O comandante do posto não estava muito satisfeito com o modo com as coisas se estavam a processar.
- A PJ não tem autoridade para interrogar elementos da GNR. Recuso…
- Não o aconselharia – respondeu o investigador. – Podem sair daqui como heróis ou vilões, por isso, o vosso interesse é colaborar. Reparem que, se isto for divulgado pela imprensa e der para o torto, a vossa imagem fica definitivamente comprometida. E não acredito que o nosso venerado Presidente permita que continuem neste remansoso espaço. Uma visita às colónias é capaz de vos fazer muito bem.
O comandante dispôs-se a colaborar e, pouco depois, o guarda Ernesto confessava como tudo se tinha passado.
- Quer dizer, esse miúdo, o João, é responsável por todos os prejuízos causados ao senhor Borda d’Água e você colaborou numa manobra de diversão relativamente à recolha da jóia.
- Eu não queria prejudicar ninguém. Pensei que não faria mal uma vez que o objecto acabou por ser recuperado.
- Por favor chamem-me o senhor Borda d’Água e o doutor Preto…
Pouco depois, as pessoas referidas eram postas ao corrente da situação. O Dr. Preto, sempre bondoso afirmou:
- Gostava que este caso fosse abafado. Cobrirei todos os prejuízos causados pelo meu neto e dar-lhe-ei uma lição que ele não esquecerá apesar de já duvidar de que ele um dia se emendará. A próxima dose de vitaminas que tomar será injetada por mim, isto, durante trinta dia. Além disso, dia sim dia não, vou dar-lhe um sedativo em supositório...
O senhor Borda d’Água tossicou e afirmou:
- Eu estou satisfeitíssimo com a recuperação da coroa. A exposição vai continuar e a imagem de eficácia que foi transmitida na recuperação da coroa é que é que é importante. Não se preocupe com os prejuízos, dr. Preto. O aumento de negócios compensou tudo e o café Avenida já se prontificou a prolongar a exposição mais uns dias. Por isso, sinto-me totalmente compensado.
- Então, no meu relatório, vou afirmar que um desconhecido anónimo aqui deixou a indicação da localização da coroa. Mas, comandante, como foi tão ingénuo para acreditar na versão que o guarda Ernesto lhe contou?
- Isto acontece tantas vezes nos filmes policiais que acabei por pensar que era verdade…
- A PJ não tem autoridade para interrogar elementos da GNR. Recuso…
- Não o aconselharia – respondeu o investigador. – Podem sair daqui como heróis ou vilões, por isso, o vosso interesse é colaborar. Reparem que, se isto for divulgado pela imprensa e der para o torto, a vossa imagem fica definitivamente comprometida. E não acredito que o nosso venerado Presidente permita que continuem neste remansoso espaço. Uma visita às colónias é capaz de vos fazer muito bem.
O comandante dispôs-se a colaborar e, pouco depois, o guarda Ernesto confessava como tudo se tinha passado.
- Quer dizer, esse miúdo, o João, é responsável por todos os prejuízos causados ao senhor Borda d’Água e você colaborou numa manobra de diversão relativamente à recolha da jóia.
- Eu não queria prejudicar ninguém. Pensei que não faria mal uma vez que o objecto acabou por ser recuperado.
- Por favor chamem-me o senhor Borda d’Água e o doutor Preto…
Pouco depois, as pessoas referidas eram postas ao corrente da situação. O Dr. Preto, sempre bondoso afirmou:
- Gostava que este caso fosse abafado. Cobrirei todos os prejuízos causados pelo meu neto e dar-lhe-ei uma lição que ele não esquecerá apesar de já duvidar de que ele um dia se emendará. A próxima dose de vitaminas que tomar será injetada por mim, isto, durante trinta dia. Além disso, dia sim dia não, vou dar-lhe um sedativo em supositório...
O senhor Borda d’Água tossicou e afirmou:
- Eu estou satisfeitíssimo com a recuperação da coroa. A exposição vai continuar e a imagem de eficácia que foi transmitida na recuperação da coroa é que é que é importante. Não se preocupe com os prejuízos, dr. Preto. O aumento de negócios compensou tudo e o café Avenida já se prontificou a prolongar a exposição mais uns dias. Por isso, sinto-me totalmente compensado.
- Então, no meu relatório, vou afirmar que um desconhecido anónimo aqui deixou a indicação da localização da coroa. Mas, comandante, como foi tão ingénuo para acreditar na versão que o guarda Ernesto lhe contou?
- Isto acontece tantas vezes nos filmes policiais que acabei por pensar que era verdade…
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