sábado, fevereiro 12, 2005

Santana tem razão

"Que democracia é esta em que um partido é mais prejudicado por estar lá a comunicação social, do que por não estar?"

Pobre homem. Ele é sempre vítima. Que teria dado à comunicação para assim contribuir para uma saudável despoluição política do país?

Que pena o Dr. Santana não voltar a Ourém. Talvez com mais três ou quatro visitas, os jornalistas se convencessem a dar uma ajuda para varrer de uma vez por todas os santanetes autoclassificados como ignorantes instalados por cá.

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Casa Portuguesa

Atenção, oureenses...
Esta noite, no cineteatro de Ourém, o nosso venerado presidente vai participar na gravação de um programa que visa mostrar o melhor de Portugal ao Mundo.
Que irá ele mostrar?
A javardice que deixou na Praça dos Carros?
A destruição programada para a Rua de Castela?
A destruição da aldeia dos Álamos?
Os caixotes do lixo frente à biblioteca?
O desrespeito pelo PDM?
As facadas na REN e na RAN?
O que mereciam era uma monumental assobiadela...
Entra e tira o teu agasalho...

E onde andará a minha cúmplice da palavra doce que, desde o dia 26, não actualiza o blog?
Um pouco de paciência

Amigos oureenses
sei que estão ávidos pelos posts do Ourem.
Eu também gostaria muito de estar todo dedicado às recordações e problemas da nossa terra.
Mas o dever chamou-me. Tenho 160 testes para ver cada um dos quais, no mínimo, me demora 15 minutos.
Como veem, não há grande margem.
Desta vez tenho de ceder ao patronato.
Até breve!
PS. Eu estou deste lado. Se quiserem comentar alguma coisa, não façam cerimónia.

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Finalmente! Uma peça de campanha suportada em problemas da nossa terra


O convite da CDUPosted by Hello
A Joana tem razão

"É necessário nao ter medo e votar na mudança, ultrapassando uma característica portuguesa que é a de ir pelo caminho que já se conhece mesmo sabendo que ele é mau, por medo de ir por um caminho desconhecido."
(Do jantar em Alburitel de acordo com o NO)

Votar... sempre à esquerda... e, se possível, à esquerda do PS!
Do lado certo da História

Choca-me.
É a arrogância de quem pensa que a fugaz vitória dá razão à agressão baseada na mentira.

Memórias do vinil (7)




Je suis parti sans un adieu
Il valait mieux pour tous les deux
Laisse-moi te dire, laisse-moi te dire
Je t'aimais bien


Je suis parti
La mélodie elle est trop triste
Oh ! c'est ma vie
Ecoute-là, écoute-là
Elle est pour toi.


Je suis parti
Cette chanson
Je l'ai chantée en criant ton nom
Ne pleure pas, ne pleure pas
Elle est pour toi


Je suis parti sans oublier
La belle histoire que l'on se racontait
Je n'ai plus rien, je n'ai plus rien
C'est ma chanson, c'est ta chanson.

(Esta era de Leiria no tempo em que os Corsários de Apolo estavam no máximo da sua força. Na Esplanada, bem protegidos pelo Castelo, ouvíamos o João Antunes, o magnífico vocalista que chegou a ir ao Zip, enquanto ele procurava exibir-se para as meninas do liceu. O Zé Domingos também foi testemunha).

quarta-feira, fevereiro 09, 2005


Despotismo autárquico

Será legítimo o presidente de uma junta de freguesia atribuir as instalações de uma escola desactivada a uma associação de caçadores? Sem dúvida que sim.

Mas será isso legítimo quando a população que essa mesma escola servia tinha outra finalidade a dar-lhe e disso se conhece hoje documentação?

E quando os caçadores nem sequer são dessa localidade?

E será legítimo que os caçadores imponham os direitos conferidos pelo presidente da junta pela força das armas, como pode deduzir-se do comunicado da Associação de Cultura da Amieira?

Tenho as minhas reservas: o poder não faz sentido sem uma população a quem servir. Ora, o poder instalado em Ourém e em algumas freguesias da mesma começa a manifestar-se como totalitário, despótico.

As suas atitudes são exemplos de quem não liga nenhuma à população de determinado local, impondo-lhe o que melhor serve os seus fins e da sua clientela. Por vezes não respeitam a própria lei que elaboraram ou para a qual contribuiram de que é exemplo o PDM.

Estão em maioria e utilizam o poder para decidir o que melhor lhes convém. Isto pode parecer democrático, mas é o contrário da democracia, parecendo dar razão aos que afirmam que, nas eleições, o povo escolhe quem o vai espezinhar e oprimir.

A Amieira está a conhecer aquilo que vimos denunciando em Ourém há cerca de um ano: fazem o que querem, utilizando o poder que o voto lhes deu.

A Assembleia dos Servos de David

Eles estiveram reunidos nas Matas e atribuiram interesse público ao projecto. Como se isso afastasse todos os riscos associados ao mesmo, como se a natureza pudesse ser ultrapassada por uma votação baseada na fidelidade partidária. Como se não fosse possível afastar a sinistralidade de um local sem beneficiar um privado interessado numa obra na zona.

O que isto prova é que por vezes as estruturas democráticas podem ser utilizadas de uma forma preversa.

A oposição votou contra, fez o seu dever. A Quercus continuou a avisar.

Nada serviu para contrariar os desígnios daquela gente ali reunida. São verdadeiros Servos de David.


Memórias do Vinil (6)


A minha primeira relação com o mercado de trabalho foi, pelos quinze anos, quando fui substituir, em momento de férias, uma pessoa que trabalhava no posto de turismo em Fátima que ocupava cerca de metade do espaço onde é, hoje, a farmácia. Autêntico trabalho infantil durante duas semanas que procurava explorar os meus conhecimento de inglês e francês pondo-os ao serviço dos peregrinos. Não era difícil, havia um lote de coisas preparadas para distribuir e informar e os visitantes também não eram muitos: "Ora, tem aqui a Capelinha. Também pode ir aos Valinhos ver a loca do Anjo...".
Assim, nos muitos momentos livres, dediquei-me a fazer o reconhecimento do local. E estava nesta prospecção quando, de repente, os meus olhos deram com algo de diferente, algo com a forma de uma mala. A curiosidade forçou-me a abrir aquilo e fiquei deslumbrado com a visão. Pela primeira vez, tinha à minha frente um gira-discos. Ainda emocionado, fechei-o e recoloquei-o no mesmo sítio.
Mas, no dia seguinte, a recordação daquela visão não me deixou descansado. Voltei a abri-lo e liguei-o, testando aqueles manípulos que diziam 33, 45 e 78. Vi que aquilo andava e até produzia algum som. Continuei a procurar...
Acabei por descobrir um single dos Beatles de nome "All my loving" e outra canção cujo intérprete já não recordo e que se chamava "This land is your land".

Fátima ganhou novo encanto. Os dias seguintes passei-os a ouvir a maravilhosa viola do Harrison e aquelas vozes que nunca mais me largaram. Em frente ao posto de turismo, os peregrinos e as meninas daquelas lojecas todas iguais, símbolo de mercado de concorrência perfeita, parecia que dançavam ao som da música que eu lhes dava.
Ao fim do dia, quando regressava para junto da oficina do meu pai, os sinos que cantavam a Avé Maria, pelas sete horas, confundiam-se com o magnífico som que não conseguia largar a minha mente...

Close your eyes and I'll kiss you,
Tomorrow I'll miss you;
Remember I'll always be true.
And then while I'm away,
I'll write home ev'ry day,
And I'll send all my loving to you.

I'll pretend That I'm kissing
the lips I am missing
And hope that my draems will come true.
And then while I'm away,
I'll write home ev'ry day,
And I'll send all my loving to you.

All my loving I will send to you.
All my loving, darling I'll be true.

terça-feira, fevereiro 08, 2005

O Dr. Jardim tem razão

"O Professor Cavaco Silva deve ser expulso do PSD, porque pertence à brigada de reumático da III República."
Quanto ao Dr. Jardim, distinto representante dos atrasados mentais da oligarquia madeirense, fica lá muito bem.
Algo de muito grave se está a passar na Amieira




É tudo por causa desta linda casinha que tem inúmeras recordações para as pessoas da Amieira. O que eu vejo no comunicado que se segue é um caso de polícia. Será que agora os caçadores têm direito a humilhar as populações dada a força das armas?
Para que serve a junta de freguesia?
Para que serve o Presidente da Câmara?
Para que serve a GNR?

Eis o comunicado:

ASSOCIAÇÃO CULTURAL ESCOLA DA AMIEIRA

Comunicado


Graves provocações e humilhações dirigidas pelos caçadores de Urqueira à população da Amieira na sua antiga escola


No dia 6 de Fevereiro de 2005 cerca das 08:00 ocorreram os seguintes factos:

Aproveitando a realização da concentração para a batida de caça às raposas pela direcção dos caçadores de Urqueira, população da Amieira reuniu-se antes da chegada dos caçadores, para uma visita à escola que tinham frequentado e onde está parte das alegrias e saberes compartilhados no passado recente de todos.

À chegada dos caçadores todos os Amieirenses presentes se encontravam em plena confraternização, pacificamente e com urbanidade recordando os tempos e experiências ali vividas.

Surgiram então caçadores com arrogância auto-afirmando-se donos e senhores daquele espaço público, com provocações, procurando o confronto com a população ali presente proferindo termos ofensivos e injuriosos.

Os Amieirenses formam impedidos de entrar dentro do edifício da escola que frequentaram. O presidente dos caçadores alertado para o sucedido, pelo presidente da Associação Cultural da Amieira nada fez.

A Associação Cultural Escola da Amieira manifesta publicamente o seu repúdio pelos factos, os quais indignaram e ofenderam profundamente a população do lugar.

A Associação tinha solicitado por carta enviada em 1 de Fevereiro ao presidente dos caçadores de Urqueira para não violar a sala de aulas conforme tinha ocorrido a 30 de Janeiro.

A Associação Cultural Escola da Amieira apelou na carta à auto-reflexão e bom senso dos caçadores, sensibilizando-os para locais próprios e melhor adequados para actos que o grupo de caçadores pratica ou pretende vir a praticar.

Foram ainda os caçadores informados dos sentimentos e ligações que os Amieirenses têm com a antiga escola da Amieira.

A ocupação do local emblemático dos Amieirenses pelos caçadores irá ser sempre um elemento de desestabilização e perturbação no bom relacionamento, da boa convivência e urbanidade existente.

A Associação Escola da Amieira interroga-se sobre a negligência do Sr. Presidente da Junta de Urqueira em responder a uma audiência pedida no dia 30 de Dezembro de 2004.

A Direcção,
Amieira, 07 de Fevereiro de 2005

Memórias do Vinil (5)



Em férias, a Nazaré era o esplendoroso destino de muitos oureenses. Assim foi até aos meus quinze ou dezasseis anos, umas vezes com os amigos outras com a família.
Nos últimos anos, a excelente convivência com o pessoal fazia que aquele fosse o local mais apetecido, com esplanadas enormes, música difundida em altifalantes, passeatas de grupos pelas estreitas ruas onde por vezes se desenhavam os primeiros namoriscos em mãos dadas.
Junto ao porto, uma máquina de discos permitia que através de uma moeda se ouvisse o "And I love her" dos fab four.
Depois, a chegada do fim, mostrava-nos a volatilidade de tais encontros que acabaram por ser celebrados em múltiplas canções como o "Capri, c'est fini" do Hervé Villard e o "Sylvie" do Ouro Negro. No entanto, nenhuma exprimiu tão bem o quanto valiam aqueles dias e a tristeza da separação como a inesquecível protagonizada pelos Les Chats Sauvages, "derniers baisers":

Quand vient la fin de l'été sur la plage
Il faut alors se quitter peut-être pour toujours
Oublier cette plage et nos baisers
Quand vient la fin de l'été sur la plage
L'amour va se terminer comme il a commencé
Doucement sur la plage par un baiser

Le soleil est plus pale mais nos deux corps sont bronzés
Crois-tu qu'après un long hiver notre amour aura changé ?
Quand vient la fin de l'été sur la plage
Il faut alors se quitter les vacances ont duré
Lorsque vient septembre et nos baisers

Quand vient la fin de l'été sur la plage
Il faut alors se quitter peut-être pour toujours
Oublier cette plage et nos baisers, et nos baisers
Et nos baisers !


A minha notável tentação para estragar as estatísticas

Apenas um em cada dez portugueses não usa telemóvel.

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Jerónimo tem razão

"Subir a idade da reforma?!!!
O Eng. Sócrates ainda provoca por aí algum sobressalto social..."

Mas será que os amigos socialistas não percebem que tal medida não tem qualquer utilidade?
Que só servirá para manter os jovens no desemprego durante mais tempo?
Será que eles não veem o rejuvenescimento que existe nas empresas através da substituição de pessoas com sessenta por jovens com vinte?
E o grande acréscimo de produtividade que daí pode vir?
O Dr. Santana tem toda a razão

"A banca deve passar a pagar o dobro dos impostos.
Vamos acabar com o imposto automóvel."

Isto é que são promessas. O Eng. Sócrates devia aprender com o PSD, aliás, devia aproveitar um dos 650000 estágios profissionalizantes que PSL ontem prometeu.
Vivam as promessas do Dr. Santana!!!
O nosso grande caudilho...
O Peron de Portugal...

domingo, fevereiro 06, 2005

Memórias do Vinil (4)



Arrête, arrête ne me touche pas
Je t'en supplie ai pitié de moi
Je ne peux plus supporter
Avec une autre te partager
D'ailleurs demain tu te maries
Elle a de l'argent, elle est jolie
Elle a toutes les qualités
Mon grand défaut c'est de t'aimer
Arrête, arrête ne me touche pas
Je t'en supplie ai pitié de moi
Dès que tes mains se posent sur moi
Je suis prête à subir ta loi
Mais tu as préféré les grands honneurs
A la place de notre bonheur
Et, et pour garder tes ambitions
Tu as détruit mes illusions

Je sais, je sais tu m'aimes encore
L'orgueil pour toi est le plus fort
Il a vécu le grand amour
Pour garantir tes vieux jours
Il faut, il faut nous quitter sans remords
Tu es le maître de ton sort
Laisse-moi, laisse moi te féliciter
Demain, demain tu vas te marier

Chez elle tu auras le confort
Chez moi tu jouais avec mon corps
Chez elle tu vas te distinguer
Chez moi tu venais te griser
Ce soir, ce soir c'est la dernière fois
Que je te parle, que je te vois
Puisque, puisque c'est elle qui aura ton nom
Ce soir, ce soir moi je te dis non
Non ! Non !

(A lamechiche francesa em todo o seu esplendor na fase do Fernão Lopes. Chamava-se Patricia Carli, e não recordo bem o nome da canção. Recordo sim que a sonoridade era excelente e a entrada fantástica com aquele "Arrête, arrête.." pelo que se me tornou inesquecível).
O Dr. Cadilhe tem razão

Os submarinos encomendados pelo Paulinho das Chaimites não têm qualquer interesse para o país. São pura delapidação do nosso magro património em momento que carecemos de aplicações bem mais úteis noutros sectores de actividade.

A chuva voltou

E imagino as vaquinhas, os bezerros, os cabritos, os borregos, os carneiros todos a olharem para o céu, a agradecerem esta magnífica dádiva e, possivelmente a pensar:

O Eng. Sócrates tem razão. São precisos canais de rega para aproveitar o Alqueva, não o podemos deixar esquecer a promessa, mesmo que vá contra alguns interesses baseados no lucro.


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