segunda-feira, setembro 19, 2005



Ourém precisa de mudança no poder autárquico - 40
Associativismo – o caso de Seiça


O Homem é um ser gregário. Desde sempre se associou para resolver as dificuldades que se foram deparando ao longo da sua existência. Pode afirmar-se que as fórmulas de hoje vêm do advento da Revolução Industrial e do incremento do Liberalismo.

Em Portugal por meados do séc. XIX Mutualismo, Cooperativismo, Associações de Classe, Cooperativas, Bombeiros, Bandas Filarmónicas e de Instrução e Recreio ilustram a importância do associativismo que, dadas as dificuldades existentes, era tal que: “Em 1856-1857, o que valeu aos portugueses para não serem dizimados pela febre amarela foram as 85 Mutualidades Autónomas de Assistência Social, que haviam de crescer para 586 até 1903.”, segundo Edgar Rodrigues, www.galeon.hispavista.com.

Daqui se infere que associação é um conjunto de pessoas que se juntam de forma duradoura e organizada para conseguirem em comum um determinado objectivo.

Hoje, que estamos na chamada “sociedade da informação e do conhecimento”, resultante do grande avanço tecnológico, mantém-se a necessidade de nos associarmos, dada a globalização a todos os níveis. Só existe uma restrição à livre associação: “associações que tenham por finalidade o derrubamento das instituições democráticas ou a apologia do ódio ou da violência.”

Na verdade, e apesar de Portugal ser um dos países da Europa com pior percentagem de associações e associados, temos verificado o aumento do número de associações. Também se tem verificado um maior leque de interesses e objectivos para a constituição de associações dos mais variados tipos.

Na freguesia de Seiça, pode afirmar-se que tem acompanhado a evolução do país. Antes de 25 de Abril de 74, um grupo de rapazes que pretendiam “jogar à bola” com regularidade, incentivados por António dos Santos Gaspar, criou um “grupo desportivo” e, no final de 1974, formou-se o Grupo Desportivo e Cultural de Seiça. Na área cultural, recreativa e desportiva constituíram-se, entretanto, outras associações: Centro Cultural e Recreativo de Peras Ruivas, Associação Recreativa e Cultural das Fontainhas. No que respeita a melhoramentos e desenvolvimento criou-se a ADIRE – Associação Dinamizadora Regional, na Lameirinha, e na assistência social o Centro Social da Paróquia. Em outras áreas também há associativismo: empresários na ACISO-Associação do Comércio, Indústria e Serviços do Concelho de Ourém; produtores na Adega Cooperativa de Ourém; defesa e conservação da natureza na Quercus – Núcleo de Ourém; protecção civil e socorro na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ourém, caçadores na respectiva associação; trabalhadores, nas várias associações sindicais, etc. Em casos muito concretos, como na construção da ETAR de Seiça, conjugaram-se esforços para se fazer ouvir a voz.

Haverá espaço para mais associações na freguesia de Seiça? A defesa e salvaguarda da Ribeira de Seiça (que pode ser um tesouro, desde que devidamente tratada) justifica ou não a conjugação de esforços dos seicenses, mormente os proprietários do território envolvente?, e os pinhais, e a imprescindível preservação e defesa deste importante património, justificam ou não associação de proprietários?

É o desafio que fica, tendo como lema “a união faz a força”…
Estamos cá para dar uma ajuda…

CDU-Ourém


Sérgio Ribeiro de volta à Assembleia Municipal
Luís Vieira no executivo camarário
Por uma vereação em que haja oposição!

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