Já regressei de Ourém e estou em casa esperando ansiosamente a hora de votar. Nunca faltei a uma eleição, mas houve uma ou duas vezes que pus em prática aquele famoso slogan dos divertidos MRPP:
«Anula o teu voto com uma inscrição revolucionária».
Como sempre, chego a este dia e não sei em quem hei de votar. De um lado, concordo com os fundamentos e a ideologia, mas detesto as concretizações. Do outro, admiro a eficácia, mas odeio a arrogância e a apropriação privada de um excedente que é social.
Mesmo assim, lá irei e habituado que estou a percentagens abaixo de 1%, não estou muito preocupado com a solução que aí virá. Claro que quero a solução de um lado, de um determinado lado. Como há muitos anos…
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É chato hoje falar nisto, coitado do senhor, até simpatizava com ele e com o seu sobretudo verde, mas uma das eleições que me deu mais gozo foi aquela em que se defrontaram Soares e Freitas.
Pelas dezanove horas, Freitas entra na sede de candidatura, todo inchado, certo de que ia ganhar e, de repente, a surpresa e a vitória de Soares…
Foi a única vez que venci umas eleições. Lindo! Nem senti o sapo passar…
Claro que agora ganhar ou perder é quase o mesmo: este país, tal como a UE, parece não ir a lado algum…
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