quarta-feira, outubro 09, 2019

A "Cruela" visita as festas de Peras Ruivas

Lá para 1967, eu e o Zé Quim fomos às festas de Peras Ruivas. Calor tórrido bem no início de Agosto.
Bebemos um palhete no Janeca e subimos aquela rampa que levava à quermesse. Lá, comprámos umas rifas em que não saiu nada.
Continuámos a nossa vigília. A animação começava. Os foguetes estoiravam por todos os lados. No meio da estrada assistia-se a um interessante jogo: um concorrente em cima de uma bicicleta tentava rebentar com um cântaro suspenso no ar. Se o partisse, ganhava. E o povo aplaudia enquanto o António Mafra cantava o Sete e Picos.
De repente, na minha mente fez-se um silêncio impressionante. Estremeci.
Vinda não sei de onde, aparece ela. Linda como sempre. Tal e qual a Silvie Vartan ou a France Gall. Mais bonita que elas...
Já a conhecia. “Olá! Então por aqui?”. “Sim, vim passar estes dias com uma amiga”.
E foi-se. Completamente indiferente à minha pessoa… ali abandonado, de coração partido...
Naquele momento, a festa acabou para mim. 
E era o ZéQuim:”Quem era? Quem era?”.
Claro que nem respondi, pregado que estava naquela aparição. "Cruela" mulher que tanto mal me fazia...

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