O homem já diz que levou um murro no estômago.
Por muito que, como patriotas, nos custe, faz-lhe bem: não eram ele e o seu mentor de Belém tão autoconfiantes nas suas capacidades que iludiram a existência da crise internacional e apoiaram discursos de tomada de posse do tipo "derruba governos"?
Está claro que o nosso país não ultrapassará a crise mantendo-se no actual contexto. O benefício da dúvida extinguiu-se, mas o prejuízo da dívida mantem-se. Também já desconfio que uma reestruturação não será suficiente: é a diferença estrutural entre economias participantes no euro que dita alguns dos males que sofremos; mesmo que eliminemos a dívida, a breve trecho, permanecendo tudo como está, voltaremos ao mesmo. Na ausência de uma verdadeira solidariedade e integração a nível europeu, o caminho é preparar conscientemente a saída do euro...
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