quarta-feira, novembro 28, 2007

Figuras secundárias - I

Ora viva, amigos oureenses. Iniciando uma nova secção no nosso blog, destinada a figuras secundárias que podiam ser as principais, aqui vos trago mais uma formidável recordação da nossa juventude: o simpático Pequeno Castor que acompanhava para todo o lado o terrível Red Ryder, também conhecido por Cavaleiro Ruivo, uma figura criada por Fred Harman (visite aqui o museu de arte deste criador em Pagosa Springs, Colorado).
O Pequeno Castor era um mouro de trabalho, era um miúdo valente e salvou por diversas vezes a vida do seu amigo. Mas não gostava muito de tomar banho. Aliás, com a pouca roupa que vestia, bastavam umas borrifadelas de chuva para sacudir as montanhas de pó que o cobriam.
O Pequeno Castor tinha também uma namorada. Um dia, ela disse-lhe:
- Sabes? Vou realizar uma grande viagem para fazer as compras de Natal. Que prenda queres que te traga?
Ele pensou um bocadinho e, depois, com o seu sorriso matreiro, respondeu:
- Traz-me água de Colónia...

terça-feira, novembro 27, 2007

Retrato de polícia


Achei uma certa piada à entrevista dada ao Expresso pelo Inspector Geral da Administração Interna. Primeiro, foi a perplexidade pelo facto de um agente do Governo trazer para a praça pública assuntos que mereceriam primeiro uma reflexão bem cuidada dos principais responsáveis. Que se terá passado? Não lhe terão dado suficiente atenção? Depois, o conteúdo...
Muitas vezes, simplesmente a partir da observação do dia a dia, tenho sentido dentro de mim as palavras que li na entrevista.
Claro que há raízes, desde a célebre chegada do polícia Cunha aos nossos campos de futebol improvisados na Rua de Castela onde o desenvolvimento mais normal se traduzia na apreensão da bola. Esse facto, associado à atitude mais ou menos intolerante e arrogante dos agentes, nesses tempos, criou uma imagem que tantos anos não conseguiram apagar. A literatura formativa também não ajudou muito: a polícia é um agente da repressão estará sempre do lado de quem detém o poder...
Hoje, os factos relatados pelo inspector geral, desde a atitude de cowboy ao uso e abuso do poder, fazem com que a imagem se reforce e nos faça olhar o polícia não como pessoa com quem se cultiva a proximidade, mas como alguém diferente, pronto a reprimir-nos, pronto a dispara se não pararmos no STOP, alguém pertencente a uma casta diferente...
E nem aqui a perspectiva sindical parece correcta. É que, em vez de procurar fazer uma reflexão interna para corrigir o que naquelas afirmações existe de verdade, aparece a defender cegamente os seus associados, a defender o silêncio e o respeito baseados no facto de estarem ao nosso serviço. Como se na sociedade não estivéssemos ao serviço uns dos outros...

domingo, novembro 25, 2007

Crónica do naufrágio comum e anunciado



Para alguns, a semana que passou pareceu ser marcada pelo atingir de objectivos, mas... sem brilho...
Primeiro, foi a selecção. Para nossa alegria, os discípulos de Scolari lá conseguiram ser apurados para a fase final do Europeu. Conseguiram é uma forma de dizer, pois até pareceu que não estavam a fazer nada por isso, tal as pálidas exibições com que nos brindaram. O técnico, esse, até parece que gostava de ser despedido para receber choruda indemnização: "se ganhar, ganha,... se perder, perde...", enfim um conformismo exasperante.
Depois, o Governo... Lá aprovou o orçamento, lá conseguiu que as suas metas para o défice fossem alcançadas. Sempre a cortar, claro. É que enquanto reduz o défice e enquanto se diverte com as promessas do choque tecnológico e brejeirices associadas, o país afunda-se com um PIB per capita que está quase a bater no fundo da União Europeia, só havendo meia dúzia de países mais pobrezinhos. A tornar isto mais grave, a voz autorizada do Banco de Portugal a afirmar que o subsídio de desemprego é excessivamente elevado no país já que o pessoal não que trabalhar e abandonar tal situação. Lamentável tais pensamentos de quem soube dotar-se de putativas pensões de reforma como sua excelência, o governador, conseguiu!
Finalmente, o OUREM. Sem nada termos feito para isso, atingimos as 80000 visitas. 80000!!! É obra... e logo nesta altura merecemos sensacional referência do Notícias de Ourém acerca da recente publicação para os amigos do Poço de dois livros sobre a nossa terra... os tais que aqui foram amplamente falados e prometidos por esta altura no ano passado.
E agora? Não tenho resposta... vamos fazendo o caminho, caminhando (se possível aos domingos...).
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