quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Há noites em que um jovem não devia sair de casa

O PedroL fez o último exame para concluir a sua licenciatura.
Decidiu jantar fora e passear pelo Bairro Alto para descontrarir. Levava a sua carteira com uns vinte euros, o cartão Caixa/Universidade, o BI, o cartão de contribuinte, um euromilhões de 2 euros fugaz esperança para desempregos anunciados, o passe para viajar de comboio e se deslocar por toda a Lisboa.
Visitou várias capelinhas...
A certa altura foi buscar cervejas para os amigos. Como não cabia tudo na mão, a carteira ficou em cima do balcão e ele nunca mais se lembrou dela.
Chegou a casa perto das quatro da manhã. Mão no bolso, alertou-o imediatamente da perda.
Anular o cartão de débito foi fácil. Repetir despesas em viagens também. Mas a visita ao posto de polícia foi martirizante. Parecia que o agente estava ali e ninguém lhe pagava. Bufava. Sugeria que não se apresentasse queixa. Ameaçava com atrasos caso as coisas reaparecessem. Que bela imagem do serviço público!
Decorreu um dia, dois...
A certa altura, uma mensagem: “vou deixar a tua carteira na banca de jornais no início da Rua da Atalaia”.
Ontem, lá fomos buscar a carteira. Estava quase tudo, o principal... nem sinal do dinheiro nem do papelinho do euromilhões.
É extremamente profissional a nova geração de amigos do alheio...

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