domingo, janeiro 09, 2005

Nomeações terminadas, podem começar com as promessas

Os sistemas fechados são assim. Impedem que os interesses gerais da população se possam exprimir. Perseguem os que têm veleidades individuais e procuram distinguir-se. Servem para proteger castas e monopólios. Recusam a competição.

O sistema eleitoral português é exactamente isso. Os independentes não podem concorrer. Cerca de oito milhões de portugueses não têm o direito de se candidatarem e de serem eleitos. O nome, a experiência e a responsabilidade dos candidatos são absolutamente indiferentes, apenas interessam a lista colectiva e o chefe do partido.

As bases dos partidos não escolhem nada, nem ninguém, sendo os futuros deputados seleccionados pelos chefes, seus acólitos e alguns senhores do aparelho. O eleitorado não escolhe entre candidatos, escolhe um partido. Os nomeados e os eleitos podem ser substituídos em qualquer altura, naquela que é uma das maiores perversões do sistema político português.
(extracto da crónica de Barreto de hoje no Público)

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