O Parlamento Europeu em 2000 caracteres (+ ou -) por semana
Por Sérgio Ribeiro
Neste espaço oureense, retomo um lugar que me foi facultado para prestar contas. E todos os espaços com essa finalidade nunca serão suficientes. Às vezes – sempre! –, o que falta é o tempo. Por isso, há que estabelecer prioridades. Esta é uma.
O meu relatório sobre a defesa dos recifes de coral nos “mares” dos Açores e da Madeira, por isso portugueses, segue o seu curso. Foi apresentado, foi bem recebido nas palavras todas que ditas foram, embora franzires de sobrolho e comentários em à parte confirmassem que alguns interesses foram atingidos. Aqueles que querem aproveitar a abertura entre as 100 e as 200 milhas para pescar industrialmente, com artes de arrastar e de emalhar no fundo, e assim ultrapassar a proibição que existia nesta parte da Zona Económica Exclusiva das Regiões Autónomas e, ao mesmo tempo, defendia a actividade de comunidades piscatórias. O período de proposta de alterações já passou sem que tivessem aparecido e espero a votação em comissão parlamentar no princípio de Novembro para, depois, ir ao plenário.
Vamos a ver. Trabalho giro e com efeitos práticos em áreas que me interessam. As da defesa do ambiente, de actividades económicas que são equilibradas, dos trabalhadores.
Entretanto, faço a mala para ir à plenária de Outubro em que vamos votar os comissários indigitados da equipa Durão Barroso.
Por vezes perguntam-me, ou ouço “bocas”, sobre o “meu novo chefe”, o presidente da Comissão da UE, o que foi 1º Ministro de Portugal. Nada mais errado. Nem ele ainda é presidente da tal Comissão, porque temos de aprovar (os deputados) a composição da sua equipa com nosso voto, nem por isso mesmo é nosso “chefe”. Pelo contrário.
E a coisa está tremida. Basta um dos 24 indigitados ser chumbado para todos o serem. E entre eles alguns já “chumbaram” nas “primárias”. Não por defenderem os interesses que defendem, embora alguns/mas tenham exagerado e tenham risco de “chumbo”, mas porque um deles se revelou de um reaccionarismo que já não se usa… A propósito da homossexualidade, das mães solteiras, da posição das mulheres na sociedade disse coisas inaceitáveis para quem já não vive na Idade Média.
A “direita” votará a favor, e são uns 300 deputados, os verdes, a “esquerda” consequente e os eurocépticos votarão contra, e são uns 120, e tudo depende dos socialistas/sociais-democratas e liberais, quase 300, que se disseram indignados com o que ouviram, que deixaram no ar que votariam contra mas que não se sabe o que irão fazer.
Se me permitem um prognóstico, Durão Barroso e “sus muchachos e muchachas” passarão por favor do “centro”, mas com nota muito baixa e ficarão mais dependentes do Parlamento, numa posição fragilizada.
Por Sérgio Ribeiro
Neste espaço oureense, retomo um lugar que me foi facultado para prestar contas. E todos os espaços com essa finalidade nunca serão suficientes. Às vezes – sempre! –, o que falta é o tempo. Por isso, há que estabelecer prioridades. Esta é uma.
O meu relatório sobre a defesa dos recifes de coral nos “mares” dos Açores e da Madeira, por isso portugueses, segue o seu curso. Foi apresentado, foi bem recebido nas palavras todas que ditas foram, embora franzires de sobrolho e comentários em à parte confirmassem que alguns interesses foram atingidos. Aqueles que querem aproveitar a abertura entre as 100 e as 200 milhas para pescar industrialmente, com artes de arrastar e de emalhar no fundo, e assim ultrapassar a proibição que existia nesta parte da Zona Económica Exclusiva das Regiões Autónomas e, ao mesmo tempo, defendia a actividade de comunidades piscatórias. O período de proposta de alterações já passou sem que tivessem aparecido e espero a votação em comissão parlamentar no princípio de Novembro para, depois, ir ao plenário.
Vamos a ver. Trabalho giro e com efeitos práticos em áreas que me interessam. As da defesa do ambiente, de actividades económicas que são equilibradas, dos trabalhadores.
Entretanto, faço a mala para ir à plenária de Outubro em que vamos votar os comissários indigitados da equipa Durão Barroso.
Por vezes perguntam-me, ou ouço “bocas”, sobre o “meu novo chefe”, o presidente da Comissão da UE, o que foi 1º Ministro de Portugal. Nada mais errado. Nem ele ainda é presidente da tal Comissão, porque temos de aprovar (os deputados) a composição da sua equipa com nosso voto, nem por isso mesmo é nosso “chefe”. Pelo contrário.
E a coisa está tremida. Basta um dos 24 indigitados ser chumbado para todos o serem. E entre eles alguns já “chumbaram” nas “primárias”. Não por defenderem os interesses que defendem, embora alguns/mas tenham exagerado e tenham risco de “chumbo”, mas porque um deles se revelou de um reaccionarismo que já não se usa… A propósito da homossexualidade, das mães solteiras, da posição das mulheres na sociedade disse coisas inaceitáveis para quem já não vive na Idade Média.
A “direita” votará a favor, e são uns 300 deputados, os verdes, a “esquerda” consequente e os eurocépticos votarão contra, e são uns 120, e tudo depende dos socialistas/sociais-democratas e liberais, quase 300, que se disseram indignados com o que ouviram, que deixaram no ar que votariam contra mas que não se sabe o que irão fazer.
Se me permitem um prognóstico, Durão Barroso e “sus muchachos e muchachas” passarão por favor do “centro”, mas com nota muito baixa e ficarão mais dependentes do Parlamento, numa posição fragilizada.
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