sexta-feira, fevereiro 16, 2007

De-Cisão à vista?




Quem ganhará?
- O fotogénico?... ou o de gema?
- O sózinho?... ou o acompanhado?
- O da Ângela?... ou o da Deolinda?
- O velho?... ou o novo?
- O da espera sentado?... ou o da espera nos corredores?
- O dos interesses imobilistas?... ou o gestor do imobilizado?
- O agente do patriarcado?... ou o homem da tecnocracia?
- O garanhão da serra?... ou o serrano de moura?

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

O PEPAL chega mesmo a Ourém?

O PEPAL é um Programa de Estágios Profissionais na Administração Local cujos procedimentos de lançamento, recrutamento e selecção dos candidatos devem ser realizados com a diligência necessária para assegurar o início dos estágios até o dia 31 de Março de 2007.
Objectivos, vagas, mais informações podem ser consultados aqui pelos amigos oureenses.
Estranho é o facto de a câmara de Ourém, à semelhança aliás de muitos outras autarquias, nada ter publicado sobre as três vagas abertas. Será que as coisas vão ser processadas sem se saber nada cá por fora? Será que o concurso aos estágios é só para alguns? Ou será que, apesar de saberem que têm as vagas, não sabem onde?
É claro que estes estágios têm grandes limitações. Basta ver o que o Diário de Notícias anuncia hoje para os estágios na Administração Central que três mil jovens iniciaram o ano passado. Mas é capaz de ser uma boa experiência para a miudagem e um alívio ainda que temporário para os orçamentos familiares.
Já agora, pode dizer-se que, à volta de Ourém, as vagas não são de desprezar: Tomar – 16, Alcanena – 9, Torres Novas – 13, Marinha - 13, Nazaré - 31 (!!!). Já imaginaram a maravilha de estagiar 1 ano na Nazaré? Ai se eu tivesse disto no meu tempo...!...
Assim, aqui fica o apelo do OUREM ao presidente David: "Senhor presidente, bote cá para fora informação sobre os estágios...".
Marca #7: Largo de Castela

Muitos dizem: "É pá, Luís, o Largo de Castela é lá para cima, para a zona do cemitério". Pode ser, mas essa é uma designação meramente formal que nada tem a ver com a realidade histórica e estórica. Perguntem ao pessoal do meu tempo.
Refiro-me ao Largo de Castela considerando aquele espaço, hoje mui estreitado, que fica na confluência da Rua da Olaria com a Rua de Castela. Espaço de mil brincadeiras, jogos de futebol, pião, berlinde... espaço onde terão decorrido muitas das nossas estórias.
Hoje, o Largo de Castela está condenado à degradação e destruição, fruto da selvática política dos nossos autarcas. Mas há memória dele - alguma até em publicações que o OUREM apadrinhou - e, por isso, enquanto este blog não desaparecer, e pode ser que dure muito mesmo depois do seguro fim da sua manutenção, ela (a memória) com certeza manter-se-á.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Há noites em que um jovem não devia sair de casa

O PedroL fez o último exame para concluir a sua licenciatura.
Decidiu jantar fora e passear pelo Bairro Alto para descontrarir. Levava a sua carteira com uns vinte euros, o cartão Caixa/Universidade, o BI, o cartão de contribuinte, um euromilhões de 2 euros fugaz esperança para desempregos anunciados, o passe para viajar de comboio e se deslocar por toda a Lisboa.
Visitou várias capelinhas...
A certa altura foi buscar cervejas para os amigos. Como não cabia tudo na mão, a carteira ficou em cima do balcão e ele nunca mais se lembrou dela.
Chegou a casa perto das quatro da manhã. Mão no bolso, alertou-o imediatamente da perda.
Anular o cartão de débito foi fácil. Repetir despesas em viagens também. Mas a visita ao posto de polícia foi martirizante. Parecia que o agente estava ali e ninguém lhe pagava. Bufava. Sugeria que não se apresentasse queixa. Ameaçava com atrasos caso as coisas reaparecessem. Que bela imagem do serviço público!
Decorreu um dia, dois...
A certa altura, uma mensagem: “vou deixar a tua carteira na banca de jornais no início da Rua da Atalaia”.
Ontem, lá fomos buscar a carteira. Estava quase tudo, o principal... nem sinal do dinheiro nem do papelinho do euromilhões.
É extremamente profissional a nova geração de amigos do alheio...
O rei do Fisco

O Dr. Paulo Macedo é, com certeza, um grande agente do sistema fiscal. Não quero pôr em causa, de maneira nenhuma, a justeza do seu vencimento de 23000 euros mensais. Já não vou tão longe em relação ao facto de ganhar mais do que o Primeiro Ministro, tão amigo que este se tem vindo a mostrar de operários, professores, desempregados e reformados, para além de ser escrupuloso cumpridor de promessas eleitorais.
No entanto, não posso concordar com a ideia de indexação do vencimento daquele sagaz agente do fisco relativamente à eficência da máquina fiscal. É que acaba por se convencer o homem que quanto mais continuar a encher os cofres do Estado maior será o seu vencimento e, nessas condições, ele não deixará de procurar novas medidas para atasanar os contribuintes. Reparem, por exemplo, no anúncio da penhora das rendas dos senhorios que devem ao fisco, mas posto em prática através da sua entrega pelos inquilinos, isto é, recorrendo a um agente que, no fundo, nada tem a ver com o assunto, perturbando-o, criando-lhe dificuldades, quiçá, aterrorizando-o. Tal solução nem lembraria ao Diabo – aqui tomado como suprema encarnação do Mal Absoluto.
O Governo do Eng. Sócrates tem-se vindo a manifestar mestre na arte de virar uns portugueses contra outros. É senhorios contra inquilinos, é reformados contra activos, é privados contra a função pública, esta eleita bode expiatório de todos os males do país e da sua fragilidade empresarial.
Mas onde se manifestam as insuficiências da nova estrela fiscal é num aspecto da relação do fisco * contribuinte. Não existe qualquer medida que premeie os cumpridores. Há mais de trinta anos que cumpro regularmente as obrigações fiscais e nunca tive uma palavra de apreço do sistema fiscal. Entreguei Imposto Profissional, Imposto de Transacções, Imposto Complementar, IVA, IRS, IMI, nada tenho que me apontem. Esta segunda-feira, mais uma vez, lá fui entregar o IRS (desconfiado que sou das declarações electrónicas): a senhora que me atendeu ficou banzada com a perfeição do preenchimento. Sorriu. Respirou. Mas, quanto a prémio... nada.
Assim, perante alguém que tem uma perspectiva enviezada da relação com o contribuinte e que é pago com o seu dinheiro eu só posso concluir que o Governo não deve ceder a manter aquele profissional com aquele vencimento.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

O troglodita anónimo voltou a atacar

Depois de ter deixado um rasto significativo em alguns blogs de oureenses, uma alimária que se assina "Anticomunista Primário" veio deixar a sua peçonha no OUREM.
Tirando este post, não lhe vou ligar patavina, até serve para aumentar o número de comentadores que o OUREM exibe. Não vou inibir nem moderar comentários. A besta que se reveja na qualidade dos escritos que produz...

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Marca #6: Zé Quim

Mais uma vez, do grande Dicionário Castelaico-Oureense retirámos a definição seguinte:

Zebra. Animal de duas patas cujo tronco era da largura do pescoço o que terá originado uma procura de semelhanças com o de quatro patas correspondente. A agravar a parecença o facto de por vezes usar camisolas às riscas e nas deslocações evidenciar dificuldades constantes de equilíbrio. Trata-se obviamente do Zé Quim. A autoria da alcunha terá sido minha ou do Jó Rodrigues.

Durante anos, foi fácil encontrar em OUrém o Zé Quim. Agora, é bem mais difícil. Não, não é só a questão de, quase aos sessenta, estar desterrado em busca da subsistência. Acontece com ele o que tem vindo a acontecer com alguns que conheço: são vítimas do desencanto de assistir, impotentes, à destruição da terra que conheciam. Para não o verem, recusam-se a aparecer...

domingo, fevereiro 11, 2007

Nada de novo no concelho de Ourém

Com uma abstenção na ordem dos 48%, e votos expressos de 34,4% no SIM e 65,5% no NÃO, o concelho de Ourém mostrou-se na sua tradicional linha de contrariar as grandes tendências nacionais.
A nível de freguesia, os resultados não são mais do que os esperados. Vitórias do SIM em Alburitel, Seiça e Nossa Senhora da Piedade; vitórias do NÃO, em todos os outros com um máximo de 84,4% na Ribeira do Farrio e outros resultados esmagadores na Freixianda (80%) e Fátima (72%).
Os resultados podem ser vistos aqui.
Pois eu creio que é vinculativo

Já ouvi comentaristas a desvalorizar a vitória do SIM argumentando com o valor da abstenção.
Na sua perspectiva, o resultado seria vinculativo se fosse >= a 50% e ganharia a opção que tivesse mais de 50%.
No entanto, uma abstenção de 44% e um SIM de 61%, resultados considerados de acordo com a previsão da Católica, significam que mais de 27% dos eleitores votaram no SIM, valor superior ao produto dos dois valores mínimos anteriores. Por outro lado, isto significa que, mesmo que tivessem votado 50% dos eleitores e os votos que faltam para chegar aos mesmo fossem para o NÃO, este não conseguiria ganhar.
Portanto, o que há a fazer é respeitar os resultados e actuar de acordo com eles: despenalizar, não vexar, assistir...
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