Vem, hoje, no Público em artigo de Sofia Branco:
Uma cidade amiga das crianças ouve as suas opiniões e deixa-se influenciar por elas. Possibilita-lhes a participação na vida da sociedade. Garante-lhes serviços básicos de saúde e educação. E também água potável e um ambiente não poluído. Respeita-as, protegendo-as da exploração, da violência e do abuso. As ruas oferecem-lhes segurança e há espaços verdes para brincarem e encontrarem amigos. Nessas comunidades, as crianças não são discriminadas consoante o sexo, a raça, a etnia, a religião, o dinheiro ou qualquer deficiência.
O conceito foi definido pela Unicef em 1996 e já existem 867 cidades amigas das crianças num planeta que é cada vez mais urbano. Só Espanha tem 49 dessas comunidades, com uma grande concentração na região da Catalunha. Ao contrário, Portugal não tem nenhum município "child friendly", na designação da Unicef. Ou melhor, não tinha. Hoje, o Governo assina um protocolo com as autarquias de Amadora, Aveiro, Cascais, Guarda, Matosinhos, Palmela, Ponte de Lima, Portimão, Póvoa de Varzim, Trancoso, Vila do Conde, Vila Franca de Xira e Viseu para que estas se tornem amigas das crianças. Durante um ano, estas cidades serão escrutinadas pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e pelo Comité Português da Unicef. Se tudo correr bem, receberão o estatuto oficial de child friendly no final desse prazo.
...
E mais uma vez surge a questão: por que é que estas notícias nunca me chegam da nossa terra?