Prosseguem as acções para a destruição da memória da nossa Ourém
Os ilustres representantes do povo de Ourém deram mais um passo na senda da destruição.
Educados em circo de feras em tudo semelhante aos da época de César, desses tempos apenas conservaram a noção do polegar para baixo que aqui transfiguram na sistemática destruição.
Incapazes de definir algum projecto que saiba conciliar um passado que não tiveram com um desenvolvimento para cujo planeamento não reunem competências, os resultados da sua acção são o que de mais negativo Ourém tem vindo a conhecer desde os seus primórdios.
Ganham por agora, mas a sua consciência há-de ser mordida para todo o sempre retirando-lhes todas as horas de descanso que porventura pensem desfrutar.
Acompanharemos este processo.
sábado, outubro 30, 2004
sexta-feira, outubro 29, 2004
Reavivar memórias (3)
O fatinho da comunhão
Os fatos da comunhão
Mas porque estavam estes distintos tão bem vestidos?
Haveria eleições? No Portugal de então, era bem duvidoso...
Alguma festa especial?
Se calhar a época da primeira comunhão que o espírito democrático da época nos impunha.
Não consigo reconhecer o local, apesar de lembrar ar puro, mas ali estão os três Luíses nascidos em 48 (Luís Nuno e Luís Filipe, à esquerda e este vosso servidor, à direita) e o Manel. Os primeiros estão sorridentes, o último, cabeça ao lado, um bocadinho apreensivo, preocupado.
Em que pensaria naquela altura?
O fatinho da comunhão
Os fatos da comunhão
Mas porque estavam estes distintos tão bem vestidos?
Haveria eleições? No Portugal de então, era bem duvidoso...
Alguma festa especial?
Se calhar a época da primeira comunhão que o espírito democrático da época nos impunha.
Não consigo reconhecer o local, apesar de lembrar ar puro, mas ali estão os três Luíses nascidos em 48 (Luís Nuno e Luís Filipe, à esquerda e este vosso servidor, à direita) e o Manel. Os primeiros estão sorridentes, o último, cabeça ao lado, um bocadinho apreensivo, preocupado.
Em que pensaria naquela altura?
Reavivar memórias (2)
O piquenique
A turma (parte) da primária
Confesso que não me lembro de isto ter acontecido.
Mas a foto demonstra que estava lá. Simpático como sempre. Como apreciava muito rir-me aí está um magnífico esgar que faz lembrar as aventuras do Drácula.
Fomos todos fazer um piquenique para a zona da Quinta da Sardinha. Meninos: Manel da Mata, Helder, Alfredo, Quim Vaz, Luís Filipe, Faustino, Quim Zé,..., Humberto, Zé Quim, Luís Nuno, eu). Meninas: Teresa, Isabel, Cristina, Aninhas, Lena,..., Gabriela, Mena.
Perdoem algum não reconhecimento.
Diz o Al Simon que tenho de ir ao oftalmologista.
O piquenique
A turma (parte) da primária
Confesso que não me lembro de isto ter acontecido.
Mas a foto demonstra que estava lá. Simpático como sempre. Como apreciava muito rir-me aí está um magnífico esgar que faz lembrar as aventuras do Drácula.
Fomos todos fazer um piquenique para a zona da Quinta da Sardinha. Meninos: Manel da Mata, Helder, Alfredo, Quim Vaz, Luís Filipe, Faustino, Quim Zé,..., Humberto, Zé Quim, Luís Nuno, eu). Meninas: Teresa, Isabel, Cristina, Aninhas, Lena,..., Gabriela, Mena.
Perdoem algum não reconhecimento.
Diz o Al Simon que tenho de ir ao oftalmologista.
Preferência pela liquidez
Curiosamente, se examinarmos a capitação de Ourém em termos de transferências de fundos do OE, constatamos uma significativa melhoria no posicionamento. Situa-se claramente abaixo da mediana na 78ª posição, mas um pouco acima dos 25% menos beneficiados.
Se isto corresponder a um maior interesse do autarca oureense pelo tipo de dotação, ele é compreensível, pois traduz-se em verba sonante enquanto o PIDDAC se traduz em verba em géneros.
Assim, a transferência orçamental confere uma muito maior liberdade de utilização o que está com certeza de acordo com as dificuldades do planeamento de curto e médio prazo. Ela permite que se gaste no período à medida que as necessidades surjam...
Curiosamente, se examinarmos a capitação de Ourém em termos de transferências de fundos do OE, constatamos uma significativa melhoria no posicionamento. Situa-se claramente abaixo da mediana na 78ª posição, mas um pouco acima dos 25% menos beneficiados.
Se isto corresponder a um maior interesse do autarca oureense pelo tipo de dotação, ele é compreensível, pois traduz-se em verba sonante enquanto o PIDDAC se traduz em verba em géneros.
Assim, a transferência orçamental confere uma muito maior liberdade de utilização o que está com certeza de acordo com as dificuldades do planeamento de curto e médio prazo. Ela permite que se gaste no período à medida que as necessidades surjam...
Ainda Ourém e o PIDDAC
Mas se considerarmos a capitação do PIDDAC, isto é, a repartição da dotação pelos elementos da população residente, chegamos a uma situação ainda mais anómala.
Ourém é o sexto concelho mais pobre em termos de investimento público, apresentando um valor de 1,5 euros por pessoa residente. Pior que o nosso concelho apenas Idanha-a-Nova, Nisa, Aljezur, Condeixa-a-Nova e Borba.
No distrito de Santarém, a capitação de Ourém contrasta com a de Ferreira do Zêzere que atinge os 433 euros por pessoa residente, isto é, é quase 300 vezes superior.
Se compararmos com o que se passa em Leiria, apenas a capitação de Idanha-a-Nova é inferior. Pombal consegue um pouco mais que Ourém: 5 euors/pessoa residente.
O campeão da capitação é Alter do Chão no distrito de Portalegre com 1891 euros por pessoa residente que suplantou mesmo o valor de Lisboa (954 euros / pessoa residente). O que haverá de tão especial naquela terrinha agora transportada para a ribalta do investimento público? O desenvolvimento zootécnico (desenvolvimento integrado da coutelaria de Alter) e a integração na rede transeuropeia de transportes. Quando é que Ourém apostará em algo que represente uma vocação específica do concelho e, através dela, consegue captar mais e melhor atenção dos governantes?
Mas se considerarmos a capitação do PIDDAC, isto é, a repartição da dotação pelos elementos da população residente, chegamos a uma situação ainda mais anómala.
Ourém é o sexto concelho mais pobre em termos de investimento público, apresentando um valor de 1,5 euros por pessoa residente. Pior que o nosso concelho apenas Idanha-a-Nova, Nisa, Aljezur, Condeixa-a-Nova e Borba.
No distrito de Santarém, a capitação de Ourém contrasta com a de Ferreira do Zêzere que atinge os 433 euros por pessoa residente, isto é, é quase 300 vezes superior.
Se compararmos com o que se passa em Leiria, apenas a capitação de Idanha-a-Nova é inferior. Pombal consegue um pouco mais que Ourém: 5 euors/pessoa residente.
O campeão da capitação é Alter do Chão no distrito de Portalegre com 1891 euros por pessoa residente que suplantou mesmo o valor de Lisboa (954 euros / pessoa residente). O que haverá de tão especial naquela terrinha agora transportada para a ribalta do investimento público? O desenvolvimento zootécnico (desenvolvimento integrado da coutelaria de Alter) e a integração na rede transeuropeia de transportes. Quando é que Ourém apostará em algo que represente uma vocação específica do concelho e, através dela, consegue captar mais e melhor atenção dos governantes?
quinta-feira, outubro 28, 2004
A velha raposa está a ganhar
É evidente.
Não há pressões sobre a comunicação social.
Ninguém tentou influenciar o sentido dos comentários.
O homem até nem gostava de estar ali. Notava-se...
É evidente.
Não há pressões sobre a comunicação social.
Ninguém tentou influenciar o sentido dos comentários.
O homem até nem gostava de estar ali. Notava-se...
Um durão amolecido
À última hora, baixou a bola, meteu a cauda entre as pernas e retirou a proposta de confirmação dos novos vinte e quatro comissários.
Confesso que esperava mais do nosso venerado estrunfa-mor.
À última hora, baixou a bola, meteu a cauda entre as pernas e retirou a proposta de confirmação dos novos vinte e quatro comissários.
Confesso que esperava mais do nosso venerado estrunfa-mor.
Bolinhas de naftalina (8)
A feira nova
Há uns cinquenta anos, nesta quinta-feira, era, talvez, o melhor dia de festa.
Mas houve uma vez que não o pude desfrutar.
Vivia ainda na casa do Largo de Castela, uma febre malvada apareceu e não pude sair de casa. Ao longe, houvia a música proveniente do carrossel e dos automóveis. O cheirinho a castanhas chegou a invadir a minha casa. O troar daquela carruagem que seguia por uma linha para testar músculo, por vezes, fazia-se ouvir.
Mas eu estava ali sem poder ir ver uma das coisas que mais adorava.
Para ajudar à desgraça, a família lembrou-se de chamar o médico. Lá veio o Dr. Preto que fez o exame necessário.
- Arranje-me água fervida.
O que é que ele estaria para fazer? Vejo-o sacar de um estojo com seringas ameaçadoras.
Lá longe a festa continuava, mas eu quase já não a ouvia pregado naquele filme de terror. Ele fez a preparação bem à minha frente, para eu aprender a ser homem, sem receio de nada. E lá veio o suplício.
Continuei na cama mais uns dias e tudo passou.
Quando me pude levantar, fui revisitar o lugar da feira. Já todos tinham ido embora. Junto à Câmara e ao depósito, tudo era calmaria, silêncio.
Hoje, se for ao lugar onde se costuma realizar actualmente, não há calmaria nem silêncio, mas também não conseguirei ter o som, o cheiro e o movimento da feira nova. Alguém se encarregou de acabar com ela.
A feira nova
Há uns cinquenta anos, nesta quinta-feira, era, talvez, o melhor dia de festa.
Mas houve uma vez que não o pude desfrutar.
Vivia ainda na casa do Largo de Castela, uma febre malvada apareceu e não pude sair de casa. Ao longe, houvia a música proveniente do carrossel e dos automóveis. O cheirinho a castanhas chegou a invadir a minha casa. O troar daquela carruagem que seguia por uma linha para testar músculo, por vezes, fazia-se ouvir.
Mas eu estava ali sem poder ir ver uma das coisas que mais adorava.
Para ajudar à desgraça, a família lembrou-se de chamar o médico. Lá veio o Dr. Preto que fez o exame necessário.
- Arranje-me água fervida.
O que é que ele estaria para fazer? Vejo-o sacar de um estojo com seringas ameaçadoras.
Lá longe a festa continuava, mas eu quase já não a ouvia pregado naquele filme de terror. Ele fez a preparação bem à minha frente, para eu aprender a ser homem, sem receio de nada. E lá veio o suplício.
Continuei na cama mais uns dias e tudo passou.
Quando me pude levantar, fui revisitar o lugar da feira. Já todos tinham ido embora. Junto à Câmara e ao depósito, tudo era calmaria, silêncio.
Hoje, se for ao lugar onde se costuma realizar actualmente, não há calmaria nem silêncio, mas também não conseguirei ter o som, o cheiro e o movimento da feira nova. Alguém se encarregou de acabar com ela.
quarta-feira, outubro 27, 2004
Ainda Ourém e o PIDDAC
Ourém encontra-se entre os 31 concelhos com o menor valor em termos de dotação inscrita no PIDDAC regionalizado (para a nossa terra o valor é de 70000), como se pode ver no quadro seguinte:
Como se pode compreender esta situação?
Será imobilismo?
Haverá investimento público por outras vias?
Preferir-se-á o endividamento?
Ourém não terá necessidades?
Ainda vamos ter lucro?
Estaremos protegidos pelas receitas do santuário?
De qualquer modo, deixo uma questão lateral: porque é que os oureenses não dispõem de qualquer documento produzido por quem de direito (a Câmara) a informar sobre o que se planeia para o próximo ano? Não há plano? Não pode ser consultado?
NOta: considerou-se apenas o Continente e foram excluídos os investimentos envolvendo vários concelhos
Ourém encontra-se entre os 31 concelhos com o menor valor em termos de dotação inscrita no PIDDAC regionalizado (para a nossa terra o valor é de 70000), como se pode ver no quadro seguinte:
Limite Inferior | Limite Superior | Total de Concelhos |
0 | 70000 | 31 |
70000 | 500000 | 81 |
500000 | 1000000 | 44 |
1000000 | 5000000 | 76 |
5000000 | 10000000 | 25 |
10000000 | 50000000 | 17 |
50000000 | 100000000 | 3 |
100000000 | 1000000000 | 1 |
Será imobilismo?
Haverá investimento público por outras vias?
Preferir-se-á o endividamento?
Ourém não terá necessidades?
Ainda vamos ter lucro?
Estaremos protegidos pelas receitas do santuário?
De qualquer modo, deixo uma questão lateral: porque é que os oureenses não dispõem de qualquer documento produzido por quem de direito (a Câmara) a informar sobre o que se planeia para o próximo ano? Não há plano? Não pode ser consultado?
NOta: considerou-se apenas o Continente e foram excluídos os investimentos envolvendo vários concelhos
terça-feira, outubro 26, 2004
Mais um testemunho sobre Ourém
INteressantíssima a entrevista de Fernando Lopes ao Jornal de Leiria de que tivemos conhecimento através do Castelo.
Seleccionámos duas passagens.
A primeira mostra-nos alguém com uma visão semelhante à nossa sobre o processo de destruição de Ourém.
Filmei em Ourém durante quatro semanas e aquela não era a minha Ourém. A única coisa que ainda resiste é o quartel dos bombeiros e a prisão, além de um reservatório de água que é quase arqueológico. Depois há as ruas da cidade, que mantêm ainda a toponímia republicana - não foi por acaso que os pastorinhos foram lá parar à cadeia. Nas aldeias, a situação é mais grave. É algo quase inelutável, porque tem a ver com a modernização, com o progresso...
A segunda revela-nos um aspecto caricato do antigamente só compreensível num meio como Ourém.
O professor Roque, uma figura extraordinária, apesar de rígido e fascista, não nos deixava jogar com as cores dos nossos clubes. Não podíamos dizer que éramos do Benfica, porque a cor das camisolas daquela equipa era vermelha.
INteressantíssima a entrevista de Fernando Lopes ao Jornal de Leiria de que tivemos conhecimento através do Castelo.
Seleccionámos duas passagens.
A primeira mostra-nos alguém com uma visão semelhante à nossa sobre o processo de destruição de Ourém.
Filmei em Ourém durante quatro semanas e aquela não era a minha Ourém. A única coisa que ainda resiste é o quartel dos bombeiros e a prisão, além de um reservatório de água que é quase arqueológico. Depois há as ruas da cidade, que mantêm ainda a toponímia republicana - não foi por acaso que os pastorinhos foram lá parar à cadeia. Nas aldeias, a situação é mais grave. É algo quase inelutável, porque tem a ver com a modernização, com o progresso...
A segunda revela-nos um aspecto caricato do antigamente só compreensível num meio como Ourém.
O professor Roque, uma figura extraordinária, apesar de rígido e fascista, não nos deixava jogar com as cores dos nossos clubes. Não podíamos dizer que éramos do Benfica, porque a cor das camisolas daquela equipa era vermelha.
segunda-feira, outubro 25, 2004
O Parlamento Europeu em 2000 caracteres (+ ou -) por semana
Por Sérgio Ribeiro
Neste espaço oureense, retomo um lugar que me foi facultado para prestar contas. E todos os espaços com essa finalidade nunca serão suficientes. Às vezes – sempre! –, o que falta é o tempo. Por isso, há que estabelecer prioridades. Esta é uma.
O meu relatório sobre a defesa dos recifes de coral nos “mares” dos Açores e da Madeira, por isso portugueses, segue o seu curso. Foi apresentado, foi bem recebido nas palavras todas que ditas foram, embora franzires de sobrolho e comentários em à parte confirmassem que alguns interesses foram atingidos. Aqueles que querem aproveitar a abertura entre as 100 e as 200 milhas para pescar industrialmente, com artes de arrastar e de emalhar no fundo, e assim ultrapassar a proibição que existia nesta parte da Zona Económica Exclusiva das Regiões Autónomas e, ao mesmo tempo, defendia a actividade de comunidades piscatórias. O período de proposta de alterações já passou sem que tivessem aparecido e espero a votação em comissão parlamentar no princípio de Novembro para, depois, ir ao plenário.
Vamos a ver. Trabalho giro e com efeitos práticos em áreas que me interessam. As da defesa do ambiente, de actividades económicas que são equilibradas, dos trabalhadores.
Entretanto, faço a mala para ir à plenária de Outubro em que vamos votar os comissários indigitados da equipa Durão Barroso.
Por vezes perguntam-me, ou ouço “bocas”, sobre o “meu novo chefe”, o presidente da Comissão da UE, o que foi 1º Ministro de Portugal. Nada mais errado. Nem ele ainda é presidente da tal Comissão, porque temos de aprovar (os deputados) a composição da sua equipa com nosso voto, nem por isso mesmo é nosso “chefe”. Pelo contrário.
E a coisa está tremida. Basta um dos 24 indigitados ser chumbado para todos o serem. E entre eles alguns já “chumbaram” nas “primárias”. Não por defenderem os interesses que defendem, embora alguns/mas tenham exagerado e tenham risco de “chumbo”, mas porque um deles se revelou de um reaccionarismo que já não se usa… A propósito da homossexualidade, das mães solteiras, da posição das mulheres na sociedade disse coisas inaceitáveis para quem já não vive na Idade Média.
A “direita” votará a favor, e são uns 300 deputados, os verdes, a “esquerda” consequente e os eurocépticos votarão contra, e são uns 120, e tudo depende dos socialistas/sociais-democratas e liberais, quase 300, que se disseram indignados com o que ouviram, que deixaram no ar que votariam contra mas que não se sabe o que irão fazer.
Se me permitem um prognóstico, Durão Barroso e “sus muchachos e muchachas” passarão por favor do “centro”, mas com nota muito baixa e ficarão mais dependentes do Parlamento, numa posição fragilizada.
Por Sérgio Ribeiro
Neste espaço oureense, retomo um lugar que me foi facultado para prestar contas. E todos os espaços com essa finalidade nunca serão suficientes. Às vezes – sempre! –, o que falta é o tempo. Por isso, há que estabelecer prioridades. Esta é uma.
O meu relatório sobre a defesa dos recifes de coral nos “mares” dos Açores e da Madeira, por isso portugueses, segue o seu curso. Foi apresentado, foi bem recebido nas palavras todas que ditas foram, embora franzires de sobrolho e comentários em à parte confirmassem que alguns interesses foram atingidos. Aqueles que querem aproveitar a abertura entre as 100 e as 200 milhas para pescar industrialmente, com artes de arrastar e de emalhar no fundo, e assim ultrapassar a proibição que existia nesta parte da Zona Económica Exclusiva das Regiões Autónomas e, ao mesmo tempo, defendia a actividade de comunidades piscatórias. O período de proposta de alterações já passou sem que tivessem aparecido e espero a votação em comissão parlamentar no princípio de Novembro para, depois, ir ao plenário.
Vamos a ver. Trabalho giro e com efeitos práticos em áreas que me interessam. As da defesa do ambiente, de actividades económicas que são equilibradas, dos trabalhadores.
Entretanto, faço a mala para ir à plenária de Outubro em que vamos votar os comissários indigitados da equipa Durão Barroso.
Por vezes perguntam-me, ou ouço “bocas”, sobre o “meu novo chefe”, o presidente da Comissão da UE, o que foi 1º Ministro de Portugal. Nada mais errado. Nem ele ainda é presidente da tal Comissão, porque temos de aprovar (os deputados) a composição da sua equipa com nosso voto, nem por isso mesmo é nosso “chefe”. Pelo contrário.
E a coisa está tremida. Basta um dos 24 indigitados ser chumbado para todos o serem. E entre eles alguns já “chumbaram” nas “primárias”. Não por defenderem os interesses que defendem, embora alguns/mas tenham exagerado e tenham risco de “chumbo”, mas porque um deles se revelou de um reaccionarismo que já não se usa… A propósito da homossexualidade, das mães solteiras, da posição das mulheres na sociedade disse coisas inaceitáveis para quem já não vive na Idade Média.
A “direita” votará a favor, e são uns 300 deputados, os verdes, a “esquerda” consequente e os eurocépticos votarão contra, e são uns 120, e tudo depende dos socialistas/sociais-democratas e liberais, quase 300, que se disseram indignados com o que ouviram, que deixaram no ar que votariam contra mas que não se sabe o que irão fazer.
Se me permitem um prognóstico, Durão Barroso e “sus muchachos e muchachas” passarão por favor do “centro”, mas com nota muito baixa e ficarão mais dependentes do Parlamento, numa posição fragilizada.
O Sérgio salvou-nos ou...
de como nos livrou do ministro do bago
de como nos livrou do ministro do bago
Vinha sem grande tema, sem inspiração.
A ideia, se ideia era, era falar naquela extinção de três directores gerais (contribuições e impostos, alfândegas, informática) e sua substituição por seis administradores.
Com questões evidentes: que bens e serviços adicionais traria isso para o nosso povo? permitiria arrecadar mais e melhor receita fiscal (quem actualmente foge, seria apanhado, quem paga seria aliviado?)? possibilitaria uma melhor coordenação? traduzir-se-ia em diminuição de custos (já imaginaram o exército de secratárias e técnicos para apooiar o estudo de seis administradores?)?
Mas o Sérgio enviou-nos mais uma crónica sobre o Parlamento Europeu.
Esperem só um bocadinho. Os cachopos estão à espera, daqui a hora e meia volto e trato de a publicar.
domingo, outubro 24, 2004
Ourém quase abandonada no PIDDAC
De acordo com a proposta de PIDDAC (Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) (Regionalizado, quadros XVa) para o próximo ano, o concelho de Ourém encontra-se em último lugar de entre os que compõem o distrito de Santarém, estando prevista uma exígua verba de 70000 euros que representa cerca de 0,03% do investimento no distrito!!!.
A maior verba (40000) destina-se ao Centro Social e Paroquial Espírito Santo e a restante (30000) a intervenções no concelho em termos de conservação e remodelação do parque escolar.
Isto para além das obras intermunicipais como é o caso da integração de corredores estruturantes associada à IC9 que tem inscrito no PIDDAC uma verba de cerca de 100 mil euros.
De acordo com a proposta de PIDDAC (Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) (Regionalizado, quadros XVa) para o próximo ano, o concelho de Ourém encontra-se em último lugar de entre os que compõem o distrito de Santarém, estando prevista uma exígua verba de 70000 euros que representa cerca de 0,03% do investimento no distrito!!!.
A maior verba (40000) destina-se ao Centro Social e Paroquial Espírito Santo e a restante (30000) a intervenções no concelho em termos de conservação e remodelação do parque escolar.
Isto para além das obras intermunicipais como é o caso da integração de corredores estruturantes associada à IC9 que tem inscrito no PIDDAC uma verba de cerca de 100 mil euros.
O tratamento de Ourém no PIDDAC é claramente confrangedor, chegando-se ao extremo de o concelho nem ali estar colocado de acordo com a ordem alfabética respeitada para todos os restantes. Será que o executivo pensa que não existe? Será que cometi algum erro de consulta?
Apesar de tudo, é caso para perguntar: que anda a fazer quem tem obrigação de puxar pelo investimento público para o concelho?
Apesar de tudo, é caso para perguntar: que anda a fazer quem tem obrigação de puxar pelo investimento público para o concelho?
O Aspirante Sampaio faz anos
Em 1948, em Ourém, na zona do Largo de Castela, surgiram três novos Luíses no espaço de pouco mais de quinze dias.
Confesso que não me lembro da permanência por ali daquele a quem este post se refere: morou naquela casinha acima da do Boas Falas, mas penso que saiu de lá muito novo, tanto que não me lembro da sua presença.
Mas apareceu muitas vezes mais tarde. E uma delas foi durante a revolução do 25 de Abril, tendo sido já imortalizado na nossa crónica como aspirante Sampaio.
Acontece que o dia 24 de Outubro é o seu dia de anos.
Por isso, caro Luís, muitos parabéns, que contes muitos e aqui fica um abraço do eterno descontente.
Em 1948, em Ourém, na zona do Largo de Castela, surgiram três novos Luíses no espaço de pouco mais de quinze dias.
Confesso que não me lembro da permanência por ali daquele a quem este post se refere: morou naquela casinha acima da do Boas Falas, mas penso que saiu de lá muito novo, tanto que não me lembro da sua presença.
Mas apareceu muitas vezes mais tarde. E uma delas foi durante a revolução do 25 de Abril, tendo sido já imortalizado na nossa crónica como aspirante Sampaio.
Acontece que o dia 24 de Outubro é o seu dia de anos.
Por isso, caro Luís, muitos parabéns, que contes muitos e aqui fica um abraço do eterno descontente.
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