A vida dos amigos do Granada não era apenas estudar e brincar...
O Félix, o ciganito e o Mestre Graça encarregaram-se de nos virar a cabeça para outra realidade bem dura. A presença constante da polícia de choque na escola demonstrava que havia algo de estranho. E os livros que líamos diziam tanto e era tão fácil chegar-lhes!
Um dia, um amigo do Granada encarregou-se de me virar para a subversão. E, depois de um intensa sessão em que me apresentou uma edição clandestina do Capital, ofereceu-me este belo livro: «Poemas de Guerra». Dele, aqui fica um poema.
O Félix, o ciganito e o Mestre Graça encarregaram-se de nos virar a cabeça para outra realidade bem dura. A presença constante da polícia de choque na escola demonstrava que havia algo de estranho. E os livros que líamos diziam tanto e era tão fácil chegar-lhes!
Um dia, um amigo do Granada encarregou-se de me virar para a subversão. E, depois de um intensa sessão em que me apresentou uma edição clandestina do Capital, ofereceu-me este belo livro: «Poemas de Guerra». Dele, aqui fica um poema.
A MORTE DO SOLDADO
Sento-me na tua cama
vejo-te desmembrado
digo palavras mansas
tu começas a chorar.
Interiormente
as minhas lágrimas
voam em baionetas.
Mas digo palavras mansas
sorrio.
Passa-se uma hora
passa-se um homem.
Morres.
Nada dizes
choras os vinte
que nunca serão vinte e um.
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