Apesar do arrastado da hora, já que o levantar antes das seis obriga a um início de descanso mais cedo, ontem ainda assisti a boa parte do programa relativo a “Crise económica – como vamos resistir”.
Ficou claro que havia 4 – prós – 4 o modo de produção e 1, apenas 1, contra o mesmo. Assim as divergências entre Medina e Horta eram divergências secundárias, significando, “como sair da crise deixando tudo na mesma?” e o mesmo se pode dizer de Nogueira Leite que via a solução numa injecção de dinheiro na Economia, já não falando em Teodora que, apesar de reconhecer a monumental pressão sobre os produtos energéticos operada pelas economias em expansão, entendeu “não haver motivos para alarme”.
O dedo, o dedo na ferida, foi posto obviamente pelo nosso SR. Lá ouviram eles verdades que se dizem quase há dois séculos e que os levaram a sorrir, não sei se a escarnecer, mas a verdade é que do seu lado não pareceu surgir qualquer perspectiva que permita esperar que o MPC (modo de produção capitalista) consiga ultrapassar esta crise sem feridas sensíveis em algumas economias.
O Sérgio chamou a atenção para a baixa tendencial da taxa de lucro, para a pauperização progressiva dos trabalhadores, para as relações sociais em que se inserem os processos produtivos, para a "financeirização" da economia mesclada em progressiva especulação pronta a arruinar os produtores. Será possível sair disto sem modificar as relações sociais? Bastará cultivar os 90% de terras agrícolas em Moçambique que não estão a ser utilizadas? Bastará usar menos o transporte individual?
Há dias, no Eixo do Mal, o Daniel Oliveira chamava a atenção para a inutilidade do modelo de desenvolvimento cavaquista baseado na construção de infraestruturas rodoviárias, possivelmente condenadas à não utilização e isto mostra que quem tem governado o país, mesmo numa perspectiva de manutenção do modo de produção, até tem ajudado a afundá-lo mais.
Enfim, o debate foi muito interessante, até porque, no mesmo, o Sérgio lembrou que esta semana houve notícias de que Portugal é um dos países com maiores desigualdades sociais a nível europeu e que os socráticos paliativos não servirão para nada a não ser para preparar o terreno para ganhar as próximas eleições...
Ficou claro que havia 4 – prós – 4 o modo de produção e 1, apenas 1, contra o mesmo. Assim as divergências entre Medina e Horta eram divergências secundárias, significando, “como sair da crise deixando tudo na mesma?” e o mesmo se pode dizer de Nogueira Leite que via a solução numa injecção de dinheiro na Economia, já não falando em Teodora que, apesar de reconhecer a monumental pressão sobre os produtos energéticos operada pelas economias em expansão, entendeu “não haver motivos para alarme”.
O dedo, o dedo na ferida, foi posto obviamente pelo nosso SR. Lá ouviram eles verdades que se dizem quase há dois séculos e que os levaram a sorrir, não sei se a escarnecer, mas a verdade é que do seu lado não pareceu surgir qualquer perspectiva que permita esperar que o MPC (modo de produção capitalista) consiga ultrapassar esta crise sem feridas sensíveis em algumas economias.
O Sérgio chamou a atenção para a baixa tendencial da taxa de lucro, para a pauperização progressiva dos trabalhadores, para as relações sociais em que se inserem os processos produtivos, para a "financeirização" da economia mesclada em progressiva especulação pronta a arruinar os produtores. Será possível sair disto sem modificar as relações sociais? Bastará cultivar os 90% de terras agrícolas em Moçambique que não estão a ser utilizadas? Bastará usar menos o transporte individual?
Há dias, no Eixo do Mal, o Daniel Oliveira chamava a atenção para a inutilidade do modelo de desenvolvimento cavaquista baseado na construção de infraestruturas rodoviárias, possivelmente condenadas à não utilização e isto mostra que quem tem governado o país, mesmo numa perspectiva de manutenção do modo de produção, até tem ajudado a afundá-lo mais.
Enfim, o debate foi muito interessante, até porque, no mesmo, o Sérgio lembrou que esta semana houve notícias de que Portugal é um dos países com maiores desigualdades sociais a nível europeu e que os socráticos paliativos não servirão para nada a não ser para preparar o terreno para ganhar as próximas eleições...
1 comentário:
Boa Luís!
Agrada ver, de quando em quando, uma tirada destas...
écse
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