Ainda no mesmo dia, uma bela figura de mulher de cabelos loiros saracoteava-se por Ourém. A primeira visita que fez foi à Marina.
- Bom dia, Fernando. Está bom?
- Bom dia, menina Deolinda. Em que posso servi-la?
Ela sorriu encantadora.
- Eu queria duas telas grandes e material para pintar…
O Vieira sorriu todo solícito.
- Vai dedicar-se à arte? Olhe que é muito difícil encontrar esse material em Ourém. Por acaso, tenho algum que tinha encomendado para o Estorietas, mas, como ele desapareceu, posso dispensar-lho.
- Ainda bem. Sabe, resolvi pintar. Tenho um retrato meu, mas acho que tenho mãos para fazer melhor. Que acha? Ficarei bem?
E sorriu toda coquete.
- Eu acho que ficará maravilhosa. E, se precisar de modelo…
Aviou o que a rapariga pretendia e ela, depois de pagar, saiu, passou junto ao Central e dirigiu-se a uma loja junto da “Loja do Povo”.
- Bom-dia, senhor Manuel. Precisava que me aviasse esta lista de coisas.
- Bom-dia, menina. Vou já tratar disso.
Consultou a lista e olhou para a rapariga.
- São muitas coisas. É tudo para a menina?
- Claro. Neste momento, eu vivo sozinha…
- A menina era a namorada do Estorietas, não era?
- Eu? Por que pergunta isso? Mal o conheço…
- Custa-me a crer. Sabe?....
E durante mais de meia-hora desbobinou tudo o que sabia acerca do Estorietas, do seu caso na banda com uma miúda encantadora e o caso dos quadros. Rematou dizendo que ele fugira e ninguém sabia dele.
A rapariga já bufava quando ele terminou e só disse:
- Não sei para que me conta isso tudo. Como lhe disse, mal o conheço…
- Não me leve a mal, mas não é isso que consta por aí. Dizem que ele gostou muito dos seus encantos. E a menina tenha cuidado. Há muito malandro nesta terra. Já ouviu falar no neto mais novo do Dr. Preto? Anda a dizer que tem de a conhecer.
- Bahhh! Depenava esse passarito com água fria em três segundos. O Estorietas é bem mais estimulante.
- Mas olhe que o menino João tem cada história de encantamento…
- Nããããooooo. Nem quero ouvir…
- Tenha paciência, menina. São muitas coisas para aviar e eu preciso de me distrair com qualquer coisa. Pronto, já está…
Preparou um saco enorme com as coisas, ela pagou e saiu.
«- Bem engraçada o diabo da rapariga. Há estorietas com muita sorte.»
- Bom dia, Fernando. Está bom?
- Bom dia, menina Deolinda. Em que posso servi-la?
Ela sorriu encantadora.
- Eu queria duas telas grandes e material para pintar…
O Vieira sorriu todo solícito.
- Vai dedicar-se à arte? Olhe que é muito difícil encontrar esse material em Ourém. Por acaso, tenho algum que tinha encomendado para o Estorietas, mas, como ele desapareceu, posso dispensar-lho.
- Ainda bem. Sabe, resolvi pintar. Tenho um retrato meu, mas acho que tenho mãos para fazer melhor. Que acha? Ficarei bem?
E sorriu toda coquete.
- Eu acho que ficará maravilhosa. E, se precisar de modelo…
Aviou o que a rapariga pretendia e ela, depois de pagar, saiu, passou junto ao Central e dirigiu-se a uma loja junto da “Loja do Povo”.
- Bom-dia, senhor Manuel. Precisava que me aviasse esta lista de coisas.
- Bom-dia, menina. Vou já tratar disso.
Consultou a lista e olhou para a rapariga.
- São muitas coisas. É tudo para a menina?
- Claro. Neste momento, eu vivo sozinha…
- A menina era a namorada do Estorietas, não era?
- Eu? Por que pergunta isso? Mal o conheço…
- Custa-me a crer. Sabe?....
E durante mais de meia-hora desbobinou tudo o que sabia acerca do Estorietas, do seu caso na banda com uma miúda encantadora e o caso dos quadros. Rematou dizendo que ele fugira e ninguém sabia dele.
A rapariga já bufava quando ele terminou e só disse:
- Não sei para que me conta isso tudo. Como lhe disse, mal o conheço…
- Não me leve a mal, mas não é isso que consta por aí. Dizem que ele gostou muito dos seus encantos. E a menina tenha cuidado. Há muito malandro nesta terra. Já ouviu falar no neto mais novo do Dr. Preto? Anda a dizer que tem de a conhecer.
- Bahhh! Depenava esse passarito com água fria em três segundos. O Estorietas é bem mais estimulante.
- Mas olhe que o menino João tem cada história de encantamento…
- Nããããooooo. Nem quero ouvir…
- Tenha paciência, menina. São muitas coisas para aviar e eu preciso de me distrair com qualquer coisa. Pronto, já está…
Preparou um saco enorme com as coisas, ela pagou e saiu.
«- Bem engraçada o diabo da rapariga. Há estorietas com muita sorte.»
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