kiss you,
Tomorrow I'll miss you;
Remember I'll always be true.
And then while I'm away,
I'll write home ev'ry day,
And I'll send all my loving to you.

I'll pretend That I'm kissing
the lips I am missing
And hope that my draems will come true.
And then while I'm away,
I'll write home ev'ry day,
And I'll send all my loving to you.

All my loving I will send to you.
All my loving, darling I'll be true.

A minha relação com Fátima

Nunca foi difícil, acreditem.
Já por várias vezes a abordei neste espaço.
Nasci e cresci em Ourém, terra de que recordo alguns episódios de que vos dei conta, ao longo do tempo. No Fernão Lopes, contactei com a trupe de Fátima: o Seminário, o Ze Carlos, o Augusto e o Matias. Bons rapazes, tal como todos o éramos nessa idade. Entre os quinze e os dezasseis, a primeira ocupação remunerada foi no posto de turismo de Fátima. Vou reproduzir essa estória daqui a uns minutos, estejam atentos.
Lá para os dezoito anos, a família foi em força para Fátima e eu fiquei sem a minha Ourém. As férias passaram a ser não férias, uma espécie de clausura que me levou à descoberta do território e à criação de uma atitude de respeito pelas convicções dos outros. Apesar de tudo, no final do curso um amigo traçava-me este perfil no respectivo livro:

De Fátima é o revolucionário-mor
Da terra do segredo sem revelação
Não será contudo muito maior
O segredo que esconde sob o casacão

Schumpeter, Robbins e outros que tais
São para ele, de inteligência destituídos
Mas se do Marx vós todos discordais
Preparai algodão e tapai os ouvidos

...

Era um exagero este retrato estabelecido em 1972. Nunca fui muito falador, nem um grande lutador, apesar de ser difícil desistir daquilo em que acredito.
Hoje as convicções mantêm-se bem como o respeito pelas dos outros. Isso leva-me por exemplo a ler tudo ou quase tudo que me chega às mãos de pessoas que perfilham opiniões diversas daquelas que eu tenho, ou que supostamente as perfilham.

Como é o caso por exemplo dos textos produzidos pelos jovens do PSD no blog Energia Jovem. Quase sempre concordo com eles, mas tenho de dizer que eles são muito diferentes do que o PSD nos oferece na pessoa do presidente David. Sinto é que às vezes não tiram as devidas conclusões das suas posições. No último que li, denominado Atitude Precisa-se, Laranjota, uma jovem daquele partido solidariza-se com o povo vítima do pandemónio dos incêndios, denuncia interesses presentes na ocorrência dos mesmos, crítica a atitude fria do goevrno e lança um repto. Eu estou em quase tudo de acordo com Laranjota. Aliás já lhes disse:"vocês não acham que estão no partido errado?"
Eu estou de acordo com a crítica à frieza do governo. Aquele sorriso para as câmaras!!!!
Mas quando pensava que Laranjota ia apelar aos militantes laranja para irem ajudar o povo a combater os incêndios ou a ultrapassar as suas consequências, deparei com o repto do PSD: Militares para a Floresta Já!!! Fiquei incrédulo. Voltei a lei: seria militares ou militantes? Mas não havia dúvidas. A palavra de ordem não era para o interior do partido, era para os outros...
Toda esta introdução é para dizer que, hoje, vamos falar de Fátima, de turismo e de aspectos da Solidariedade na autarquia.

As nossas propostas para descentralização e mais eficiência na relação com o munícipe

Muitas pessoas habituaram-se a ver nos serviços públicos o padrão do desleixo, da arrogância perante quem os procura, do desinteresse. Vamos demonstrar que isso não é assim, vamos demonstrar que se trabalha tão bem ou melhor nos serviços públicos como nas empresas privadas. Para o fazermos, é necessário proceder a algumas modificações, designadamente:
- ligar em rede a Câmara e as freguesias, permitindo que qualquer assunto possa ser totalmente atendido a partir das unidades da autarquia mais perto do munícipe e, quando necessário, alargar o atendimento a localidades que não são classificadas como freguesia;
- criar a figura do guia para o munícipe, uma pessoa, eventualmente deslocada da Câmara para a freguesia e cuja responsabilidade será o apoio a qualquer munícipe na submissão dos seus processos e na recuperação da resposta aos mesmos;
- estudar a viabilidade da ligação ao Registo Predial, às Finanças com o objectivo de vários processos terem todas as suas exigências resolvidas em momento de submissão;
- proceder à reengenharia de processos na autarquia, considerando as potencialidades de utilização dos sistemas de informação e comunicação e procurando a supressão do suporte papel.

Uma palavra para os trabalhadores autárquicos

... que poderei vir a coordenar e orientar caso vença esta batalha.
Reconheço o vosso valor em termos profissionais e o vosso amor ao nosso concelho.
Mas é imperioso mudar e melhorar. É necessário estar mais perto do munícipe, atendê-lo melhor, fazê-lo abandonar o encontro connosco com certezas e não com dúvidas.
É importante reforçar a presença nas freguesias onde é necessário passar a iniciar os processos, a acompanhá-los e receber resposta aos mesmos. É necessário criar condições para que idêntico funcionamento se processe a partir de casa do munícipe.
Para isso, há que modificar o modo como fazemos as coisas, usar mais o digital e as comunicações e usar menos o papel.
Connosco esta postura não oferece qualquer risco. Somos exigentes, queremos proporcionar um serviço de excelência, reconhecemos a necessidade da mudança, mas salvaguardamos a posição de quem trabalha. Nós entendemos que o trabalhador é o factor de produção mais rico e mais criativo. Nós entendemos que a Economia é para servir as pessoas e não o inverso. A nossa acção será sempre a de utilizar alguém liberto de uma função em novas funções, após reciclagem se necessário, através das quais possam enriquecer o serviço prestado aos oureenses. Connosco, os vossos postos de trabalho estarão a salvo.

E cada vez somos mais

O conhecimento do meu apoio, como independente, à CDU em Ourém num processo que visa mudar uma perspectiva retrógrada de desenvolvimento alicerçada na destruição da nossa terra e na afirmação do clientelismo, tem gerado algumas reacções interessantes.
Um velho comunista, daqueles à maneira antiga, bateu-me à porta: "Trago-lhe aqui um documento para o centro de trabalho lá de Ourém, um poema que gosto muito, mas não sei a quem deixar quando eu desaparecer. Por favor, entregue-o ao Sérgio. Ponham-lhe uma moldura e exponham-no lá".
Vocês são testemunhas. Lá para meados de Setembro, quando voltar a Ourém, este documento irá comigo, exprimindo o desejo de que, em Ourém e no Mundo, sejamos cada vez mais e melhores. Eis algumas passagens:

...

Por estarmos sempre onde está
o povo trabalhador
pela diferença que há
entre o ódio e o amor.
Pela certeza que dá
o ferro que malha a dor
pelo aço da palavra
fúria fogo força flor
por este arado que lavra
um campo muito maior.
Por sermos nós a cantar
e a lutar em português
é que podemos gritar:
somos mais de cada vez.

Por nós trazermos a boca
colada aos lábios do trigo
e por nunca acharmos pouca
a grande palavra amigo
é que a coragem nos toca
mesmo no auge do perigo
até que a voz fique rouca
e destrua o inimigo.
Por sermos nós a diferença
que torna os homens iguais
é que não há quem nos vença:
cada vez seremos mais.

...

Excerto de um poema de José Carlos Ary dos Santos

As nossas propostas para a Casa Amarela


A caminha da destruição

Amigo oureense,
é funcionário da Câmara?,
é seu utente?

Esteja atento.
Pela primeira vez na História do processo eleitoral autárquico, uma força candidata vai divulgar um texto especialmente dedicado aos trabalhadores da autarquia.
Vamos, ainda, apresentar as nossas propostas para a modernização do funcionamentos dos serviços.
Enquanto aguarda, examine esta fotografia. Encontra nela três elementos onde recordamos traços de Ourém.
Um deles já foi destruído pelas forças que apoiam o presidente David.
Quanto a um dos outros, o mesmo pretende desactivá-lo em troca de um elefante branco cuja utilidade é discutível.
Finalmente, o depósito. Lembro-me que, em miúdo, tentei subir ao cimo através de uma escada de ferro que ele tinha na parte de trás (passatempo: como descobrir a parte de trás do depósito?). À medida que subia, a coragem desvanecia-se e acabei por desistir.
Mas este vosso amigo nunca desiste verdadeiramente. Não acham que ficaria ali bem um miradouro de proximidade sobre a nossa Ourém?
Pois bem, o presidente David também o quer destruir. Não consintam. Tanto mais que esse depósito guarda um segredo.

As nossas propostas ligadas à juventude de Ourém

Grande parte das nossas propostas tem a ver com a relação com os jovens, com a sua participação no desenvolvimento da nossa terra e com a resolução de muitos dos problemas que os afectam. E neste capítulo defendemos:
- a criação na autarquia de um gabinete para contacto permanente com as necessidades dos nossos jovens ao qual estes podem recorrer quando necessitarem de apoio para qualquer projecto, mas que terá uma atitude proactiva dirigindo e dialogando com eles para a efectivação de acções que lhes respeitem. E incentivamos a que, qualquer que seja o motivo, ainda que o mesmo não conste de orçamentos, os jovens detentores de qualquer ideia se nos dirijam e não se autocensurem. Em conjunto poderemos encontrar soluções;
- o apoio ao conhecimento da nossa língua entre os mais novos, através da realização anual de um concurso em que, sob a orientação pedagógica dos professores das nossas escolas, eles nos tragam um conto, um poema, um desenho que digam ou não respeito à nossa terra os quais serão sujeitos a um júri, a prémios e objecto de publicação;
- o interessamento sistemático no sucesso dos estudantes, nas suas carreiras, procurando desencadear actividades que os motivem em matérias que por vezes lhes poderão não ser as mais simpáticas.;
- o apoio à formação profissional que deve ser desenvolvida e orientada para actividades da nova economia, do desenolvimento agrícola e da protecção florestal através de novos cursos e concretização de estágios;
- o desenvolvimento do UNIVA, através da criação de procura e oferta de emprego em linha: as nossas empresas poderão colocar ali as suas necessidades em recursos humanos, os nossos jovens, à procura de emprego, poderão expor o seu currículo, formação e interesses tudo sendo levado a todo o lado através da Internet;
- o financiamento de publicações de autores não consagrados poderá ajudar a ultrapassar os obstáculos que o mercado geralmente põe aos jovens autores - uma oportunidade por pessoa pode ser a diferença entre o sucesso e a obscuridade total - e, aqui, tanto estamos a falar de literatura como de trabalho científico ou técnico;
- o envolvimento em projectos da autarquia de índole estatística, informática ou de comunicação empresarial, que permitirá aos estudantes mais avançados a realização na prática de algumas matérias que só teoricamente terão abordado e apoiará a concretização de estágios aos que tenham terminado determinado grau académico;
- a criação de um centro de desenvolvimento de soluções informáticas para o pequeno e médio empresário que será o local privilegiado para a realização de estágios e de fixação dos jovens à terra onde nasceram aqui começando a desenhar a sua vida.

A nossa principal proposta: Sérgio Ribeiro de volta à Assembleia Municipal


Trabalho, honestidade, competência

Independentemente da qualidade dos outros, todos terão a aprender com ele.

As propostas da nossa candidatura

As nossas propostas respeitam à juventude, ao munícipe em geral, à utilização das novas tecnologias no apoio à iniciativa privada, ao turismo, à solidariedade, ao crescimento da produção agrícola, industrial e de serviços e à protecção da riqueza florestal.
Ao longo desta semana, vamos proceder à sua publicação no OUREM para que os nossos amigos possam julgar e, até, ajudar.
A concorrência também tem as suas propostas.
Algumas dou de barato, isto é, apoiá-as-ei se os oureenses me elegerem. Está neste caso a incubadora de empresas da candidatura socialista e a redução ou anulação de todas as taxas em serviços públicos para jovens, como por exemplo, em piscinas de que nos falam os auren.
Outras têm que se lhes diga, ou, mesmo, acho que são de recusar. É o caso, por exemplo, de um subsídio para os jovens com o objectivo de dinamizar o mercado de arrendamento e que nos chega do PSD. Que nos desculpem os que avançam com ela, mas, em termos económicos, esta proposta não é mais do que uma transferência de dinheiro do contribuinte para os bolsos dos detentores de imóveis. Não vemos qualquer vantagem na mesma, pois o montante a cargo do jovem traduzir-se-á sempre num valor muito perto do que pagaria em termos de aquisição e, neste contexto, está a pagar para si. Mais, é demagógica, pois serve-se da ilusão criada aos jovens de que estão a ser apoiados quando estão a ser os veículos da transferência.
Mas vamos às nossas...

Ourém, mais uma vez, em chamas



A indignação é grande. Como se chegou a isto?
Como se abandonou a lavoura e os campos, como não se ordenou a floresta, como não se limparam as matas e os quintais, como se permitiu que assim se construísse, como se consente que se ateiem fósforos impunemente, como nos desleixámos tanto? Todos!
Denuncio uma política que criou condições para o que está a acontecer, denuncio especulações que aproveitam das tragédias, acuso, na minha insignificante mas insubstituível indignação, os responsáveis.

(Sérgio Ribeiro in Anonimo do Sec. XXI)

Subscrevo o lamento e a revolta das vítimas que somos nós, sempre nós - os que trabalham, os que lutam, os que pagam! Mas, afinal, quem tem um fósforo para lançar o rastilho aos que com isso ganham?

(Teresa Perdigão, em comentário ao post do Sérgio)

E será que alguém com isto ganha? Quando é que a visão e ambições dessas pessoas deixam de se limitar a dinheiro, automóveis e imóveis? E o ambiente que vamos deixar aos nossos filhos e netos? E as enxurradas que se adivinham?
Parece-me claro que este sistema não consegue integrar as actvidades essenciais para evitar esta desgraça. Logo, o problema tem de ser resolvido a um nível que a iniciativa privada não suporta.