O Ferraunha era um cãozito super afável e esperto adotado pela Livinha. Tinha sido ensinado a ir fazer algumas compras aos donos e todos ficavam encantados com a sua eficácia a satisfazer os seus desejos.
Naquela manhã, o sr. Lains levantou-se, deu-lhe a ração matinal e disse-lhe:
- Ferraunha, vai buscar o jornal ao Café Central.
O cãozito partiu em alta velocidade. Subiu aquela que é agora a Rua 25 de Abril, virou à direita na 5 de Outubro e prosseguiu pela Silva Carvalho até chegar à praça dos carros. Pouco depois, entrava no Café Central e pôs-se em pé, apoiando as patitas dianteiras no balcão.
Um cliente pouco amistoso refilou:
- Está aqui um cão. Vou correr com ele.
Mas o sr. Joaquim Espada deteve-o.
- Não faça isso. Sabemos o que ele pretende.
E o brutamontes ficou banzado a ver o dono do café a pôr o jornal na boca do cãozito e este a partir a toda a velocidade de regresso a casa.
- Formidável. Nunca tinha visto uma coisa destas.
- Há muitos animais que são mais espertos que os humanos – replicou o sr. Espada, olhando significativamente para o cliente.
O homem não percebeu e abandonou o café.
Entretanto, o Ferraunha chegava a casa, depois de fazer o caminho inverso, e preparava-se para fazer novo recado agora à Livinha.
- Ferraunha, vai à farmácia aviar estes medicamentos.
E pôs-lhe um saquinho à volta do pescoço que no interior levava a receita médica e uma nota de mil escudos para pagar os medicamentos.
Mais uma vez, o Ferraunha saiu a toda a velocidade e, pouco depois, estava na farmácia Leitão, aguardando a sua vez de ser atendido.
- Olha o Ferraunha – dizia o empregado. – Que é que te traz por cá?
O cãozito pôs-se a jeito e ele retirou-lhe o saco com a receita e dinheiro.
- Hum… bactrim…paracetamol… ibuprofeno… umas injeções. O Dr, Preto está a receitar muita coisa.
- Béu.. béu… – respondeu o cãozito.
A farmácia quase não tinha clientes e o empregado pôs-se a aviar calmamente a receita. Depois, pegou no dinheiro e começou a fazer o troco.
De repente, o sossego deste quase bucólico espaço foi quebrado por uma voz ameaçadora:
- Todos quietos! Mãos ao ar! Isto é um assalto…
Naquela manhã, o sr. Lains levantou-se, deu-lhe a ração matinal e disse-lhe:
- Ferraunha, vai buscar o jornal ao Café Central.
O cãozito partiu em alta velocidade. Subiu aquela que é agora a Rua 25 de Abril, virou à direita na 5 de Outubro e prosseguiu pela Silva Carvalho até chegar à praça dos carros. Pouco depois, entrava no Café Central e pôs-se em pé, apoiando as patitas dianteiras no balcão.
Um cliente pouco amistoso refilou:
- Está aqui um cão. Vou correr com ele.
Mas o sr. Joaquim Espada deteve-o.
- Não faça isso. Sabemos o que ele pretende.
E o brutamontes ficou banzado a ver o dono do café a pôr o jornal na boca do cãozito e este a partir a toda a velocidade de regresso a casa.
- Formidável. Nunca tinha visto uma coisa destas.
- Há muitos animais que são mais espertos que os humanos – replicou o sr. Espada, olhando significativamente para o cliente.
O homem não percebeu e abandonou o café.
Entretanto, o Ferraunha chegava a casa, depois de fazer o caminho inverso, e preparava-se para fazer novo recado agora à Livinha.
- Ferraunha, vai à farmácia aviar estes medicamentos.
E pôs-lhe um saquinho à volta do pescoço que no interior levava a receita médica e uma nota de mil escudos para pagar os medicamentos.
Mais uma vez, o Ferraunha saiu a toda a velocidade e, pouco depois, estava na farmácia Leitão, aguardando a sua vez de ser atendido.
- Olha o Ferraunha – dizia o empregado. – Que é que te traz por cá?
O cãozito pôs-se a jeito e ele retirou-lhe o saco com a receita e dinheiro.
- Hum… bactrim…paracetamol… ibuprofeno… umas injeções. O Dr, Preto está a receitar muita coisa.
- Béu.. béu… – respondeu o cãozito.
A farmácia quase não tinha clientes e o empregado pôs-se a aviar calmamente a receita. Depois, pegou no dinheiro e começou a fazer o troco.
De repente, o sossego deste quase bucólico espaço foi quebrado por uma voz ameaçadora:
- Todos quietos! Mãos ao ar! Isto é um assalto…
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