sexta-feira, abril 27, 2007

A contemplação da modelo



E depois de uma semana cheia de factos marcantes - o 25 de Abril, a inovação de Cavaco, os temores pela liberdade de Rangel, o passeio pelo túnel, a publicidade à nova clínica, o autocarro do Porto que não chegou à Luz, a abortada incursão à sede do PNR, a desconvocada e sempre antipática greve dos maquinistas, etc. etc. - aproveitemos para um merecido descanso que novas emoções se preparam para os próximos dias.

Deixo-vos com a arte de George Briata.

quinta-feira, abril 26, 2007

Ritual?

Parecia um Presidente incomodado.
Compreenda-se...
Não está em causa a sua aceitação dos valores democráticos, mas...
Antes do 25 de Abril já era um técnico prestigiado. Chegaria, com facilidade, a governador do Banco de Portugal. Ou subiria com toda a justiça na hierarquia do Ministério das Finanças...
Mesmo sem o 25 de Abril, poderia ser Ministro das Finanças.
Ascenderia, sem dúvida, a Primeiro Ministro.
Poderia governar mais quarenta anos. Fazer o que quisesse. Sem oposição, sem buzinão, sem contestação...
Talvez por isso só se lembrou dos jovens de sucesso, deixando de lado os que, por menor capacidade a algum nível, alimentam o exército de desempregados ou as empresas de mão de obra barata com contratos sem qualquer tipo de vínculo ou garantia e são uma permanente chaga social à vista que gostaria de ter.
É o que resulta quando o conceito se reduz à inclusão dos excelentes.

quarta-feira, abril 25, 2007

Marca #16: 25 de Abril

Aqui posto de comando...
O 25 de Abril foi um dos dias mais felizes da vida deste permanente descontente. Pelo que foi desejado e pela humilde participação a partir da EPAM.
Hoje, 33 anos depois, deixamos aqui uma marca que testemunha essa inapagável ligação, permitindo ainda o acesso a vinte posts que, sobre o tema, trouxemos em anos anteriores.
E, agora, toca a comemorar lá fora...

terça-feira, abril 24, 2007

Nota técnica sobre a árvore e a ave

A árvore onde a ave tem o seu ninho é uma palmeira com alguns anos cuja altura já atinge o de um segundo andar e está a escassos metros da habitação de onde a foto foi tomada.
Sendo em plena rua, o comportamento da câmara não tem sido impecável, pois sistematicamente os ramos da palmeira agridem janelas e telhados da habitação e a atitude dos serviços da autarquia é de enorme inércia e não resposta. Apesar de tudo, a árvore é limpa quase todos os anos e o seu aspecto é imponente.
A ave já é nossa velha conhecida. Neste momento, choca dois ovinhos que poderíamos observar se fosse divertir-se a esticar as asas, mas ela é uma notável protectora. Já viu a Pipoca e não quer abrir guarda...
Seria esta cena possível em Ourém? Do que conheço, penso que a ávore já estaria cortada, a ave estufada e os ovos escalfados para prazer de presidente...
Oferenda



Menina que não lês o meu poema,
Mas que tens a pureza que nele canto,
Vê na balança dos meus olhos quanto
Pesa a ternura humana que te dou:
Ponho nas tuas mãos ingénuas de criança
Toda a herança
Que da morte da vida me ficou

(Miguel Torga)
Coimbra, 24 de Abril de 1951

segunda-feira, abril 23, 2007

Promessas tontas

O desempenho de Marques Mendes nos últimos tempos está muito longe de brilhante: o seu aproveitamento oportunista do caso de engenharia académica da Independente deixou muito a desejar; o seu comentário à eventual aproximação de Pina Moura da TVI é disparate completo; ontem, em Espinho prometeu, num contexto de vitória eleitoral em 2009, uma aproximação ao rendimento médio da UE, a partir do racio actual de 70%, mais ou menos nos moldes seguintes:
Há que encontrar uma nova forma de governar para Portugal, temos que ser ambiciosos e colocar como meta do nosso futuro governo pôr o país a crescer pelo menos a três por cento ao ano e comprometermo-nos a que em 2013, no final da nossa legislatura, o nosso país tenha um rendimento de 80 por cento da média europeia.
A verdade é que umas simples contas demonstram que isto é impossível. Vejamos:
- se a UE crescer a 2% ao ano, seria preciso Portugal crescer à taxa de 5,47% para cumprir a promessa;
- se a UE crescer a 1% ao ano, essa taxa desceria para 4,43%;
- se a UE não crescesse, Portugal teria de atingir 3,4% ao ano bem superior à baliza de 3%.
Portanto, só num cenário de crescimento negativo da Europa, a promessa seria exequível.
O homem está tonto de todo.
Patinha de Pipoca para a posteridade



Olá.
Decidi reaparecer para vos falar da conjuntura. Não que esteja muito preocupada com o destino da Ségolène ou com o cartão que acompanhava a prova do engenheiro ou mesmo com a necessidade de mais flexibilidade no mercado de trabalho preconizada pelo barão do BP que, roto de mordomias, não acerta uma previsão...
Andam para aqui obras de deitar a casa abaixo com todos a viver cá dentro.
Eles não se queixam. Saem quando querem, vão dar uma volta e eu que fique aqui a controlar as operações.
Tiveram o desplante de colocar esta horrorosa manta de trapos (ainda por cima azul) debaixo das minhas delicadas patas.
Mas eu vou-lhes dizer...
Que coisa branca e bonita é aquela ali à frente?


Já está!
Pensavam que tinham o cimento cola a salvo mas já tratei de uma recordação para a posteridade.
Admirem, meus amigos. Patinha de Pipoca conservada em estrutura colante...
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