Junto ao café Avenida, a confusão era enorme. Um cordão policial tinha sido implantado e ninguém podia entrar no café. Quando a Leninha ali chegou, encontrou o pai que retorcia as mãos em desespero.
- Ai o que me fizeram. Estou desgraçado…
- Tem calma, pai. A culpa foi toda minha. Eu é que vou para a prisão para saldar esta dívida.
Nesse momento, o João chegou junto deles.
- Então que se passa? Tanta confusão…
- Oh! João…
A Leninha ia para dizer qualquer coisa, mas não conseguiu. O rapaz teve de a amparar para não voltar a cair redondamente no chão.
- Vamos, tem calma. Verás que tudo se resolverá em pouco tempo. A polícia já investiga?
- Já chamámos a Judiciária – respondeu o senhor Borda d’Água. – E andam por aí elementos da PIDE, pois há quem pense que isto tem contornos políticos…
- Contornos políticos?... – estranhou o João. – Coisa estranha.
O certo é que o João ficou preocupado com o modo como as coisas se estavam a desenvolver e rapidamente elaborou um plano de ação. Ao mesmo tempo, o seu bom coração impelia-o para libertar a Leninha do mau momento que estava a viver.
«Tenho de fazer alguma coisa. Esta brincadeira está a ir longe demais.»
Nesse momento, um elemento da Judiciária chegou à porta do café e disse.
- Precisamos de falar com o responsável da exposição.
O senhor Borda d’Água avançou e a Leninha acompanhou-o. Lá dentro, sentado a uma mesa, viram o Ezequiel muito cabisbaixo a bater com a mão na cabeça
- A culpa foi minha – dizia ele. – Devo ter-me esquecido de fechar a porta lateral.
- Não pense nisso – respondeu o elemento da PJ e virando-se para o senhor Borda d’Água e filha: - Isto é um caso muito estranho. Apenas foi roubada uma peça que nem sequer é a mais valiosa. O executante refugiou-se na casa de banho, esperou que todos saíssem e o café fechasse para executar o golpe. Já recolhemos impressões digitais por todo o lado e especialmente nesse local, mas ainda não temos suspeitos. Quanto à execução, foi primorosa utilizando um diamante para cortar a proteção em vidro. Dado o tipo de golpe, receio que nunca apareça no mercado de recetadores e que seja para alimentar uma coleção particular. Assim, sem um bocadinho de sorte, nunca descobriremos o verdadeiro culpado.
- Oh! Meu Deus! Que coisa horrível! E era eu o fiel depositário dessas joias…
- Prepare-se para o pior.
A Leninha desatou num choro convulsivo e saiu do café. Cá fora, o João amparou-a mais uma vez e ela contou-lhe o desenrolar da conversa com o elemento da PJ.
O João ficou preocupadíssimo e, enquanto regressava a casa, cogitava.
«Tenho de fazer alguma coisa».
- Ai o que me fizeram. Estou desgraçado…
- Tem calma, pai. A culpa foi toda minha. Eu é que vou para a prisão para saldar esta dívida.
Nesse momento, o João chegou junto deles.
- Então que se passa? Tanta confusão…
- Oh! João…
A Leninha ia para dizer qualquer coisa, mas não conseguiu. O rapaz teve de a amparar para não voltar a cair redondamente no chão.
- Vamos, tem calma. Verás que tudo se resolverá em pouco tempo. A polícia já investiga?
- Já chamámos a Judiciária – respondeu o senhor Borda d’Água. – E andam por aí elementos da PIDE, pois há quem pense que isto tem contornos políticos…
- Contornos políticos?... – estranhou o João. – Coisa estranha.
O certo é que o João ficou preocupado com o modo como as coisas se estavam a desenvolver e rapidamente elaborou um plano de ação. Ao mesmo tempo, o seu bom coração impelia-o para libertar a Leninha do mau momento que estava a viver.
«Tenho de fazer alguma coisa. Esta brincadeira está a ir longe demais.»
Nesse momento, um elemento da Judiciária chegou à porta do café e disse.
- Precisamos de falar com o responsável da exposição.
O senhor Borda d’Água avançou e a Leninha acompanhou-o. Lá dentro, sentado a uma mesa, viram o Ezequiel muito cabisbaixo a bater com a mão na cabeça
- A culpa foi minha – dizia ele. – Devo ter-me esquecido de fechar a porta lateral.
- Não pense nisso – respondeu o elemento da PJ e virando-se para o senhor Borda d’Água e filha: - Isto é um caso muito estranho. Apenas foi roubada uma peça que nem sequer é a mais valiosa. O executante refugiou-se na casa de banho, esperou que todos saíssem e o café fechasse para executar o golpe. Já recolhemos impressões digitais por todo o lado e especialmente nesse local, mas ainda não temos suspeitos. Quanto à execução, foi primorosa utilizando um diamante para cortar a proteção em vidro. Dado o tipo de golpe, receio que nunca apareça no mercado de recetadores e que seja para alimentar uma coleção particular. Assim, sem um bocadinho de sorte, nunca descobriremos o verdadeiro culpado.
- Oh! Meu Deus! Que coisa horrível! E era eu o fiel depositário dessas joias…
- Prepare-se para o pior.
A Leninha desatou num choro convulsivo e saiu do café. Cá fora, o João amparou-a mais uma vez e ela contou-lhe o desenrolar da conversa com o elemento da PJ.
O João ficou preocupadíssimo e, enquanto regressava a casa, cogitava.
«Tenho de fazer alguma coisa».
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