Inês Armand nasceu em Paris, em 1879, filha de pais artistas.
Cresceu a falar francês e inglês, a língua materna de sua mãe. Após a morte do
pai, aos cinco anos, mudou-se para a Rússia onde foi educada por uma avó e uma
tia, ambas professoras.
Aos 14 anos já falava quatro línguas, russo, inglês, francês
e alemão, e era uma excelente pianista. Tornou-se uma mulher atraente e
apaixonante, uma importante figura do movimento comunista pré-revolucionário e
ativista na luta pela defesa dos direitos das mulheres e da sua emancipação.
Casou aos 19 anos com o seu primeiro marido. De dois
relacionamentos teve cinco filhos mas largou tudo para se dedicar de corpo e
alma à Revolução Russa e às causas feministas. Regressou a Paris, em 1908, onde
conhece Lenine. Apaixonam-se e mantêm uma relação longa que só se veio a
conhecer depois da divulgação parcial dos arquivos soviéticos ocorrida na
década de 1990.
Inês era uma das mulheres mais cultas do seu tempo, talento
que Lenine muito valorizava. Confiou nela mais do que em qualquer outra pessoa
do seu círculo tendo sido o seu braço direito. Apesar de alguns aspetos da vida
de Inês permanecerem ainda hoje obscuros, este livro apresenta-se como uma
importante contribuição para a compreensão deste capítulo da história russa e
da vida desta mulher fascinante.
Inês Armand morreu de cólera, em 1920, aos 46 anos. O seu
corpo foi sepultado na Necrópole do Muro do Kremlin, na Praça Vermelha, em
Moscovo, tendo sido a primeira mulher a receber essa honra.
4 comentários:
Claro que vou aparecendo no Ourém, Luís Manuel.
Aprendo umas coisas, recordo outras e ainda me divirto...
Maria Graciete, o teu nome ficou indissoluvelmente ligado ao post sobre uma revolucionária. E agora?
Ulyanov
Ah, Ah, Ah !!!
Bem que gostaria de o ter sido… será que ainda vou a tempo???
Tarde… muito tarde…
A História agora tem de ser feita pelos jovens. Tivemos uma oportunidade com o 25A e depois divertimo-nos a estragar tudo.
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