Cheirinho a autárquicas
Consta que só conseguimos alguma coisa do poder autárquico em momento de eleições. Eu não acredito que seja completamente assim, isto é, que isto seja resultado de uma prática maquiavélica de aliciamento. Pelo menos naqueles locais em que há alternância, é natural que numa primeira fase se tome contacto com os problemas herdados da gestão anterior e se vá adaptando o programa à contingência herdada deixando as realizações para o fim.
A reforçar a suspeita lançada, aqui para os lados onde habito, começa a notar-se grande azáfama. Há que fazer uma passagem para peões sob a linha do comboio pelo que já se iniciaram os trabalhos para instalação do estaleiro, os quais passam por mudanças de sentido do trânsito, desvios, etc. etc. Entre dentes, rosnamos contra o incómodo, mas, como se vai traduzir em benefício, abençoamos as eleições que aí vêm e o receio que as almas laranjas têm de ser substituídas pelas almas rosa.
E em Ourém?
Ao que parece, aqui, não se põe o problema da alternância. Será que os meus amigos já detectam alguma actividade para reforçar a fidelidade do eleitor ao poder constituído, para estabelecer a necessário ponte para o enamoramento com o munícipe? Ou nem essa?
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