Noite de fados em Ourém
É hoje, sexta-feira, 13.
Uma realização que procura dinamizar e trazer eventos culturais a Ourém.
Infelizmente, o sistema estatístico da Câmara está desactualizado.
Para ela só há duzentos oureenses. Ou, então, só duzentos oureenses são merecedores de tal manifestação.
Obviamente elitista, pelo preço e por todas as proibições que se estão a montar à volta.
Já vejo os coches a chegar. A aristocracia oureense aí vai para a praça Mouzinho de Albuquerque. Ricos senhores feudais podres de ricos e nada para fazer. Já chegou o barão, não tarda muito vem o alcaide e o conde de certeza também aparece. Alguma burguesia também tem direito, se possível alguns dos seus comprarão brasão e tudo. É preciso que não se misturem com a ralé, com essa gente que, se calhar, povoa o Central.
Para prestar as devidas homenagens com certeza não faltarão os distintos serviçais autárquicos. Engravados, vestidos a preceito, a garantir que tudo vai correr bem. E como é óbvio, no final, após as cantiguinhas, o caldo verde, o banquete chega a boa acção: a receita é para ajudar a AMI.
Não brinquem comigo. Com uma noite de fados para todos os oureenses a receita seria, sem dúvida, maior. O que ali acontece é um processo de selecção.
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