sábado, outubro 12, 2019

Bibliotecário do Papa


Quem é que de entre nós teria jeito para bibliotecário? Eu digo teria, pois, afastados que estamos da vida profissional, na nossa bela idade, ninguém nos concederia o job.
Eu decerto teria algumas qualidades para a função. Sou organizado, metódico, gosto de livros, mas teria um senão muito grande. É que havia o perigo de me perder na leitura e, ao fim de algum tempo, estar tudo fora do sítio.
Por outro lado, abuso da superficialidade. Passei dezenas de anos a ler livros com títulos como: «Introdução à Economia…», «Introdução à Estatística…». Ora, quem se fica pela introdução, nunca obtém o rendimento das ações em que se insere.
Por isso, nunca conseguiria desempenhar condignamente uma função como a que desempenha Tolentino Mendonça. Para além disso, há a questão do conhecimento da área e esta é uma daquelas em que sofro de total ignorância.
Mas aquela Vaticana…
… provoca algum respeito. Já repararam no magnífico ambiente que este espaço encerra? Porventura estará envolvido em música celestial?
Imaginem este ambiente transposto para a Biblioteca de Ourém. Sim, aquela mesmo em que andámos à procura do livro «O último moicano». Acho que nos perderíamos na contemplação das imagens, das luzes, das cores...

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