Aforismo é um gênero textual ou uma obra deste gênero caracterizado por sentenças breves que possuem uma definição de um preceito moral ou prático.
Quando deparei com esta obra de Tolentino Mendonça senti uma certa curiosidade por conhecer um pouco melhor o seu pensamento. Já tinha passado por alguns artigos com um caráter simpático e a recente nomeação como bibliotecário do Papa, em particular deste Papa mais progressista do que 90% dos políticos que reivindicam essa qualidade, aguçou a curiosidade.
O primeiro aspeto do livro foi-me simpático: letras grandes, ideias aparentemente bem formuladas, alguns pensamentos interessantes.
Depois, veio uma certa desilusão, não pela pessoa evidentemente, mas pelo meu desconhecimento destes temas e pelo facto de não ser muito permeável a questões de fé.
As frases pareciam-me desligadas apesar de associadas a um tema.
E de repente pequei e não resisti a fazer a provocação: abstraindo do conteúdo doutrinário, qual a diferença entre esta obra e as «Citações do presidente Mao Tsé Toung» que devorámos na década de 70? Também este documento é um conjunto de frases que pretendem ser a orientação para um determinado tema. Há, no entanto, uma diferença, a obra de Tolentino é organizada, escrita para ser assim, o outro texto é um conjunto de frases retiradas do contexto… O primeiro é difícil de ler, o segundo tem por objetivo cair no seio das massas para as orientar para a ação.
Ainda a propósito disto, lembrei-me de mais um documento com uma natureza semelhante: «As teses sobre Fuerbach» de Karl Marx e é curioso que a sua estrutura está mais perto de um conjunto de aforismos organizados para uma conclusão bem definida do que um conjunto de citações despidas de contexto. E no final destas, a formulação do preceito: «Até agora, os filósofos não fizeram mais do que interpretar o mundo, quando o que interessa é transformá-lo»…
Mas para o transformar há que promover um acordo significativo e não levar aos disparates cometidos até ao presente.
Quando deparei com esta obra de Tolentino Mendonça senti uma certa curiosidade por conhecer um pouco melhor o seu pensamento. Já tinha passado por alguns artigos com um caráter simpático e a recente nomeação como bibliotecário do Papa, em particular deste Papa mais progressista do que 90% dos políticos que reivindicam essa qualidade, aguçou a curiosidade.
O primeiro aspeto do livro foi-me simpático: letras grandes, ideias aparentemente bem formuladas, alguns pensamentos interessantes.
Depois, veio uma certa desilusão, não pela pessoa evidentemente, mas pelo meu desconhecimento destes temas e pelo facto de não ser muito permeável a questões de fé.
As frases pareciam-me desligadas apesar de associadas a um tema.
E de repente pequei e não resisti a fazer a provocação: abstraindo do conteúdo doutrinário, qual a diferença entre esta obra e as «Citações do presidente Mao Tsé Toung» que devorámos na década de 70? Também este documento é um conjunto de frases que pretendem ser a orientação para um determinado tema. Há, no entanto, uma diferença, a obra de Tolentino é organizada, escrita para ser assim, o outro texto é um conjunto de frases retiradas do contexto… O primeiro é difícil de ler, o segundo tem por objetivo cair no seio das massas para as orientar para a ação.
Ainda a propósito disto, lembrei-me de mais um documento com uma natureza semelhante: «As teses sobre Fuerbach» de Karl Marx e é curioso que a sua estrutura está mais perto de um conjunto de aforismos organizados para uma conclusão bem definida do que um conjunto de citações despidas de contexto. E no final destas, a formulação do preceito: «Até agora, os filósofos não fizeram mais do que interpretar o mundo, quando o que interessa é transformá-lo»…
Mas para o transformar há que promover um acordo significativo e não levar aos disparates cometidos até ao presente.
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