sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Colecção Caravana, Vol VI - O Vingador do Kansas

Data de edição: Maio de 1963.
Dimensão aproximada: 105 * 140.
Número de páginas: 72, manuscritas, tinta azul.
Organização: Oito capítulos com título. As últimas páginas ocupadas com o primeiro capítulo de uma nova estória: "Cumprimentos a Satanás".
Capa: em papel "Cavalinho" a cores, representando um homem e uma mulher. Esta está amarrada e ele corta-lhe a corda que a prende. Não se apercebem que uma estranha figura os observa escondido atrás de umas pedras. A nota de pé de página é legível.
Sinopse da obra: Ó Bössta é uma espécie do Olrik de Jacobs. É apanhado, condenado, enforcado, morto, sepultado e ressurge como se nada se tivesse passado com ele. Havia quem dissesse que ele voltaria sempre da tumba, mesmo que passasse mais de uma centena de anos.
Red Fullen chega a Golden City, no Texas, e logo nos primeiros tempos se apercebe que a cidade, apesar de pacífica, vive sob um domínio estranho que ultrapassa em muito as forças vivas da cidade se as associarmos àqueles que lá detinham o poder económico. A cidade parece dominada a partir de fora.
Intrigado, resolve investigar o que se passa e não tarda a descobrir que o governador, Ó Bössta, não é mais que um dos elos de ligação entre alguns criadores de gado e os grandes armazéns que dominam a cidade rival, ponto de passagem de muitas caravanas. Todo o desenvolvimento de Golden City era sobredeterminado pelo interesse económico dos rancheiros que abastecem a outra cidade e pelos armazenistas lá instalados, não sendo ali possível qualquer actividade que pudesse levar alguma concorrência aos mesmos. Sempre que algum pacífico cidadão de Golden City ali se instalava, passava por algum momento difícil: ou era desafiado para um duelo por um pistoleiro perigoso, ou era assaltado durante a caminhada entre uma e outra cidade ou a lei encontrava-lhe uma nódoa no currículo que o levava à prisão e acabava por lhe levar o negócio à falência.
Muitos populares, que sentiam na pele aquele jugo, confessaram a Fullen que em Golden City se vivia uma paz podre e desconfortável e que a raiz de tal mal estar era o governador.
Pouco a pouco, Red Fullen reuniu provas contra os que dominavam Golden City e, um dia, resolveu ir falar com Ó Bössta. A conversa decorreu no palácio do governador e deu para o torto porque Farison, escondido atrás da porta que dava acesso à sala das reuniões, ouviu algumas passagens da mesma que não lhe agradaram, contactou Linda Simon que pôs em guarda os rancheiros e um deles enviou um pistoleiro que abateu Red à saída do palácio.
A morte de Red tornou-se suspeita a muitos habitantes de Golden City e um advogado, jovem e cheio de coragem, recentemente instalado na cidade junto à alfaiataria "Think", Victorio Brown Tree, decidiu fazer algumas investigações por sua conta, não tardando a aperceber-se do compadrio entre o assassino de Fullen e aquelas personagens. Ó Bössta, Farison e Linda Simon foram presos e, levados a tribunal, condenados a vários anos de prisão. Antes, Farison teve castigo especial: foi apanhado pelos populares e coberto de alcatrão, sobre o mesmo foram colocadas penas de galinha, sendo uma delas, especial e mais comprida, colocada mesmo por cima do traseiro. “Vai agora pavonear-te frente às meninas...”, ouviu-se dizer a muita gente enquanto ele corria apavorado para fora da cidade.
Um novo período desenvolvimento pôde então surgir para Golden City, afastados que estavam os principais malfeitores que tolhiam o seu progresso. "Por quanto tempo?", é a questão que o OUREM aqui deixa...

quinta-feira, janeiro 31, 2008

Colecção Caravana, Vol V - Meu pai é um assassino

Data de edição: Abril de 1963.
Dimensão aproximada: 105 * 140.
Número de páginas: 96, manuscritas, tinta azul.
Organização: Dez capítulos com título e um epílogo.
Capa: em papel "Cavalinho" a cores, representando uma mulher e um jovem em estranho diálogo perante o que não se distingue bem, embora faça lembrar uma campa. Para além do diálogo enriquecedor entre estas duas personagens, reparem no arredondamento do tronco do jovem já a denunciar alguma propensão para a obesidade e na cor estranha da sua camisa. A nota de pé de página é legível.
Sinopse da obra: A passagem de Ó Bössta por Golden City ficou marcada por muitas realizações que careciam da colaboração de populares e geralmente beneficiavam os seus interesses ou dos seus amigos. Nos finais da década, ele concebeu um estranho plano que, num primeiro momento, se pensou iria ajudar à ocupação de tempo por parte dos mais idosos. A sua ideia era a de reunir algumas personalidades da cidade em realizações a que chamou “Conferências da cidade do pioneiro”. Ao planear estas acções, reuniu-se com alguns dos populares mais letrados da cidade e pediu-lhes a colaboração.
Emmylou Blacksmith, Helen NearWater, Serge Small River e Tony McMórmon foram convocados para estranha reunião no palácio do governador sem saber do que iam tratar já que o seu relacionamento com Ó Bössta não era, na generalidade, o melhor. Num primeiro momento, acharam excelente a ideia que o governador lhes apresentou, assinaram um documento de comprometimento na sua realização e trataram imediatamente de planear a sua colaboração.
Mas a sua boa vontade sofreu um forte revés, quando algum tempo depois, ele lhes confirmou que o local de realização das conferências não seria Golden City, mas sim uma cidade rival, situada a 50 milhas da mesma, uma cidade ponto de encontro e passagem de muitas caravanas. Compreenderam imediatamente que Ó Bössta queria fazer negócio com os seus conhecimentos e tentaram desvincular-se do compromisso, mas o governador não aceitou, prometendo-lhes o pagamento dos transportes. "Mas por que não faz as conferências aqui no palácio?", perguntaram-lhe. "Sabem, não temos vocação para estas coisas... mas talvez se possam fazer algumas acções em Golden City", respondeu embora o tom deixasse adivinhar que não era essa a sua intenção.
Small River era o mais revoltado e, detentor de notável capacidade conspirativa, foi denunciando e motivando a população contra mais esta habilidade do governador. Um dia, a tampa saltou e as pessoas vieram para a rua em formidável manifestação contra Ó Bössta. Apedrejaram o palácio. O governador viu-se acossado, mandou chamar os seus pistoleiros e fê-los enfrentar a população utilizando as suas armas.
No formidável combate que se travou, Small River foi abatido e os populares dispersaram. Teceram-se muitas suposições acerca de quem disparara contra o agitador e as suspeitas recaíram sobre o pai de um jovem seguidor das suas ideias.
A estória desenvolve-se, a partir daqui, através de uma apaixonante pesquisa por parte do jovem de provas para mostrar a inocência do seu pai. O seu empenho foi de tal ordem que o próprio sheriff chegou a suspeitar dele. Que aconteceria a Ó Bössta? Conseguiria alguém provar a sua cumplicidade na morte do agitador Small River? A leitura da obra tirará todas estas dúvidas aos amigos do Ourem...

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Colecção Caravana, Vol IV – Uma mulher perigosa

Data de edição: Março de 1963
Dimensão aproximada: 105 * 140
Número de páginas: 62, algumas dactilografadas, tinta preta; manuscrito da página 21 à 42.
Organização: Introdução; Parte I com cinco capítulos sem nome; Parte II com nome "Segredo de um talismã" com um capítulo apenas. Há manifesta desorganização na obra, indiciando a concretização de mudança de formato e ferramenta de escrita.
Capa: em papel "Cavalinho" a cores, representando um homem a ser atacado por índios enquanto uma mulher já está pelo chão sem dar sinais de vida. O homem grita desesperado quando mais uma seta o atinge na barriga enquanto tenta extrair outra que já tinha cravada no peito. Desenhada pelo autor a partir de decalque de fonte já desconhecida
Sinopse da obra: Na selva do Oeste, qualquer mulher é perigosa. Especialmente quando tem alguma beleza...
Golden City dispunha de um belo jardim frente ao Central Saloon, jardim, diga-se, construído pela carolice de alguns populares que encontravam no paraíso que era aquela terra o local ideal para viverem. Mal sabiam eles que esse jardim era cobiçado por Linda Simon, a presidente da Associação de Criadores de Cabeças de Gado, uma mulher já não muito jovem, mas bastante decidida, com acesso fácil ao governador Ó Bössta, mulher sempre pronta a botar discurso mesmo nas ocasiões mais despropositadas e a escrever extensas ladainhas no Golden City News. Linda pretendia cobrir de pedra aquele espaço para o mesmo servir de suporte às feiras de gado que se realizavam regularmente, podendo, nessas condições, beneficiar da proximidade do saloon.
Tentou convencer a população o que não conseguiu. Os populares entendiam que a feira do gado devia realizar-se fora da zona habitacional da cidade e que a junção de cow-boys e saloon só poderia quebrar-lhes a habitual paz. Mas ela não se deu por vencida e manobrou o suficiente para levar David Ó Bössta a ordenar a destruição do jardim e a sua conversão a espaço para a feira de gado. Tudo se passou como Linda pretendia para indignação dos populares que se revoltaram.
No seio da revolta popular, destacou-se um jovem, Serge Would Do, muito hábil com as armas, a palavra e a pena que foi capaz de motivar os populares que, um dia, puseram em fuga Linda e David Ó Bössta. Seguiram-se enormes perseguições que levaram fugitivos e perseguidores a território apache. Aí, os perseguidores foram desbaratados por uma estranha aliança entre os índios e os dois fugitivos quando tentaram entrar no seu santuário. O regresso a Golden City foi um tanto humilhante para os poucos que escaparam. E Linda? E Ó Bössta? Que lhes terá acontecido? Poderiam os habitantes da cidade reconstruir o seu jardim?

terça-feira, janeiro 29, 2008

Adeus, senhor Ministro

O Eng. Sócrates reconheceu a proximidade do processo eleitoral e tratou de se livrar de uma das maiores chagas que caracterizavam este governo.
Temos de reconhecer que o senhor Ministro da Saúde trouxe algo de novo ao quotidiano dos portugueses. Não, não foi o cinismo com que enfrentava o diálogo com as pessoas. Esse era comum ao seu colega da agricultura e ao actual colega da propaganda. A grande inovação do Ministro Correia de Campos residiu na transformação de ambulâncias em maternidades e serviços de urgência, acompanhada pela responsabilização de bombeiros como médicos assistentes. Nunca ninguém fez tanto mal ao Serviço Nacional de Saúde que já não era famoso.
Esperam-se melhoras? Não acredito muito. Mas, para já, há que respirar e deixar um voto: Vá, senhor Ministro. Vá e não volte!
Colecção Caravana, Vol III - O faca voadora

Data de edição: primeiro trimestre de1962
Dimensão aproximada: desconhecida
Número de páginas: desconhecido
Organização: desconhecida
Capa: indisponível
Sinopse da obra: Vic Farison chegou a Golden City em meados do século XIX. Ninguém conhecia em pormenor a sua actividade. Sabia-se que vivia sem dificuldades, mostrava uma atitude pacífica e bonacheirona e era um fiel seguidor do governador a cujo gabinete gozava de acesso a qualquer momento. Tinha, no entanto, uma particularidade que fazia com que muita gente o receasse. Era um exímio manejador de facas e punhais, distinguindo-se pela notável precisão para lançá-las a grande distância ou para apunhalar os seus adversários pelas costas. Chamavam-lhe, por isso, o Faca Voadora.
Um dia, estabeleceu-se um grande armazém num local privilegiado da cidade, o Hazelnut Valley, local até aí apenas utilizado como dormitório. O nome dado a esse armazém, Model Store, mostra que terão sido seguidas todas as directivas existentes à época para a sua instalação, apesar do aspecto descuidado do espaço circundante. Mas o mais estranho foi, numa rua de acesso ao mesmo, na qual não era permitido o trânsito de carroça, ter sido estabelecida um semáforo em madeira, subido e descido manualmente de dez em dez minutos, que causava grande transtorno aos populares que se viam obrigados a saltar pelos montículos de pedra circundantes às vezes com grandes cargas de produtos.
As preocupações cresceram quando esses locais passaram a ter a preferência de malfeitores que realizavam ali os seus assaltos aos incautos compradores. Muitos apareceram esfaqueados, bolsos completamente vazios e os que escaparam com vida diziam que nada tinham ouvido nem visto para além de um silvo que cortava o ar a grande velocidade.
O pânico começou a tomar conta da cidade. Que se passaria? Porquê aquela praga de assaltos junto ao Model Store? Haveria alguém que conseguisse deslindar aquele caso e explicar o estranho silvo de que muitas vítimas falavam? As suspeitas recaíram sobre Farison dado o padrão de assaltos e o seu gosto por facas e punhais, mas ninguém o tinha visto nas imediações nem o próprio operador de semáforo que jurava não ter dado por nada. Voltaria Golden City à sua tradicional paz?

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Colecção Caravana, Vol II – Lex Colt



Data de edição: Fevereiro de 1962
Dimensão aproximada: 70 * 105
Número de páginas: 80, dactilografadas, tinta preta
Organização: 7 capítulos com título: I - Regresso acidentado; II - A verdadeira personalidade do juiz; III - O traidor; IV - Amigo inesperado; V - A partida de um filho; VI - Mate uma pedra; VII - O rapto
Capa: em papel "Cavalinho" a cores, representando um pistoleiro que se exibe de arma na mão e ar arrogante, a aba do chapéu cainda discretamente sobre um dos lados da cara e tapando-lhe o olho. Outros pormenores interessantes: o verde, a cor das montanhas, o arame farpado de desenho perfeito, o logotipo da colecção. Desenhada pelo autor a partir de decalque de fonte já desconhecida
Sinopse da obra: Começaram a chamar-lhe Lex Colt devido à sua capacidade para, contra tudo e todos, impor a sua lei através do poder das suas armas. Aos vinte e cinco anos, já tinha abatido mais de trinta adversários, em combates leais, é certo, mas para os quais o seu desafio muitas vezes era irrecusável. Levava uma vida errante que, um dia, o conduziu até Golden City, uma pacata cidade com gente humilde e trabalhadora sujeita ao estranho poder de um homem de negócios, David Ó Bössta, detentor de notável capacidade para motivar as pessoas para fins colectivos e proveito próprio. A última façanha de Ó Bössta tinha consistido em ser o fiel depositário dos fundos que os populares tinham junto para erguer uma escola na cidade e, em vez de satisfazer a sua vontade, utilizou-os para montar o seu escritório pessoal a partir do qual dominava os negócios. A população sussurrava baixinho contra Ó Bössta, mas não se atrevia a enfrentá-lo. Lex apercebeu-se da situação e a obra desenvolve-se através de uma narração em que se assiste à comovente regeneração do pistoleiro operada através do pôr as suas capacidades ao serviço daquelas pessoas. Conseguirá Lex Colt destronar David Ó Bössta? Ou será a sua regeneração tardia? Terão os habitantes de Golden City os fundos destinados à sua escola aplicados com esse objectivo?
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