Por sua excelência, o Ministro do bago
Aprender com a prática
Aprendi muito com a elaboração e discussão na praça pública deste Orçamento.
Tem que vir sempre o autoelogio
Percebi como é um privilégio arriscar ser violentamente criticado apenas porque se decide, se opta e se escolhe com convicções, com rigor e com esperança.
É dos livros: mal chegam ao poder, o seu interesse é universal
Senti, como nunca, como é que certas pessoas fazem, de um modo falso e quase angélico, o discurso do interesse geral, para tentar ganhar nos interesses corporativos ou mesmo particularistas.
Mas a um ministro pede-se mais que capacidades aritméticas
Senti como alguns arautos da consolidação tentam contrariar as mais elementares regras de aritmética orçamental. Isto é, exigindo mais nas parcelas (entenda-se despesa), ao mesmo tempo criticando o ministro das Finanças por a soma não ser inferior.
E viva a bagunça que assim não dão por mim...
Senti por que é que alguns interesses parecem preferir a instabilidade e a indisciplina para que melhor medrem os respectivos proveitos.
Seria o sr. Ministro tão ingénuo?
Senti como alguns se servem da discussão pública do Orçamento como palco para dissimular as suas incapacidades, despeitos e pequenas «vendettas».
Nomes, por favor, nomes...
Senti como é coerente a incoerência de tantos paladinos do rigor que, por certo, já se esqueceram do que não fizeram ou do que deixaram fazer, por acção ou opmissão, em cargos e ocasiões passados.
Repito: nomes... senão quem se licha é o mexilhão...
Senti como é fácil para certas mentes enunciar princípios de aceitação universal, como a luta contra a evasão e fuga fiscais, desde que não passe disso mesmo: mero enunciado de intenções.
Se calhar, nem ler sabem
Percebi que é «dispensável» a leitura do Orçamento para sobre ele se dissertar eloquentemente.
Vá, seja mais explícito. Quem o tramou?
Percebi que o medo também orienta a crítica.
(in Expresso de 3.12.2004)
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