sexta-feira, setembro 29, 2006

Olhem o que eles fizeram ao nosso moinho



Coitadinho!
No meu tempo já não tinha vela. Agora nem cobertura merece. Assim, o Núcleo de Astronomia poderá observar directamente os astros.
Esta é a imagem de como vão deixar pedaços da nossa Ourém enquanto não se lembrarem de os destruir para lhe construir qualquer mamarracho em cima...
Um dia, escrevi sobre estes moinhos no Ourém e seu Concelho. Levado pelo pelos textos do Sérgio no Anónimo e no Foto e Legenda (1, 2 e 3), fui procurá-lo, mas não gostei para o trazer para aqui. No entanto, esse texto recordou-me que um dia um grupo de oureenses veio a correr pela encosta abaixo por causa de uma descarga eléctrica que teve algumas consequências assustadoras. Não me recordo quem eram. Nem o que sofreram. Mas acho que pararam no largo onde se inicia a Rua de Castela e alguns contaram o que se tinha passado.
Gostando como gostámos do que vivemos em Ourém, quase que amaldiçoamos esse passado por, a todo o momento, os urbicidas de serviço o estarem ou deixarem destruir.

quinta-feira, setembro 28, 2006

É imparável

A caminhada do OUREM para os 50000 acessos já não pode ser detida. A não ser que haja algum ataque fulminante a esta formidável ferramenta da liberdade de expressão que é o Blogger pelas forças catarinetas ou seus aliados objectivos, como o senhor Diabbo, a inércia garante que mais ou menos dentro de duas ou três semanas, esse objectivo será alcançado. E quando falo em inércia refiro-me ao acesso sem haver qualquer contrapartida nossa: os amigos, apesar de silenciosos, já nos habituaram a procurar qualquer coisa nova no blog, mesmo que este enfrente algum período de total falta de ideias.
Pode ser um número bonito para fechar a porta, mas creio que isso não ocorrerá: ao contrário de outros, o OUREM permanecerá aberto, mesmo que inactivo, esperando por algo que o reanime...

quarta-feira, setembro 27, 2006

Chegou hoje a Ourém



Consta que o psicólogo dos Dalton chegou hoje a Ourém e pode ser encontrado no Central.
Vai visitar o executivo camarário e tentará responder a duas questões: "por que serão eles tão mauzinhos? onde aprenderam a destruir tudo?"
Mas há toda a probabilidade de ficar igual ou pior que eles...

terça-feira, setembro 26, 2006

Praxes

E com esta treta da praxe que não é mais do que humilhar os que estão em momentânea inferioridade, em vez de constituir uma verdadeira adaptação ao novo ambiente, vai-se perder uma semana de trabalho num semestre que, à partida, contava com treze.
E Ourém?
ou da inutilidade da derrapagem
(extracto do artigo publicado no NO)

...
Perante estes resultados que reflectem a existência de inúmeros atrasos e incoerências ao nível da disponibilização da informação pelas câmaras, é legítimo interrogar-nos: E Ourém? Qual o seu lugar e papel em tudo isto? E dizemos papel porque o que ocorrer em Ourém irá com certeza influenciar os resultados de qualquer estudo que seja feito para apreciar a evolução dos sites.
Se nos reportarmos aos resultados do relatório, podemos concluir o seguinte:
- em termos gerais, Ourém ocupa a 110ª posição com um valor de 0,49 o que significa que tem disponíveis no site sensivelmente metade das funcionalidades procuradas. A sua posição é melhor, por exemplo, do que Leiria e Coimbra;
- em termos de características da Navegação, Ourém parece enfermar de vários problemas: fica-se pela 244ª posição com um valor de 0,33. Pior, apenas sites como a Nazaré (extremamente desorganizado) ou autarquias que não tenham site;
- já no que respeita à informação sobre eleitos, Ourém ocupa a 120ª posição com um valor de 0,58 para o indicador, melhor do que, por exemplo, Sintra, Aveiro e Lagos. Um dos elementos que penaliza ao nível deste critério é a não disponibilização de emails dos eleitos. A exigência desta funcionalidade tem todo o sentido: como podemos estar numa democracia representativa sem forma de contacto com o representante? Quando este se manifesta na Assembleia Municipal que problemas foca? Os dele? Se não, como os percepciona?
- a melhor classificação de Ourém é a que deriva da informação municipal proporcionada. A disponibilização das actas (às vezes, um pouco atrasada!), de informação sobre o UNIVA, as publicações, etc, fizeram com que Ourém se situasse na 64ª posição com uma taxa de cobertura das funcionalidades de 0,65 (para quando o preenchimento do directório de empresas?). Neste critério, é melhor do que Coimbra, Leiria, Aveiro, Albufeira, Braga...;
- já quanto à abertura ao munícipe a posição de Ourém é desastrosa: 173ª com um valor de 0,10 que, apesar de tudo, iguala o dos concelhos sede de distrito Castelo Branco e Vila Real e o da Figueira e é superior ao das Caldas.
- finalmente, Ourém ocupa a 99ª posição com um valor de 0,63 em termos de informação sobre o concelho onde se integram circuitos turísticos, informação histórica, etc. Este resultado melhor que o do Funchal, Braga, etc.;
Perante estes resultados, podemos interrogar-nos: estará Ourém em condições de melhorar de posição e de prestação aos seus munícipes?
Estamos convencidos que Ourém melhorará ligeiramente a sua prestação, mas, relativamente aos outros municípios, sentimos que vai ter tendência para se afundar nestas tabelas já que não acompanhará os desenvolvimentos em termos de Navegação e Abertura. Para compreender isto, basta atender aos sinais provenientes do projecto relativo aos novos Paços de Concelho: o parque de estacionamento, o grande balcão centralizado de atendimento e a ausência de qualquer documento que explicite o que a Câmara espera dos Sistemas de Informação para os próximos anos. Isto é, quando a nova Câmara abrir, compreender-se-á que tanta derrapagem foi inútil.

segunda-feira, setembro 25, 2006

25 canções para os amigos do Poço: guia de audição

1. Oh Lady! – Les chats sauvages
Os nossos cafés: o Avenida, o Central, as sensacionais partidas de bilhar enquanto o Dick Rivers mandava aquele “rieeennnnnn” que parecia o zurrar de um burro. O Duarte a cantar e a dançar agarrado ao taco do bilhar, o Genito a fazer o pino numa cadeira...

2. Lonely, lost and sad – Sheiks
Os amigos Rui e Jó Rodrigues e as monumentais tardes de convívio na quinta que repousa sob a EPO

3. Le ciel est si beau ce soir – Richard Anthony
Os encontros e desencontros ... Os minutos de espera que pareciam horas e que faziam pensar que ela nunca mais viria

4. Chove – Conjunto académico João Paulo
Noites de chuva e espera em Ourém quando nada se passava e hoje até parece que era o mais importante...

5. Perdoname – Duo Dinamico
O gira-discos tipo mala de viagem, a ida ao bailarico de Caxarias na motorizada do Quim Vaz, a descoberta das lindas meninas de lá, as beatladas e aquele pedido “não tens o perdoname...”

6. Derniers Baisers – Les chats Sauvages
Canção do Fernão Lopes com o Vitor e o Zé Augusto a sentirem o bafo do Dr. Armando após o famoso “chupa?!!”.

7. Una lacrima sul viso – Bobby Solo
Sei lá porquê. Tinha piada. Ainda me recordo do ar escandalizado de malta amiga quando o Bobby apareceu de olhos pintados no festival de S. Remo a cantar o “Se piangi, se ridi”

8. Johnny lui dit adieu – Johnny Halliday
Fabuloso canção, mesmo à Halliday...

9. Demain tu te marries – Patricia Carli
Outra vez o Fernão Lopes. Aquele “Arrete, Arrete...” é inesquecível pelo modo como é entoado (aliás muita gente conhece-a por essa designação). No final, o “Non” desesperado é uma espécie de grito que queremos entoar muitas vezes e não temos coragem

10. All my loving – Beatles
Passagem por Fátima, pelo posto de turismo. Pela primeira vez, mexi num gira-discos e fiquei entusismado. Houve música para peregrinos e para as meninas daquelas lojas pequeninas, todas iguais

11. I can’t let Maggy go – HoneyBus
Canção para as namoradinhas oureanas… e também para o TóLiz que se atirou de guarda-chuva aberto, a fazer de pára-quedas, do 1º andar do Fernão Lopes, daquele patamar que dava acesso às aulas do primeiro ciclo, pensando que ia voar. “He flies like a bird...”

12. If you need me – Rolling Stones
Talvez Nazaré, uma das primeiras músicas que gostei dos Stones

13. Mr. Moonlight – Beatles
Aquele órgão ouvido na fabulosa quinta, aquele grito inicial: tardes em que não nos lembrávamos de luar...

14. All my sorrows – Searchers
Traz-nos o som desse tempo como por vezes o sentíamos nos bailes de finalistas e nos casinos. “All my sorrows” só foi descoberta mais tarde. Em Ourém ouvia-se o “Sweets for my sweet”.

15. And I love her – Beatles
Nazaré, passeio pela marginal. Há mãos que se encontram num tímido despertar do encontro com o futuro. Lá ao fundo, havia uma monumental caixa, cheia de discos onde, um braço automático, depois da moeda introduzida, procurava o disco e despoletava a sua audição

16 e 17. Happy together – Turtles e Tell me you are coming back – Rolling Stones
Canções do Jó Rodrigues e da sua capacidade notável para nos fazer ter atenção a passagens especiais.

18 Le Penitencier – Johnny Halliday
O mais famoso hino da nossa geração. Não houve oureense que não passasse pela minha casa para o ouvir. O Zé Domingos por vezes ainda mo recorda. Mas houve um visitante de Ourém, o Raul, que me ficou com o original após troca. Já não o sei localizar...

19. Je suis parti – Christophe
Vocês queriam o Aline, mas eu gosto mais desta. É uma canção de Leiria, da esplanada onde o João Antunes, um dos corsários de Apolo, se entretinha a cantar para o pessoal ouvir...

20. Quand reviens la nuit – Johnny Halliday
Uma versão do Mr. Lonely com aqueles repentes do Johnny

21. La plus belle pour aller dancer – Sylvie Vartan
O Jó Alho, impagável, frente aos Claras, na Avenida, a trautear a canção e a correr de um lado para o outro, saltando, projectando as pernas para trás e batendo com os calcanhares.

22. Never my love – Association
Vir para Lisboa e estudar custou tanto

23. Sounds of Silence – Simon and Garfunkle
Canção das famosas tardes de bailaricos no Castelo. A sensação de ouvir pela primeira vez algo que se sentia ser muito bom

24. Mrs Applebee – David Garrick
E o raio do curso que nunca mais acabava. A polícia a ocupar a Universidade sem lhe podermos dar uma ferroada a valer.

25. El final del verano – Duo Dinamico
E o problema era que o Verão e a Nazaré acabavam mesmo, bem como os passeios, as idas ao casino, as noites na esplanada ou dormidas dentro das barracas. Até que uma vez, acabaram para sempre...
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