quarta-feira, novembro 15, 2006

Terror nos moinhos de vento

Este é uma imagem do local até onde Branca Flor seguiu os seus amigos sem eles se aperceberem e os aterrorizou imitando o uivar dos lobos do Vale Travesso, atirando pequenas pedras sobre a cobertura e pondo a vela do moinho em movimento.
De repente... um enorme clarão iluminou toda a Ourém num raio de mais de 2 quilómentros a contar do ponto central ali no moinho. Ao mesmo tempo, produziu-se uma formidável explosão. Branca Flor desatou a fugir e escapou sem nada lhe acontecer. Dentro do moinho, nem todos foram tão felizes na tentativa de fuga*.
Em poucos segundos, desceram a encosta ingreme, passaram junto ao chafariz e pararam no largo onde se inicia a rua de Castela. Alguns estavam chamuscados, um tremia e não dava sinais de se conseguir recompor.
- Devia ser algum fantasma que não gostou que ali estivessemos.
Nos dias que se seguiram, tudo isto foi muito comentado em Ourém e Branca Flor gozava interiormente com o grande susto que lhes tinha pregado. Gostava de ouvir aquelas conversas em que as pessoas pensavam que uma alma do outro mundo tinha ido incomodar os rapazes que estavam no moinho, isso fazia-a sentir importante, era como se estivesse a observar o mundo e as suas crenças, com plena explicação do real, sem mais ninguém a conseguir ver. Ao mesmo tempo, estava contente por não lhes ter acontecido nada de mal. Essa não fora a sua intenção, ela só pretendia divertir-se.

* - pormenores no desenvolvimento da obra "A história triste de Branca Flor" a editar para o XXII almoço convívio do Poço

2 comentários:

Unknown disse...

Fantástico!

Estou mesmo a gostar da história.

(Cá oara mim a Som da Tinta ainda tem que estudar a edição da obra!)

Sérgio Ribeiro disse...

É evidente que está a estudar!
Mas o nosso autor é muito de... edições de autor.
Vamos negociar.
Fiquei muito contente com a lembrança, Santa Cita.

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