Quando o carro dos bandidos passou perto da farmácia, o Rui Leitão estava à porta e pareceu reconhecer o carro.
«É curioso. Parece o carro de ontem.»
Chegou à Teófilo Braga e reparou que o carro parava junto ao hospital.
«Não perco nada se telefonar à polícia ou a GNR. Eles sabem o que podem fazer.»
O carro dos bandidos parou frente ao hospital e eles começaram a transportar o cúmplice ferido para o mesmo. Um pouco à frente, perto da casa do Dr. Durão, parou o carro das maninhas que começaram a abrir a porta para retirar o cãozito.
Nesse momento, ele reconheceu os assaltantes da farmácia e, como se sentia protegido, atirou-se a eles, mordendo-os furiosamente.
- Agarrem esse cão – gritava um dos meliantes.
Entretanto, dois jeeps da GNR vinham a toda a velocidade na direção do hospital, mas em sentidos opostos de forma a não deixarem escapatória possível.
O Rui Leitão tinha avisado a Livinha e corriam ambos na direção do hospital.
E todos puderam assistir ao modo como o Ferraunha dominou os assaltantes da farmácia. Eram três, mas o facto de estarem a apoiar o mais ferido e não terem armas fez com que, a breve trecho, estivessem dominados.
- Meu Ferraunha… - gritava a Livinha.
O cãozinho já tinha recuperado a sua doçura e lambeu-lhe a cara. Depois, conduziu-a às maninhas.
- Foi ter a nossa casa muito magoado – explicou a Céu – e vínhamos trazê-lo ao Dr. Durão.
- Nem sabem como estou grata. O Ferraunha é único. Agora, pode voltar a casa para abraçar os seus filhotes...
- Ferraunha? Chama-se Ferraunha? Nós íamos chamar-lhe Tejo, mas pelo que vemos era mais apropriado chamar-lhe Ferra-o-Dente.
- Eu cá gostava mais de Pestaninhas - respondeu a Céuzinha à irmã.
- Não se zanguem - disse a Livinha - Há mais dois cachorrinhos, filhotes do Ferraunha e iguais a ele. Posso oferecer um a cada uma e assim escolhem os nomes à vossa vontade. Terei todo o prazer nisso.
A Céuzinha e a Cietezinha ficaram todas contentes e louvaram o dia em que o Ferraunha tinha desmaiado à porta delas.
Entretanto, os bandidos, já presos pela GNR, teciam ameaças.
- A culpa foi toda desse malvado cão.
- Se fossem honestos, não vos acontecia nada de mal – respondeu a Livinha. – E agora quero saber onde está o que roubaram, pois levaram o meu dinheiro para medicamentos.
- Nós vamos encarregar-nos disso – prometeu o guarda Ernesto – O que tiverem será devolvido aos legítimos donos.
«É curioso. Parece o carro de ontem.»
Chegou à Teófilo Braga e reparou que o carro parava junto ao hospital.
«Não perco nada se telefonar à polícia ou a GNR. Eles sabem o que podem fazer.»
O carro dos bandidos parou frente ao hospital e eles começaram a transportar o cúmplice ferido para o mesmo. Um pouco à frente, perto da casa do Dr. Durão, parou o carro das maninhas que começaram a abrir a porta para retirar o cãozito.
Nesse momento, ele reconheceu os assaltantes da farmácia e, como se sentia protegido, atirou-se a eles, mordendo-os furiosamente.
- Agarrem esse cão – gritava um dos meliantes.
Entretanto, dois jeeps da GNR vinham a toda a velocidade na direção do hospital, mas em sentidos opostos de forma a não deixarem escapatória possível.
O Rui Leitão tinha avisado a Livinha e corriam ambos na direção do hospital.
E todos puderam assistir ao modo como o Ferraunha dominou os assaltantes da farmácia. Eram três, mas o facto de estarem a apoiar o mais ferido e não terem armas fez com que, a breve trecho, estivessem dominados.
- Meu Ferraunha… - gritava a Livinha.
O cãozinho já tinha recuperado a sua doçura e lambeu-lhe a cara. Depois, conduziu-a às maninhas.
- Foi ter a nossa casa muito magoado – explicou a Céu – e vínhamos trazê-lo ao Dr. Durão.
- Nem sabem como estou grata. O Ferraunha é único. Agora, pode voltar a casa para abraçar os seus filhotes...
- Ferraunha? Chama-se Ferraunha? Nós íamos chamar-lhe Tejo, mas pelo que vemos era mais apropriado chamar-lhe Ferra-o-Dente.
- Eu cá gostava mais de Pestaninhas - respondeu a Céuzinha à irmã.
- Não se zanguem - disse a Livinha - Há mais dois cachorrinhos, filhotes do Ferraunha e iguais a ele. Posso oferecer um a cada uma e assim escolhem os nomes à vossa vontade. Terei todo o prazer nisso.
A Céuzinha e a Cietezinha ficaram todas contentes e louvaram o dia em que o Ferraunha tinha desmaiado à porta delas.
Entretanto, os bandidos, já presos pela GNR, teciam ameaças.
- A culpa foi toda desse malvado cão.
- Se fossem honestos, não vos acontecia nada de mal – respondeu a Livinha. – E agora quero saber onde está o que roubaram, pois levaram o meu dinheiro para medicamentos.
- Nós vamos encarregar-nos disso – prometeu o guarda Ernesto – O que tiverem será devolvido aos legítimos donos.
FIM
Nota Final: os cãezinhos da juventude do autor foram o Tejo, o Mondego, o Nero, o Ferraunha e o Faro. O Tejo era supermeigo e há uma foto do autor a lavá-lo. O Mondego era um belo exemplar em castanho escuro. O Nero era velhote, mal disposto, e um dia mordeu a mão do autor (que lhe terá feito?). O Ferraunha era o mais brincalhão. E o Faro era branquinho, superdivertido.