Viu que a rapariga lhe sorria.
«Parece um anjo. Quem diria que me espetou a forquilha no traseiro?»
- Ansiava por poder desculpar-me daquele dia na minha cabana…
- Mas está viva? Como escapou?
- Naquele dia, apenas desmaiei. Quando voltei a mim, fui ter com os meus familiares que me socorreram. Somos um grupo muito unido. Tanto que já reconstruímos a cabana…
- Mas a polícia não voltou a procurá-la?
- Não houve queixa contra mim. No fundo que mal fiz eu? Era apenas um momento de paixão louca a que o Estorietas não conseguia corresponder.
- Vejo que ele não a merecia.
Ela colocou a mão no braço dele.
- Esqueçamos isso. Felizmente você está bem e já esqueceu a agressão a que o sujeitei…
- Tudo esquecido – disse o João sorridente. – Estou encantado por a conhecer. Aliás, acabou de me salvar a vida. Quer vir até ao café?
- Hoje não posso. Tenho de regressar a casa…
- E amanhã? Por que não aparece amanhã no Avenida? Apresentava-a a todos os meus amigos…
Combinaram encontrar-se no dia seguinte na esplanada do Avenida. E, pelas onze horas, um pequeno grupo falava animadamente quando ela ali chegou. O João levantou-se, pegou-lhe delicadamente na mão e anunciou:
- Meninos e meninas, esta é a Deolinda uma amiga que ontem me salvou e vida…
E contou rapidamente o que lhe acontecera na noite anterior. Todos ficaram muito admirados com a agressão da Teresinha.
- Não consigo acreditar – dizia a Livinha. – A Teresinha não é pessoa para maltratar ninguém…
- Possivelmente excedeste-te. Ela anda atrapalhada a estudar para exames – informou a Leninha. – Também me custa a crer nessa agressão por parte dela…
- A verdade é que o encontrei num estado lastimoso – afirmou a Deolinda. – Mas ela já não estava à janela. Acredito que não se tenha apercebido das consequências…
- Olha, Deolinda, não interessa. Oportunamente ela esclarecerá tudo. Agora, és nossa amiga. Queres vir ao nosso bailarico desta noite no sótão do Luís Filipe?
Ela ficou encantada com o convite.
- Ainda agora os conheci. Não sei se deva aceitar…
- Tens de vir – acrescentou o João. – Vais ver que todos te tratam bem.
Ela sorriu, mas de repente ficou tensa a olhar na direção dos Correios. Pelo passeio, vinha uma figura conhecida.
O Estorietas começou a atravessar a rua. Ainda não a tinha visto, mas, mal olhou para a esplanada, virou a cara, fez um esgar de desprezo e mudou de direção como se fosse para o Central.
«Será que perderam um amigo? – pensou a Deolinda».
À noite, a rapariga foi uma espécie de rainha do baile. Todas as atenções dos rapazes eram para ela e o João foi a pessoa que mais tempo passou a dançar com ela. Estranhamente, O Estorietas não apareceu no bailarico, mas pouco pensaram nisso.
Já eram onze da noite quando a rapariga disse para o João.
- Devo ir-me embora. Amanhã não queres visitar a minha cabana? Podemos almoçar por lá…
- Lá estarei – respondeu o João ansioso por avançar.
«Parece um anjo. Quem diria que me espetou a forquilha no traseiro?»
- Ansiava por poder desculpar-me daquele dia na minha cabana…
- Mas está viva? Como escapou?
- Naquele dia, apenas desmaiei. Quando voltei a mim, fui ter com os meus familiares que me socorreram. Somos um grupo muito unido. Tanto que já reconstruímos a cabana…
- Mas a polícia não voltou a procurá-la?
- Não houve queixa contra mim. No fundo que mal fiz eu? Era apenas um momento de paixão louca a que o Estorietas não conseguia corresponder.
- Vejo que ele não a merecia.
Ela colocou a mão no braço dele.
- Esqueçamos isso. Felizmente você está bem e já esqueceu a agressão a que o sujeitei…
- Tudo esquecido – disse o João sorridente. – Estou encantado por a conhecer. Aliás, acabou de me salvar a vida. Quer vir até ao café?
- Hoje não posso. Tenho de regressar a casa…
- E amanhã? Por que não aparece amanhã no Avenida? Apresentava-a a todos os meus amigos…
Combinaram encontrar-se no dia seguinte na esplanada do Avenida. E, pelas onze horas, um pequeno grupo falava animadamente quando ela ali chegou. O João levantou-se, pegou-lhe delicadamente na mão e anunciou:
- Meninos e meninas, esta é a Deolinda uma amiga que ontem me salvou e vida…
E contou rapidamente o que lhe acontecera na noite anterior. Todos ficaram muito admirados com a agressão da Teresinha.
- Não consigo acreditar – dizia a Livinha. – A Teresinha não é pessoa para maltratar ninguém…
- Possivelmente excedeste-te. Ela anda atrapalhada a estudar para exames – informou a Leninha. – Também me custa a crer nessa agressão por parte dela…
- A verdade é que o encontrei num estado lastimoso – afirmou a Deolinda. – Mas ela já não estava à janela. Acredito que não se tenha apercebido das consequências…
- Olha, Deolinda, não interessa. Oportunamente ela esclarecerá tudo. Agora, és nossa amiga. Queres vir ao nosso bailarico desta noite no sótão do Luís Filipe?
Ela ficou encantada com o convite.
- Ainda agora os conheci. Não sei se deva aceitar…
- Tens de vir – acrescentou o João. – Vais ver que todos te tratam bem.
Ela sorriu, mas de repente ficou tensa a olhar na direção dos Correios. Pelo passeio, vinha uma figura conhecida.
O Estorietas começou a atravessar a rua. Ainda não a tinha visto, mas, mal olhou para a esplanada, virou a cara, fez um esgar de desprezo e mudou de direção como se fosse para o Central.
«Será que perderam um amigo? – pensou a Deolinda».
À noite, a rapariga foi uma espécie de rainha do baile. Todas as atenções dos rapazes eram para ela e o João foi a pessoa que mais tempo passou a dançar com ela. Estranhamente, O Estorietas não apareceu no bailarico, mas pouco pensaram nisso.
Já eram onze da noite quando a rapariga disse para o João.
- Devo ir-me embora. Amanhã não queres visitar a minha cabana? Podemos almoçar por lá…
- Lá estarei – respondeu o João ansioso por avançar.
E agora? Estará o João em perigo? Terá a Deolinda alguma ideia em mente?
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