terça-feira, março 07, 2006


O prospector do ouro

Para lá do cine-teatro, onde o Melo (o Fio de Azeite...) nos trazia as últimas novidades, o nosso contacto com o cinema materializava-se na noite de cinema da RTP e num delicioso programa de televisão denominado “Museu do Cinema”.

Será que os meus amigos ainda recordam o Vitor Guerra numa célebre imitação desse assumido adorador do Estado Novo:

- Então, mestre António Melo, diga lá boa-noite aos telespectadores portugueses.

E o mestre, muito acabrunhado, todo enfiado, não sabendo onde havia de se meter (como eu o compreendo de tão parecido que sou!) pronunciava:

- Boa noite...

E assim conhecemos muito do cinema mudo que, à época, já era património de acumulação bem passada.

Daí trago-vos uma recordação... (lembram-se?: Searchers) ... e como não vou passar o In serach of lost chord ou In search of lost Gods, trago-vos algo sobre a pesquisa de ouro, mais propriamente a “Quimera de Ouro”.

“A Quimera do Ouro” narra as aventuras de um vagabundo prospector de ouro (interpretado por Chaplin ) no Alasca que se apaixona pela bela Georgia ( Georgia Hale ), tentando conquistá-la com o seu charme. O seu
único amigo é o descomunal Big Jim McKay ( Mack Swain ), mas a relação entre ambos varia entre a mais simples alegria e as tendências homicidas, particularmente quando, num delírio causado pela fome, Big Jim alucina e julga que Chaplin se transformou numa galinha. Esta é uma das várias cenas antológicas do filme, que atravessaram gerações até aos mais novos. Outra das mais inesquecíveis sequências do filme acontece quando Chaplin, esfomeado, transforma as suas bota e atacador num almejado bife e esparguete, encetando uma refeição surreal. Mas talvez a mais popular de todas as cenas seja a “dança dos pãezinhos”, de tal forma que em algumas exibições da época os projeccionistas paravam a fita e repetiam a cena para gáudio dos espectadores.
Apesar da tristeza adjacente às sequências que se relacionam com a fome, o filme acaba bem: Chaplin encontra ouro, torna-se milionário e, no regresso à Califórnia, fica com Georgia. O papel de Georgia (a apaixonada do vagabundo) foi originalmente escrito para Lita Grey - mulher de Chaplin na altura, mas, devido à sua gravidez, acabou substituída por Georgia Hale.

In http://www.edusurfa.pt/area.asp?seccao=1&area=5&artigoid=9597

Eis algumas imagens inesquecíveis:







1 comentário:

Anónimo disse...

Lindo!!!!
Para onde tu nos levas,Luís... Bonitas imagens de sempre.
écse

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