O Natal está à porta, por todo o lado se anunciam espectáculos que mobilizam as crianças. Nas empresas que ainda resistem procura-se reforçar a coesão entre as pessoas. O momento é marcado por apelos à paz, à bondade, por vezes, pela pedinchice suportada nas mais nobres causas...
Na televisão, surgem espectáculos de circos consagrados e outros fazem excelente negócio nas cidades mais importantes do país.
Noutro tempo, não era vulgar o circo chegar a Ourém pelo Natal. Era mais típico da Feira Nova. A verdade é que nunca consegui deixar de recordar aquela fabulosa cena do Vasquito e do Anhuka que acontecia sempre depois de tanto se fazer esperar enquanto a menina se exibia no trapézio ou aquela dama mais nutrida, deitada, com as pernas no ar fazia rodar objectos com as mais diversas formas.
Entrava o palhaço rico (Vasquito) e começava a dar música aos oureenses. Vestia roupa de seda (?) com lantejoulas, um barrete, pó de arroz na cara. Era irreconhecível. Os oureenses escutavam embevecidos...
De repente, era interrompido pelo palhaço pobre (Anhuka). Andrajoso, bola vermelha no nariz, calça arregaçada, pelos espetados nas pernas.
Trazia consigo um balde com água, uma cana, ostentando na ponta uma linha, um anzol e uma minhoca. Chegava, poisava o balde e enfiava lá a extremidade do seu instrumento de pesca improvisado.
Os oureenses riam, o rico tudo contemplava desconfiado. E resolveu saber do que se tratava:
- Tu estás a pescar?
- Não.
- Não estás a pescar!!!??...
- Não.
- Mas isso é uma cana...
- É.
- E isso é uma linha...
- É.
- E isto é um anzol...
- É.
- Então, se tu tens uma cana, uma linha e um anzol, estás a pescar...
- Não.
- Então o que estás a fazer?
- Estou a dar banho à minhoca...
Na televisão, surgem espectáculos de circos consagrados e outros fazem excelente negócio nas cidades mais importantes do país.
Noutro tempo, não era vulgar o circo chegar a Ourém pelo Natal. Era mais típico da Feira Nova. A verdade é que nunca consegui deixar de recordar aquela fabulosa cena do Vasquito e do Anhuka que acontecia sempre depois de tanto se fazer esperar enquanto a menina se exibia no trapézio ou aquela dama mais nutrida, deitada, com as pernas no ar fazia rodar objectos com as mais diversas formas.
Entrava o palhaço rico (Vasquito) e começava a dar música aos oureenses. Vestia roupa de seda (?) com lantejoulas, um barrete, pó de arroz na cara. Era irreconhecível. Os oureenses escutavam embevecidos...
De repente, era interrompido pelo palhaço pobre (Anhuka). Andrajoso, bola vermelha no nariz, calça arregaçada, pelos espetados nas pernas.
Trazia consigo um balde com água, uma cana, ostentando na ponta uma linha, um anzol e uma minhoca. Chegava, poisava o balde e enfiava lá a extremidade do seu instrumento de pesca improvisado.
Os oureenses riam, o rico tudo contemplava desconfiado. E resolveu saber do que se tratava:
- Tu estás a pescar?
- Não.
- Não estás a pescar!!!??...
- Não.
- Mas isso é uma cana...
- É.
- E isso é uma linha...
- É.
- E isto é um anzol...
- É.
- Então, se tu tens uma cana, uma linha e um anzol, estás a pescar...
- Não.
- Então o que estás a fazer?
- Estou a dar banho à minhoca...
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