Caminhávamos em pequenos grupos a partir do Largo da Igreja na direção da cruz do Regato. Aí, uma pequena inflexão para a direita fez-nos tomar o caminho para o nosso objetivo. Pouco depois, chegámos a uma zona de pinhal que resolvemos atravessar para atalhar.
Curiosamente, nos arredores de Ourém, por essa altura, parecia poder ouvir-se o silêncio. Aconteceu-me várias vezes: ao chegar a Peras Ruivas, a caminho do Castelo... uma sensação que não existe nada a perturbar a nossa quietude a nossa capacidade concentração, um envolvimento que nos parece dizer que tudo depende da nossa ação.
Íamos bem municiados. Gira-discos, discos, sandes, bebidas... Já não me lembro quem eram os desgraçados que transportavam tudo. As meninas não eram com certeza, mas o certo é que as coisas chegavam ao seu destino e hoje parece que ninguém recorda essa carga com azedume.
A certa altura, o caminho tornou-se mais íngreme, mas ao fim de algum tempo lá chegámos.
A visão de Ourém, enquanto os preparativos dominavam as ações, a partir dos terraços das torres era única, fabulosa.
Uma sessão do “Lá vai alho” não resultou muito bem, traduzindo-se numa monumental cabeçada do Rui Leitão nesta mãe de aluguer que foi projetada contra a parede.
Mas tudo passou quando se ouviu:
- Meninos, vamos dançar...
Descemos para o local do bailarico onde elas já estavam e a música já se fazia ouvir...
E que belo era aquele som que eu nunca tinha ouvido... nem me parecia ser possível resultar de uma evolução da música anterior que já conhecíamos. Aquelas vozes calmas que nos pareciam trazer o Som do Silêncio... Era a primeira vez que ouvia aquela canção.
- Quem são? – perguntei.
- Simon and Garfunkle – respondeu o Jó.
Aquele dia ficou-me inesquecível. Foi passando, mas o som daquela canção não me largava...
Ao fim da tarde, tudo foi devidamente arrumado e regressámos a Ourém. Eis porque há uns dias (já bastantes) vos disse: “nós tivemos o privilégio de conhecer certas maravilhas e vivê-las no momento em que elas surgiram...”.
Curiosamente, nos arredores de Ourém, por essa altura, parecia poder ouvir-se o silêncio. Aconteceu-me várias vezes: ao chegar a Peras Ruivas, a caminho do Castelo... uma sensação que não existe nada a perturbar a nossa quietude a nossa capacidade concentração, um envolvimento que nos parece dizer que tudo depende da nossa ação.
Íamos bem municiados. Gira-discos, discos, sandes, bebidas... Já não me lembro quem eram os desgraçados que transportavam tudo. As meninas não eram com certeza, mas o certo é que as coisas chegavam ao seu destino e hoje parece que ninguém recorda essa carga com azedume.
A certa altura, o caminho tornou-se mais íngreme, mas ao fim de algum tempo lá chegámos.
A visão de Ourém, enquanto os preparativos dominavam as ações, a partir dos terraços das torres era única, fabulosa.
Uma sessão do “Lá vai alho” não resultou muito bem, traduzindo-se numa monumental cabeçada do Rui Leitão nesta mãe de aluguer que foi projetada contra a parede.
Mas tudo passou quando se ouviu:
- Meninos, vamos dançar...
Descemos para o local do bailarico onde elas já estavam e a música já se fazia ouvir...
E que belo era aquele som que eu nunca tinha ouvido... nem me parecia ser possível resultar de uma evolução da música anterior que já conhecíamos. Aquelas vozes calmas que nos pareciam trazer o Som do Silêncio... Era a primeira vez que ouvia aquela canção.
- Quem são? – perguntei.
- Simon and Garfunkle – respondeu o Jó.
Aquele dia ficou-me inesquecível. Foi passando, mas o som daquela canção não me largava...
Ao fim da tarde, tudo foi devidamente arrumado e regressámos a Ourém. Eis porque há uns dias (já bastantes) vos disse: “nós tivemos o privilégio de conhecer certas maravilhas e vivê-las no momento em que elas surgiram...”.