Marca #10: Colégio Fernão Lopes
Houve um momento em que um oureense contestou a ligação que nutríamos à escola que nos acompanhou uma série de anos com um argumento do tipo: “Não valia nada. O que nos ensinava tinha, no fundo, o intuito de nos explorar, de ficar com o pouco dinheiro que os nossos pais ganhavam”.
É terrível esta lógica que leva a não reconhecer valor àqueles que prestam uma actividade remunerada que é útil a outros. Como se isso não se passasse em todos os ramos de actividade económica.
Ao mesmo tempo, tal argumento não deixa ver que, na época, o CFL era a hipótese única de se avançar nos estudos e fazer o primeiro ano, o segundo,... sem ser explorado por um produtor de serviços de habitação em Leiria ou noutro local mais afastado, permitindo-nos estar junto à família numa idade em que isso era importante.
E quanto a professores, eu desafio que me apontem escolas onde, globalmente, fossem melhores, isto para não citar casos individuais como o da Dra. Nazaré, do Dr. Laranjeira ou do próprio Dr. Armando quando não estava com os azeites e nos conseguia fazer ver História apenas com as suas palavras...
Talvez seja, no entanto, esse argumento que, banalizando a importância que aquele local teve para a nossa geração, permita a sua lenta mas constante degradação, sem uma acção para a sua recuperação, transformando-o numa espécie de “Colégio de triste destino”.
Houve um momento em que um oureense contestou a ligação que nutríamos à escola que nos acompanhou uma série de anos com um argumento do tipo: “Não valia nada. O que nos ensinava tinha, no fundo, o intuito de nos explorar, de ficar com o pouco dinheiro que os nossos pais ganhavam”.
É terrível esta lógica que leva a não reconhecer valor àqueles que prestam uma actividade remunerada que é útil a outros. Como se isso não se passasse em todos os ramos de actividade económica.
Ao mesmo tempo, tal argumento não deixa ver que, na época, o CFL era a hipótese única de se avançar nos estudos e fazer o primeiro ano, o segundo,... sem ser explorado por um produtor de serviços de habitação em Leiria ou noutro local mais afastado, permitindo-nos estar junto à família numa idade em que isso era importante.
E quanto a professores, eu desafio que me apontem escolas onde, globalmente, fossem melhores, isto para não citar casos individuais como o da Dra. Nazaré, do Dr. Laranjeira ou do próprio Dr. Armando quando não estava com os azeites e nos conseguia fazer ver História apenas com as suas palavras...
Talvez seja, no entanto, esse argumento que, banalizando a importância que aquele local teve para a nossa geração, permita a sua lenta mas constante degradação, sem uma acção para a sua recuperação, transformando-o numa espécie de “Colégio de triste destino”.
1 comentário:
Não sei se o Dr. Armando fez fortuna ou não com o Colégio Fernão Lopes.Nem isso me importa.Frequentei o Colégio desde a admissão até ao antigo 5º ano. Sei que a mensalidade era cara; chegou a ser bem acima de 1 terço do ordenenado do meu pai (há 40 e tal anos não era fácil). Mas a minha vida teria sido muito diferente se o CFL não existisse e, provavelmente, não teria sido melhor do que foi. Para com os meus pais, primeiro e acima de tudo, e para com o Dr.Armando também, tenho uma dívida de gratidão que me leva a dizer: Obrigado!Valeu a pena ter havido o Fernão Lopes!
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