Depois de sair do Avenida, triste por não encontrar os amigos, o João voltou à cabana da Deolinda.
- Então o meu gatinho já voltou? Não encontrou os seus amigos?
- Penso que eles suspeitam que eu fiz uma partida ao Estorietas e estão a pôr-me de lado.
- Olha, há sempre um momento em que temos de optar. Se te puserem de lado, é porque não te merecem…
- Mas o Estorietas era meu amigo, a sério. Sempre o considerei um indivíduo ponderado, amistoso…
- Meu querido, estás no mesmo barco que eu. Aquilo que já lhe fizeste com certeza não tem perdão. Mas vem, vem aos meus braços, eu consolo-te…
O João deixou-se envolver no quente abraço da rapariga. Mas não lhe correspondia o que começou a irritá-la.
De repente, ouviu-se uma travagem no exterior e, pouco depois, uns passos aproximavam-se da cabana.
- Deolinda, Deolinda…
- Eles, outra vez… - murmurou o João.
Efetivamente, eram os familiares da rapariga que chegavam com um significativo ar de aflição. A rapariga ficou apreensiva.
- Que se passa?
- Deolinda, temos de devolver imediatamente o busto. Parece que contém um dispositivo que, se rebentar, pode libertar um gás tóxico e destruir a cabana…
- Não acredito, isso é uma brincadeira…
- E como ter a certeza? Vamos é libertar-nos dessa porcaria. Diz ao teu namoradinho para pegar nele e o trazer. Nós levamo-lo a Ourém e vai ser ele quem deixará o diabo do busto à porta do Bernardino.
O João apressou-se a obedecer. Ocupou lugar na parte de trás do carro ao lado da rapariga e partiram todos para Ourém, chegando pouco depois junto do ringue de patinagem da Juventude onde estacionaram.
Só o João saiu do carro para deixar o busto. Entrou pela pequena vereda que conduzia ao portão de entrada no campo, ali mesmo ao lado da farmácia Verdasca, e, pouco depois, deixou o busto voltando a correr para o carro, sem notar que era seguido por muitos olhos.
Ainda vinha a correr quando alguém gritou:
- Pare! Pare imediatamente!
Mas não obedeceu. Atirou-se para dentro do carro que arrancou logo de seguida. Ninguém os apanhou, mas, a partir daquele momento, o João era um «homem mau».
- Então o meu gatinho já voltou? Não encontrou os seus amigos?
- Penso que eles suspeitam que eu fiz uma partida ao Estorietas e estão a pôr-me de lado.
- Olha, há sempre um momento em que temos de optar. Se te puserem de lado, é porque não te merecem…
- Mas o Estorietas era meu amigo, a sério. Sempre o considerei um indivíduo ponderado, amistoso…
- Meu querido, estás no mesmo barco que eu. Aquilo que já lhe fizeste com certeza não tem perdão. Mas vem, vem aos meus braços, eu consolo-te…
O João deixou-se envolver no quente abraço da rapariga. Mas não lhe correspondia o que começou a irritá-la.
De repente, ouviu-se uma travagem no exterior e, pouco depois, uns passos aproximavam-se da cabana.
- Deolinda, Deolinda…
- Eles, outra vez… - murmurou o João.
Efetivamente, eram os familiares da rapariga que chegavam com um significativo ar de aflição. A rapariga ficou apreensiva.
- Que se passa?
- Deolinda, temos de devolver imediatamente o busto. Parece que contém um dispositivo que, se rebentar, pode libertar um gás tóxico e destruir a cabana…
- Não acredito, isso é uma brincadeira…
- E como ter a certeza? Vamos é libertar-nos dessa porcaria. Diz ao teu namoradinho para pegar nele e o trazer. Nós levamo-lo a Ourém e vai ser ele quem deixará o diabo do busto à porta do Bernardino.
O João apressou-se a obedecer. Ocupou lugar na parte de trás do carro ao lado da rapariga e partiram todos para Ourém, chegando pouco depois junto do ringue de patinagem da Juventude onde estacionaram.
Só o João saiu do carro para deixar o busto. Entrou pela pequena vereda que conduzia ao portão de entrada no campo, ali mesmo ao lado da farmácia Verdasca, e, pouco depois, deixou o busto voltando a correr para o carro, sem notar que era seguido por muitos olhos.
Ainda vinha a correr quando alguém gritou:
- Pare! Pare imediatamente!
Mas não obedeceu. Atirou-se para dentro do carro que arrancou logo de seguida. Ninguém os apanhou, mas, a partir daquele momento, o João era um «homem mau».
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