Desperdícios (9)
Da responsabilidade da Compta
Não estava para voltar a este assunto, mas um comentário de Sandrina Pereira obriga-me, quanto mais não seja por uma questão de educação, a retomá-lo.
Eu também não imputei (que provas tinha?) culpas à Compta, mas há dados novos...
Ao que parece as listas elaboradas pela empresa que conseguiu a solução foram-no a partir das bases de dados criadas pela Compta e alimentadas pelos dados introduzidos pelos trabalhadores do ME. A empresa limitou-se a fazer o programa que percorria essa base de dados, consultava as regras do negócio e alocava o professor ao lugar disponível.
Isto significa que havia já qualquer coisa de positivo feito para trás e que o que falhou foi a pequena peça final, aquela que legitima o processo todo.
Penso que não cometerei um grande erro se disser que os programas que actualizaram a base de dados, elaborados pela Compta, e em bom estado, eram programas de natureza interactiva do tipo insere um registo, actualiza um registo, lê, comunica com o utilizador..., enquanto o programa que falhou e que a ATX refez era um programa de tempo diferido, lê um registo da base de dados, vê as condições, faz a alocação, actualiza a base de dados e repete o processo para todos os registos. Os primeiros são relativamente fáceis de elaborar, há casos em que são automaticamente gerados por software específico, os segundos exigem algo mais.
Isto é, a Compta teve competência pata programas interactivos de actualização de bases de dados, mas não a teve para programas de tempo diferido (os chamados batch).
Penso que isto é muito comum, pois a vocação para exploração do batch é cada vez menor. Vi alguns casos destes quando era técnico de informática e a explicação era vulgarmente esta: inexperiência. Por outras palavras, o ME não soube rodear-se dos melhores recursos disponíveis no mercado, mas teve com certeza garantias da Compta de que era capaz de fazer qualquer programa. Esta a culpa da empresa...
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