terça-feira, outubro 26, 2004

Mais um testemunho sobre Ourém
INteressantíssima a entrevista de Fernando Lopes ao Jornal de Leiria de que tivemos conhecimento através do Castelo.
Seleccionámos duas passagens.
A primeira mostra-nos alguém com uma visão semelhante à nossa sobre o processo de destruição de Ourém.
Filmei em Ourém durante quatro semanas e aquela não era a minha Ourém. A única coisa que ainda resiste é o quartel dos bombeiros e a prisão, além de um reservatório de água que é quase arqueológico. Depois há as ruas da cidade, que mantêm ainda a toponímia republicana - não foi por acaso que os pastorinhos foram lá parar à cadeia. Nas aldeias, a situação é mais grave. É algo quase inelutável, porque tem a ver com a modernização, com o progresso...
A segunda revela-nos um aspecto caricato do antigamente só compreensível num meio como Ourém.
O professor Roque, uma figura extraordinária, apesar de rígido e fascista, não nos deixava jogar com as cores dos nossos clubes. Não podíamos dizer que éramos do Benfica, porque a cor das camisolas daquela equipa era vermelha.

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