sexta-feira, março 17, 2006

Aqueles Verões quase intermináveis

Nazaré...
Terra de mil encontros e outras tantas estórias que hoje não podem ser reveladas.
Aquela esplanada onde a vi quando ela chegou e eu me sentia rejeitado.
Aqueles passeios de mão dada sob olhares curiosos de familiares que se murmuravam: "será que se passa alguma coisa?".
As dores de cotovelo que no dia seguinte levavam distintos a insistente perseguição já que o vilão cometera o atrevimento de se aproximar da dita...
As canções dos Beatles na máquina de discos de braço mecânico lá para o pé do porto.
Os Stones a berrarem que nem uns desalmados nos altifalantes perto das esplanadas.
O fabuloso pão quente à meia noite servido directamente na padaria.
O elevador na lenta ascenção sempre em constante ameaça de se despenhar.
O Fio de Azeite a convidar-me para jantar quando via que as massas não abundavam para este lado.
Os roncos de uma alimária que dormia no quarto ao lado.
A sensação de escaldão numa noite tórrida ouvindo o ruído sistemático do WC público.
A imagem do salva-vidas um dia a ser levado para o mar e a balançar para todo o lado.
O banho das saloias completamente vestidas de negro, saia arregaçada e posteriormente encharcadas.
A pernoita dentro das barracas e na esplanada.
O João das caldeiradas.
Parece que a vida se esgota no Verão...

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