terça-feira, junho 29, 2004

As instruções do ser da luz
Abri o envelope que me tinha sido entregue e destaquei uma folha com instruções para a acção.
Não são segredo. Descansem, não vão ficar dezenas de anos à espera para as conhecer a todas.
Afinal, era algo simples, possível de fazer. Vejamos:

“Luís pretendo que convides alguns distintos oureenses para colaborarem no Ourém blog.

O deputado no PE pode muito bem semanalmente criar um texto sobre o que é tão importante local e o que se pode esperar do mesmo para Ourém e para o país. Pode, também, a exemplo do que fez para o Joaquim Espada, dar-nos a conhecer outras figuras de Ourém. Todos sabemos que ele está muito ocupado, mas um ou dois posts semanais com quatro ou cinco parágrafos não custam nada.

O professor na Suíça tem um jeitão para histórias como tu já viste na versão que ele elaborou relativa ao “O tiro saiu pela culatra”. Ele que traga mais histórias. Ele que fale sobre a sua esperiência de ensino naquele país que parece tão europeu e, ao mesmo tempo, de costas viradas para a Europa.

Não deves esquecer o Zé Rito. Os estúdios Trini foram famosos no final da década de sessenta, ele tem que deixar aqui a história dos mesmos. Quero lá saber que não tenhas um mail ou um telefone, alguém que lhe faça chegar a mensagem. Alguém que diga à Teresa, a Teresa que o avise... Ele também era competentíssimo a relatar jogos de futebol, será que não nos poderá surpreender com alguma coisa nessa área?

E o Zé Domingos? É o melhor contador de histórias de Ourém. Conhece as histórias todas, ele que as ouviu ali naquele cantinho onde se celebrava o palhete, ele que acompanhou o Néné em tantas e tantas borgas. Sei que é um grande preguiçoso, mas deve esse sacrifício a Ourém.

Tens que esclarecer com o Julito este estranho silêncio que parece uma barreira intransponível para ti e para o blog. Fala com ele, sem ninguém saber. Ainda me parece que o estou a ver, magnífico, naquela transmissão televisiva após a desgraça dos incêndios: “Bombeiros de Portugal...!”. E nunca te esqueças do pacto entre distintos oureenses: onde quer que um se candidate, quer se situe à direita quer à esquerda, deverá ter o teu apoio. Aquele atributo é a tua melhor garantia.

E o Alfredo? Será que não tem nada para nos dizer? Abre isto, Luís, abre isto, para isso precisas do mail dele...

E que espero eu de ti, meu caro?
Para já, vais reorganizar o teu trabalho anterior. Vais criar uma crónica dos distintos oureenses com os posts que já elaboraste, quem sabe se um dia não poderão passar a livro e ser um testemunho mais directamente aceite sobre essa Ourém que tiveste. E, se outros trouxerem histórias, um segundo e um terceiro livro podem ser publicados. Vais criar um guia para a leitura dos posts sobre as europeias. Vais organizar uma coluna sobre um oureense na área do poder, onde descreves esses contactos que tens a tão alto nível.
Se estás ocupado e tens dificuldade em ir a Ourém, é contigo. Mas, como vês, se eles não recusarem, não é razão para desistires.
E, agora, volta para o teu posto. Vamos, fala sobre o que é importante para o teu país e para a tua terra. Proclama a unidade que sempre tens defendido. E nunca te esqueças: não tens qualquer obrigação de pôr aqui um post todos os dias, isso até tem o perigo de afastar alguma coisa importante que tenhas dito.”

Respirei aliviado.
Afinal, parece que posso passar a dormir melhor todas as noites e manter o blog. Se não houver nada para dizer, nada se dirá...
E, agora, mãos à obra!

Sem comentários:

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