segunda-feira, novembro 11, 2019

1968: a ida às Sortes




Fomos convocados prá banda
Que é que nos querem fazer?
Contratar carne pra canhão...
Será que isso lhes dá prazer?

Mas onde está o Luís Nuno
Que também é da nossa idade?
Pirou-se para França, oportuno,
Anda preso à saudade...




O que pensam eles de nós
Enquanto aqui esperamos?
Até nos mandaram despir ...
Julgam que são nossos amos?



Olha o papelinho na mão
Contentes por ser perfeitos
Mas no fundo a apreensão:
A que vamos ser sujeitos?

Vamos buscar os instrumentos
E cantar nossa desdita
Toda a gente de Ourém
Merece saber da fita



tum, tum, turum, tum, tum

Ouve lá, ó mãe querida
Querem que eu vá prá guerra
Que abandone a boa vida
E oprima os de outra terra

tum, tum, turum, tum, tum



tum, tum, turum, tum, tum

Vamos direitos à Praça
Para toda a gente ver
Que o pessoal até tem raça
Que é bravo a valer

tum, tum, turum, tum, tum

5 anos vão esperar
Podiam até ser mil
O curso quero tirar
E ser tropa em Abril

tum, tum, turum, tum, tum



Almoçámos no Vilar
Que hoje é vila por sinal
O repasto até foi bom
E partimos pró Agroal



Ai que águas tão bonitas
Aqui viemos encontrar
Mas as guerras são malditas
Há que as fazer acabar




Vamos fazer um bailarico
A banda é um bom lugar
Toma banho, põe a gravata
É toda a noite a dançar


2 comentários:

sougus disse...

Boa tarde.
Por que necessito de algumas (uma ou duas imagens da ida "às Sorte" e não consigo encontrar vilha-lhe solicitar o favor de me conceder os direitos de autor destas.

Penso que deve de ficar com o meu mail, pelo que muito agradecido ficava se pudesse me contactar.
Anticipadamente grato
Augusto Sousa (Espinho)

Lobo Sentado disse...

Caro Sougus
Tudo o que está neste blog é livre. Use as imagens que entender. Para isso, deverá fazer download a partir das mesmas pois também não possuo os originais.

Saudações

Lobo Sentado

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