segunda-feira, setembro 06, 2004

O pseudo eremita (3)
Cabanas

A preservação de Tavira tem a sua contrapartida na manutenção de situações inqualificáveis em Cabanas.
Parece que a palavra de ordem é "Não mexer em nada", apesar do crescimento populacional do Verão e dos múltiplos problemas do trânsito.
Cabanas é uma terra de pescadores ao lado da Ria Formosa. O acesso ao Centro faz-se por uma longa recta que permite visualizar, lá ao fundo, as águas da ria e algumas árvores de pequeno porte. Em alguns pontos da estrada de acesso, há espaço para mais do que três automóveis. No entanto, não há um passeio para peões.
Será que o responsável autárquico, o bem conhecido Macário Correia, pensa que toda a gente gosta de se deslocar em automóvel? Que não aprecia a caminhada matinal ou a outras horas do dia?
Facilita-se a construção para arrecadar receitas a partir da malvada forma de financiamento das autarquias. E as consequências vêm logo...
A velocidade dos automóveis é digna de um filme de terror. Apesar de uma limitação aos 30km/hora, não há carro particular ou comercional, furgoneta, jipe ou camioneta que respeite aquela limitação. E, de vez em quando, os peões ou os pobres gatitos e cães é que pagam a mania das velocidades da cambada.
E a lixarada pela rua... Um autêntico nojo! Penso que há lixo acumulado de anos anteriores.
Conscientes disto, os ingleses foram fugindo.
Os poucos que ficam e os portugueses são impiedosamente mordidos por toda a espécie de mosquitos em restaurantes ou nas esplanadas.

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