Pouco depois, a Mari’mília terminou a venda de limões e foi na direção do posto da GNR intrigada com o que tinha visto antes.
Ao entrar ainda ouviu parte da conversa e ficou abismada. O guarda que a recebeu perguntou-lhe:
- O que pretende a menina?
- A minha mãe está aí dentro. O que se passa?
- Vou levá-la ao comandante e à sua mãe.
E conduziu-a ao gabinete do comandante que a reconheceu imediatamente. Entretanto, a mãe desatou a chorar:
- Nicha, querem multar-nos. Não temos licença de feirante e era necessária para vender no mercado. A multa é de 500 escudos. Como vamos arranjar o dinheiro?
- Mãe, decerto que há uma solução diferente para o caso.
O comandante, entretanto, tinha-se levantado e pôs uma mão nas costas da senhora:
- Esteja descansada. Nós não vamos multá-la nem apreender os produtos. Não podemos fazer isso a quem nos salvou a vida.
- Mas o que se passa? – perguntou a senhora muito admirada. – Não percebo nada.
- A sua filha salvou-nos a vida há uma semana em Peras Ruivas. Nós temos de cumprir a lei, mas temos de mostrar a nossa gratidão a quem nos ajuda. Guarda Ernesto, traga imediatamente, os produtos apreendidos.
O guarda referido apareceu, cumprimentou timidamente a Mari’mília e disse:
- Comandante, o guarda Elias já levou dois coelhos para casa. Nós pensámos que os podíamos repartir entre nós.
- Seus alimárias. Desde quando lhes tenho dito que não podem ficar com os produtos apreendidos??!! Todos os produtos devem ser enviados para o quintal do nosso venerado Presidente do Conselho de Ministros onde ele cria galinhas e coelhos para se alimentar. – e curvou-se perante a salazarenta fotografia. - Tratem de o avisar imediatamente para trazer os coelhos. E tu, vai já à Câmara tratar de arranjar uma licença de feirante para esta senhora e filha.
- Às suas ordens, meu comandante.
Pouco depois, já com licença de feirante na mão, as nossas amigas puderam completar a venda e iniciar o regresso a Peras Ruivas. Mas as suas atribulações não tinham acabado…
Ao entrar ainda ouviu parte da conversa e ficou abismada. O guarda que a recebeu perguntou-lhe:
- O que pretende a menina?
- A minha mãe está aí dentro. O que se passa?
- Vou levá-la ao comandante e à sua mãe.
E conduziu-a ao gabinete do comandante que a reconheceu imediatamente. Entretanto, a mãe desatou a chorar:
- Nicha, querem multar-nos. Não temos licença de feirante e era necessária para vender no mercado. A multa é de 500 escudos. Como vamos arranjar o dinheiro?
- Mãe, decerto que há uma solução diferente para o caso.
O comandante, entretanto, tinha-se levantado e pôs uma mão nas costas da senhora:
- Esteja descansada. Nós não vamos multá-la nem apreender os produtos. Não podemos fazer isso a quem nos salvou a vida.
- Mas o que se passa? – perguntou a senhora muito admirada. – Não percebo nada.
- A sua filha salvou-nos a vida há uma semana em Peras Ruivas. Nós temos de cumprir a lei, mas temos de mostrar a nossa gratidão a quem nos ajuda. Guarda Ernesto, traga imediatamente, os produtos apreendidos.
O guarda referido apareceu, cumprimentou timidamente a Mari’mília e disse:
- Comandante, o guarda Elias já levou dois coelhos para casa. Nós pensámos que os podíamos repartir entre nós.
- Seus alimárias. Desde quando lhes tenho dito que não podem ficar com os produtos apreendidos??!! Todos os produtos devem ser enviados para o quintal do nosso venerado Presidente do Conselho de Ministros onde ele cria galinhas e coelhos para se alimentar. – e curvou-se perante a salazarenta fotografia. - Tratem de o avisar imediatamente para trazer os coelhos. E tu, vai já à Câmara tratar de arranjar uma licença de feirante para esta senhora e filha.
- Às suas ordens, meu comandante.
Pouco depois, já com licença de feirante na mão, as nossas amigas puderam completar a venda e iniciar o regresso a Peras Ruivas. Mas as suas atribulações não tinham acabado…
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