Às vezes surpreendo-me... pela atenção que me dão!E este espaço, meu caro Sérgio, sentir-se-á muito honrado se aqui divulgares algumas das propostas que vais defender.
Tenho andado viajando e sem tempo para este convívio de que tanto gosto. Só vou respondendo ao inadiável.
Em Fevereiro não serei candidato. Entrei numa fase de ser decano e/ou mandatário. Serei mandatário da lista CDU por Santarém. E farei campanha como se candidato fosse.
sábado, janeiro 08, 2005
É o estado em que está actualmente a minha humilde casa na Parede.
Há que tomar decisões. Uma é mandar para o lixo dezenas e dezenas de papéis, revistas, livros...
Mas dói-me o coração. Isso faz-me lembrar práticas que não tiveram nada de bom para a humanidade.
Tenho consciência que não volto a olhar para aquilo, que já não tem utilidade para mim, mas não o consigo destruir.
Será que tem utilidade para outros?
Por exemplo, tenho dezenas de exemplares da revista Exame. Pode ser útil a estudantes de gestão...
Será que alguém se quer candidatar à sua posse? Se houver interessado, um dia levá-los-ei para Ourém e é só combinar um ponto de encontro.
sexta-feira, janeiro 07, 2005
Continuo a errar por Ourém sem ninguém me conhecer. Há pouco vi e denunciei as manobras de propaganda de PSL e da clique social-democrata da Câmara.
Agora, vagueio.
Ontem, o famoso vigilante dos céus ainda teve oportunidade para me corrigir. Afinal, aqui em Ourém, nesta piedosa freguesia, as coisas não estão tão mal como eu dizia: a alternativa socialista está quase a ser maioritária.
Mas, caro skywatcher, essa ainda é uma situação pior. Já não os querem em Ourém, mas eles são-nos impostos através da dominância das outras freguesias, designadamente, daquela em que a religião é um negócio, a dos apostólicos romanos. E lá vão continuar a destruir a nossa Ourém.
Será possível maior humilhação?
E já passava um bom bocado sobre o momento em que se ouviram as doze badaladas deste dia 7 de Janeiro quando, finalmente, chegámos à visita 7000. Quem seria a ditosa criatura? Será por vergonha que não se anuncia?
Esperemos que o Sérgio não demore tanto tempo a esclarecer se é ou não candidato em Fevereiro. Ourém precisa de saber...
Repararam, ontem, no ar de Constâncio?
Enquanto PSL se divertia a pensar no gozo que a campanha eleitoral lhe vai trazer, Bagão ria-se a avaliar futuras mordomias da previsível passagem pela privada e Sampaio dava palmadinhas nas costas das criancinhas que lhe foram cantar as Janeiras, o governador, visivelmente mal disposto, ostentava aquele ar de quem conhece a verdade absoluta e ninguém lhe liga.
Preparem-se, vêm aí mais vacas magras, quem o diz é insuspeito. Por isso, não acreditem no rol de promessas que outros estão a preparar para os próximos dias.
Constâncio falou em aumento de impostos.
Julgo que se referia à tributação indirecta.
Estou de acordo, pretendo ajudá-lo, aliás, pensando bem, acho que pode haver subida e descida. Mais, acho que pode criar um novo imposto indirecto, mas não dedutível, em substituição do IVA e que poderia ter taxas como as seguintes:
Produtos de primeira necessidade: 0%
Produtos de consumo corrente: 19%
BMWs, jeeps, Mercedes, e outros automóveis de cilindrada elevada adquiridos localmente ou importados, outros consumos de luxo, mais valias decorrentes da especulação: 60%.
Voltando a coisas sérias...
À noite, assisti a parte de um debate na SIC Notícias entre Frasquilho e Hasse Ferreira, debate entre um tecnocrata do PSD e um político do PS.
O socialista entendia que há que discriminar na tributação, criando benefícios para as empresas que trouxerem inovação.
O social-democrata argumentava que o que precisávamos era de um sistema fiscal simples, sem a complexidade do actual onde os benefícios são uma fonte de fuga fiscal e acrescentava que seria preferível baixar o IRC de modo a integrar os empresários que militam na economia informal com um produto avaliado em mais de 20% do PIB e que assim não é contabilizado.
Curiosamente, embora com reservas, estou de acordo com Frasquilho. Aliás, já imagino os milhares de subtefúrgios que se vão inventar para provar que a empresa mais rafeira está a fazer inovação e assim gozar de benefícios fiscais.
As reservas que antes referi têm a ver com o facto de não achar muito fácil a saída da economia paralela com uma simples diminuição de taxas, sendo talvez conveniente o seu acompanhamento com uma pesada multa para os prevaricadores.
quinta-feira, janeiro 06, 2005
7000 facadas lhe deram
contemplando-o, depois, com desdém
7000 farpas lhe cravaram
já não é menino de Belém.
Exausto, quase por terra,
debatendo-se em palavras e princípios,
arfante, teimosamente resiste,
enquanto outro poder avança.
Novas fronteiras aí vêm,
perfilando novos interesses,
a exploração essa continua
olhem os princípios burgueses.
7000 facadas lhe deram,
7000 farpas lhe cravaram,
7000 flores celebram
7000 visitas ao Ourém.
... que não conseguimos deixar de olhar.
Desta vez, o oureense Bin-Tex, responsável do Grande Fauna, surpreendeu-nos com Imagens de Marrocos. Visita diária obrigatória.
É engraçadíssimo andar por Ourém sem que saibam quem eu sou.
Antes, não podia dar um passo, a casa do largo de Castela era logo ponto de confluência de vizinhas que iam contar à minha mãe todas as tropelias (que nunca foram muitas) que me viram fazer.
Agora, divirto-me a falar com pessoas nos estabelecimentos comerciais e apercebo-me que nem conhecem o blog nem sabem que existe este terrível oposicionista aos políticos de direita. Por vezes, abrem-se como aconteceu há dias num estabelecimento na Praça dos Carros: “o pessoal de Ourém está todo colado ao poder. Pode bramar contra, mas no momento decisivo vai lá pôr o voto”.
Aqui, tiveram de fazer alguma coisa, lixando obviamente o chico-esperto, para mostrarem isenção, dignidade.
Esta semana, quase não tenho tido hipótese de introduzir um artigo tal a colaboração dos amigos do OUrém.
O Sérgio enviou-nos informação sobre a saída do PE que, julgo, vai beneficiar OUrém. O 1big dissertou sobre a saúde na sociedade capitalista e o Zé Rito terminou a sua história dos Estúdios Trini.
Entretanto, ao lado, no Castelo, foi anunciado um novo blog denominado Política Oureense, destinado a os políticos da nossa terra falarem na política nacional e local. Creio que é uma excelente iniciativa. Os senhores do Castelo habituaram-nos a grande competência técnica no tratamento de blogs, fazendo os comentários ganhar um relevo que eu não encontro em qualquer outro. Por outro lado, o seu espírito de abertura verdadeiramente consequente vai permitir que ali se degladiem ideias de todos os quadrantes num clima sadio, sem insulto. É que, no fundo, sendo todos nós diferentes, politica e partidariamente, temos uma preocupação comum: o que havemos de fazer para melhorar isto? Esta constatação faz com que eu tenha grande confiança no Fred e no Pedro e, por isso, conforme as forças o permitirem, de quando em quando, vou postar no Política Oureense e abandono um projecto que já tinha falado com o Bin-Tex de criar algo com o mesmo objectivo. Manterei o Ourem naquela perspectiva para muitos saudosista, melancólica de respeito pelo passado, embora por lá possam passar outros temas (isto é uma coisa que aparece...)
Continuam entretanto as hilariantes trapalhadas de PSL. É o Pôncio que é convidado e não pode ser convidado. É o Cavaco e os amigos que não querem aparecer na fotografia. É a Margarida que recusa fazer parte das listas. É o Antunes, branqueador do Le Pen, que vai representar o PSD no Porto. Já tenho receio do tempo cinzento que virá depois das eleições. Quem nos poderá divertir tanto como este PSL que eu, apesar de tudo, penso que até não é má pessoa?
quarta-feira, janeiro 05, 2005
Por Sérgio Ribeiro
Gostaria de ter sido eu a ter dado a “novidade”. A quem ela pudesse interessar.
Na quinta-feira, 16 de Dezembro, depois da votação do meu relatório sobre a protecção dos recifes de coral nalgumas zonas do Atlântico (Açores, Canárias e Madeira), entreguei ao Presidente do Parlamento Europeu uma carta em que lhe dizia da minha intenção de renunciar ao mandato, e lhe pedia para desencadear o processo necessário para a substituição.
Quando no meu Partido – que sou eu… – me foi proposto que fosse o nº 2 da lista para as “eleições europeias”, comecei por recusar, e com veemência, por não ter condições pessoais para sair de Ourém, do Zambujal, e fazer com a disponibilidade exigida o que compete a um eleito para esse cargo.
Face a insistência e à argumentação da importância de ser eu o candidato, na sequência de dois mandatos anteriores, e de estar no lugar desde Fevereiro por efeito de uma substituição esporádica, só acabei por aceitar com a condição de, a ser eleito, tomar posse e cumprir o mandato mas apenas até ter a consciência de que não fora candidato para ganhar o lugar e não para fazer o trabalho para que poderia ter criado expectativas.
Desde que fui eleito, trabalhei no PE com toda a vontade e dedicação, e consegui, logo no início do mandato, um relatório significativo. Essa circunstância de certo modo abreviou o espaço de tempo que a minha consciência julgava necessário para justificar a minha eleição. Não fiz nada de espectacular mas trabalhei muito e consegui alguns resultados. Assim o possam afirmar todos os que lá estiverem até 2008…
E como a vida em Ourém, familiar e ligada a todas as actividades a que me fui dedicando desde 2000, cada vez me pressiona mais para em Ourém viver e trabalhar, senti que estavam reunidas as condições para sair do PE de cabeça erguida e sem de nada me acusar a consciência, Que é o meu primeiro e maior juiz!
Não foi fácil a tomada de decisão! Mas também o Partido – que sou eu… – não faltou ao compromisso que tomáramos e aceitou a minha decisão. E quem me vai substituir, uns 30 anos mais novo, tem todas as condições para completar o mandato sem que ele perca em quantidade e em qualidade de trabalho!
Aos oureenses, aos eventuais leitores do que venho escrevendo em blogs (em particular no Ourém.blog) e nos nossos jornais, gostaria de ter informado desta decisão em primeiro lugar. Mas a comunicação social é como se sabe e antecipou-se, o que também obrigou o CC do Partido a vir dar a informação nos termos correctos e impedindo especulações.
E, pronto. A concelhia do PCP, a livraria Som da Tinta (que não tem nada a ver com a primeira referida), o Centro de Contabilidade, os projectos de teatro, os papéis velhos por arrumar, os livros por escrever, uma ou outra aula ou conferência, as visitas ao Lar de Vilar dos Prazeres, os convívios com amigos de que tanto gosto, e sei lá que mais, tudo poderá contar com maior disponibilidade da minha parte. Tudo e todos!
Além de que os meus camaradas da frente de luta do Parlamento Europeu sabem que continuam a contar comigo para o que possa ser útil… desde que não tenha de fazer 2 a 4 viagens de avião por semana, de dormir mais em camas de hotéis vários (por Bruxelas, Estrasburgo e onde calha) que na minha, desde que não me afaste nada – ou nem para muito longe, nem por muito tempo – do Zambujal!
Sérgio Ribeiro
Buenos Aires, 18 de Dezembro de 2004
E só hoje, 4 de Janeiro de 2005, assinei, perante o Secretário-Geral do Parlamento Europeu, o pedido de renúncia ao mandato com efeito a partir de 12 de Janeiro.
Bruxelas, 4 de Janeiro de 2005
terça-feira, janeiro 04, 2005
Por 1bigonbalcao
A saúde no meu entender não é um negócio nem pode estar sujeita a modelos que a empurrem para tal. O S.N.S. que existe está classificado entre os dez melhores do mundo.
O cheque saúde como normalizador de um sistema público e privado funcionaria sempre como uma forma de estrangulamento do primeiro. Porquê?
- Os grupos bancários que controlam o sistema privado estão apenas interessados em sectores lucrativos que são aqueles a que normalmente acorrem maior número de "clientes", como por exemplo as ortopedias, oftalmologias, cirurgias, deixando para os públicos as oncologias, as medicinas, certos tipos de cirurgias cardíacas e outros serviços mais dispendiosos, nomeadamente os cuidados primários de saúde que ficariam sempre para o estado e onde o investimento está muito aquém do desejável. Tendo isto em conta a distribuição das unidades de saúde e das suas especialidades (caso se aprofunde a existência de dois sistemas) assentaria em análises económicas do seu "mercado" e não atenderia às necessidades e prioridades dos seus utentes. Posto isto chamava a atenção para o facto de Portugal, sendo um dos países mais pobres da Europa as necessidades da larga maioria da população serem bastante dispares das minorias mais abastadas (exemplo disso é o tipo de patologias de maior incidência quando comparado com os países ricos do norte da Europa).
O acesso aos privados estaria sempre dependente da capacidade financeira do indivíduo (a dívida da saúde é actualmente superior a dois mil e sessenta milhões de euros - há clientes à espera desde 2003!), não me pareçe portanto que houvesse assim condições para rápidas indeminizações dos gastos do utente.
No controlo dos bancos sobre os grupos de saúde privados deve ter-se em conta até onde vai este domínio, por exemplo o grupo Mello controla a A.N.F.(associação nacional de farmácias)com tudo o que daqui se pode depreender!
Durante a implantação do novo modelo de gestão hospitalar de tudo se viu um pouco, desde a decadência das condições de trabalho que resultam obviamente na diminuição da qualidade dos serviços, porque para gerar lucro os privados imediatamente apostaram numa lógica de exploração dos trabalhadores, que pretende destruir a contratação colectiva instalando uma enorme precaridade nos Hospitais S.A..
Acabo com uma história que se passou em Ourém. Em meados do ano passado, uma jovem sofreu no local de trabalho um amputação de um membro superior, passou pelo nosso (rídiculo) Centro de Saúde (um local onde se não for para receitar aspirinas não vale a pena ir, porque não possui os mínimos meio complementares de dignóstico), deste centro foi para Leiria, de Leiria foi para Coimbra (não tenho a certeza se voltou para Leiria, uma coisa é certa o braço é que não foi reimplantado no local).
A saúde é um direito inalienável. Veja-se como são as coisa nos E.U.A., ou veja-se as mazelas provocadas pelo plano Margaret Thatcher no Reino Unido, que de resto é em tudo idêntico ao modelo forçado no nosso país.
Para se corroborar convenientemente as afirmações aqui desenvolvidas pode sempre consultar-se o relatório do Observatório Nacional da Saúde.
segunda-feira, janeiro 03, 2005
Recebi há pouco o Notícias de Ourém e achei muito interessante a sua revista do ano de 2004. De lá, destaquei a seguinte passagem relativa a 20 de Fevereiro:
Os "putos do hóquei" voltaram a repetir a proeza e a sagrar-se campeões tendo ganho o Campeonato Distrital de Hóquei em Patins de iniciados.
Há dias, ao passar por uma acta da Assembleia Municipal ou da Câmara, não sei precisar, reparei que um certo número de treinadores das nossas equipas foi homenageado, mas o nome do treinador dos putos, que os conduz há quatro anos com os resultados conhecidos, nem referido foi.
Eis um verdadeiro exemplo de ingratidão que penso será muito útil a todos os pequenos oureenses que encontram no desporto uma dimensão importante da sua formação para a vida.
Por Zé Rito
Os "Estúdios Trine" deixaram de existir pelo facto de ter saido de Ourém, por motivos profissionais, aliado ao facto de, uma vez em Coimbra, ter vendido o aparelho. Quando me apercebi, anos depois, do que foi feito tentei outro aparelho que reproduzisse aquelas bobinas. Não só não consegui como se perdeu o rasto às bobinas. Uma catástrofe.
Sei que chegaram a estar na Assembleia da República para, através do material lá existente, conseguir-se a sua recuperação. Estou convencido que alguém se aproveitou da situação e ficou com o material aproveitando-o para fins comerciais. Mas é só uma ideia.
Não queria fechar "As minhas memórias" sem deixar de falar, ainda que superficialmente, em quatro pessoas que, algures em Ourém, marcaram, para mim, a década de 60.
1- O Néné, do qual já falei anteriormente, o qual foi mimoseado por crónicas que fazia no "Notícias de Ourém", sob o pseudónio de "Ego Cauny".
Uma das vezes, apelidei-o de "pintor privativo" da Câmara já que andava a pintar com fundo preto e a branco os números das portas das Ruas da Vila. Teve o azar de em determinada Rua colocar do lado direito e esquerdo o mesmo número. Levou, brincando, "castanhada".
2- O Tóná, o qual se hoje fosse vivo andava triste com o seu Ourém. Dedicou uma vida aos jardins e parques, conservando uns e criando outros. Tudo desapareceu ou está a desaparecer.
Veja-se a Praça Agostinho Albano de Almeida, vulgo "Praça dos Carros" em frente ao Central. Nada de nada.
Foi justamente homenageado. No Café Avenida, foi colocada, a propósito, uma fotografia de corpo inteiro com a medida exacta dos seus 2 metros de altura.
3- O Zico Pereira, Comandante dos Bombeiros. Faleceu abruptamente vítima de uma injecção de penincilina. Tinha ido arrancar três ou quatro dentes, numa manhã, a Tomar. O dentista deu-lhe penincilina para utilizar no caso de ter dores. A meio da tarde saiu do armazém, com o filho João, direito ao consultório do Dr. Nini. Teve morte imediata. A prova da sua grande reputação foi transmitida no seu funeral com a presença de um mar de gente. Bombeiros de Norte a Sul do País fizeram-se representar.
Os Bombeiros da então Vila Nova de Ourém ficaram a perder com o seu desaparecimento.
4- Por último, o Ezequiel, no seu "habitat" ou seja o Café Avenida.
a) - Num belo fim de tarde/noite no alpendre do quintal do "Zé Mineiro" apanhei a que foi a minha primeira bebedeira comendo frango de churrasco regado com o bom vinho da casa.
Levaram-me para o Avenida e enfiaram-me não sei quantos cafés sem açúcar entre outras coisas. A finalidade era ser entregue em casa no melhor estado possível. O resultado foi que inundei a mesa e o chão de tudo o que tinha enfiado. Não esquecendo o vinho e o frango. O desgraçado do Ezequiel é que teve que limpar e eu, naturalmente, no dia seguinte pedir-lhe desculpa.
b) - Na altura eram administrados diversos cursos de cristandade. Todos os homens que o desejassem poderiam frequentar estes cursos. E quando saiam tratavam-se com um "tu cá, tu lá", mesmo que antes o tratamento fosse por você ou mesmo por Sr. Doutor ou Sr. Engenheiro. Ficaram conhecidos pelo "Curso dos Tus". Em determinada altura estes cursos tornaram-se extensivos às Senhoras. Foi quando, numa tarde em que estávamos a jogar às Damas no nosso canto e o Conde exibia-se ao bilhar, que fazendo rodar a porta giratória da entrada do Café entrou esbaforido o Paisana. Deu com o Ezequiel e entusiasticamente afirmou alto e bom som: Ezequiel, meu amigo, a partir de agora a minha mulher também é "tua".
c) - Eventualmente nós, em outra altura, estávamos a jogar às Damas no nosso canto e o Conde a jogar ao bilhar. Uma senhora, que estava em Ourém de passagem, levantou-se, dirigiu-se ao Ezequiel e perguntou: "Tem urinol?" . O Ezequiel no seu alto profissionalismo, conhecendo o local solicitado por "casa de banho" ou, eventualmente, "retrete" respondeu não se intimidando "Minha Senhora, neste momento está esgotado. Muito provávelmente para a semana já temos."
Por mim, vou-me despedir não até para a semana mas ATÉ SEMPRE!
Rio Torto, 2005-01-02
José Manuel Rito
domingo, janeiro 02, 2005
A produção de serviços de saúde pode ser operada por unidades públicas (hospitais, centros de saúde, clínicas) ou privadas (hospitais, clínicas, consultórios) e será tendencialmente gratuita.
Os diferentes serviços deverão ser catalogados e sujeitos a uma análise em termos de processo de produção. A partir desta análise será determinado o seu custo com base no qual o Estado poderá estabelecer um preço de referência.
Os mesmos serviços deverão ser sujeitos a um processo de planeamento que deverá estimar as necessidades a satisfazer pelos estabelecimentos numa unidade territorial determinada.
É livre a concorrência entre unidades públicas e privadas. É livre a escolha pelo utente do estabelecimento que entende lhe poderá prestar os melhores cuidados de saúde. A fim de evitar abusos, não serão permitidas acumulações a nível profissional entre unidades públicas e privadas.
Nas unidades públicas, o utente paga o preço de referência e recebe-o do Estado descontado da taxa moderadora. Com o desenvolvimento dos sistemas de informação e comunicação, este procedimento pode ser praticamente instantâneo. A unidade pública terá assim este preço de referência como a base para o seu financiamento, devendo rever a sua alocação de recursos em função da evidência empírica.
Nas unidades privadas, o utente paga a totalidade do serviço e recebe do Estado o preço de referência descontado da taxa moderadora. Caso o Estado não consiga assegurar a prestação do mesmo serviço nas unidades públicas, receberá a totalidade do que pagou deduzido da taxa moderadora.
Mais uma vez deixamos as questões: onde é que falha este sistema? onde poderão surgir os abusos? será pior que o SNS que não funciona?