
A semana que passou contou com o cinquentenário dessa figura incontornável e meio sonâmbula que parece haver em cada um de nós e a mesma pareceu habituar as democráticas assembleias em visita de executivos.
Assim, de acordo com o Castelo, na Assembleia Municipal de Ourém, sua excelência, o venerado presidente DAvid, afirmou, no seu elegante estilo, a Miguel Mangas: "o senhor pergunta o que quer e eu respondo ao que quero". Notável.
Mas que não se riam as hostes socialistas. Como que a fazer esquecer o prestigiado autarca, sua excelência, o Ministro das Finanças, Dr. Teixeira dos Santos (o Ourem mais uma vez curva-se respeitosamente e garante a total correcção e transparência da sua situação fiscal), em plena Assembleia da República, afirmou a um deputado da oposição: "eu não respondo a questões na praça pública". Um bocadinho arrogante, não é?
Anuncia-se para logo à tarde mais uma manifestação de contestação à acção do Governo.
Lá para os inícios da década de sessenta, apareceu uma canção hoje relativamente difícil de encontrar. Todos os dias se ouvia na rádio quer estivéssemos em casa, na escola ou no café. Era um êxito sem igual.