Consta que em tempos passou pela nossa terra.
E logo pensou em desfrutar o prazer de um passeio com o seu fiel cavalo.
Saltou-lhe para o dorso e picou-o com as esporas.
O cavalo desatou a correr pela encosta: Catapum! Catapum! Catapum!
- Anda, cavalinho, corre, corre bem... leva-me depressa até Ourém...
E o cavalo corria o mais que podia.
Nisto, um cão atravessou-se-lhes no caminho. A formosa amazona esticou as rédeas com prontidão. O cavalo ergueu-se nas patas traseiras e quase tocou a copa das árvores que rodeiam a estrada. A menina foi frágil para aguentar esse movimento. Caiu para trás, bateu com o braço no chão...
Não tardou muito, foi socorrida. Permanecia desmaiada. O fiel cavalo estava junto dela, contemplando-a desalentado. Por todo o lado, as aves cantavam pedindo que acordasse. O próprio cãozito parecia triste com o mal que tinha provocado.
Pouco a pouco, foi recuperando...
- Ai o meu braço, que coisa horrível sinto...
- Vamos levá-la ao hospital. Pode ter algo partido...
- Não, não deixo o meu cavalo. E que podem lá fazer-me se nem o Raio-X têm activo? Vou pelos meus meios.
E afastou-se, deixando os diligentes oureenses boqueabertos...
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