Desperdícios (6)
Outra situação engraçada tem a ver com a minha passagem pela área informática de uma escola superior.
Uma coisa que sempre notei foi que os órgãos de informática deste tipo são, em geral, pouco dotados em recursos. Aqui não havia mais do que dois analistas programadores que controlavam aplicações de gestão de alunos, recursos humanos, aprovisionamente, contabilidade, serviço docente, etc.
Em conversas com os técnicos descobri que, em horas de menor ocupação, um deles tinha desenvolvido em ambiente Windows (com aquelas caixinhas que abrem e fecham listas e a gente pode escolher) uma nova aplicação de recursos humanos. Mas que não a punha em produção por não haver receptividade do lado do utilizador que fazia as coisas mais ou menos à mão.
Tivemos a sorte de haver uma mudança e ao fim de algum tento implementou-se a aplicação que ficou um brinco. Era de tal maneira boa que chegou a ser implementada noutras escolas onde ainda corre.
Mas a má notícia estava para vir. Mudam os cabecilhas, vêm os mais finórios doutorados em universidades internacionais e lá vem o argumento do costume: "nós não queremos desenvolvimento interno". Assim, para não haver desenvolvimento interno e, apesar de o técnico ainda esperar alguns anos pela reforma, deitaram fora a aplicação e adquiriram uma outra, chamada Meta qualquer coisa (por dezenas de milhar de euros) que, de vez em quando, dá umas broncas jeitosas.
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