segunda-feira, novembro 04, 2019

Escalada para a prisão


Terminado o pequeno-almoço, tentámos reter a imagem identificativa daquele local que nos deixou a mais profunda gratidão.
VALBOM, um vale a meio de uma encosta, passe a contradição. Um vale bom, ou melhor, um vale de gente boa.

Cá fora, o grande chefe apontou a torre virada a Santo Amaro.
- Meus amigos, após visita aos nossos amigos desaparecidos, temos de escalar aquela encosta para termos acesso ao local do nosso almoço. Dali, desceremos à antiga prisão, onde, como sabem, um dia foi prisioneiro o célebre João Passarinho.
- É, pá, aquilo custa muito a subir, eu vou de automóvel.
- É convosco, se não querem um bom treino para abrir o apetite.

Por volta da uma da tarde, começámos a convergir para a prisão. Lá estava o grande chefe sempre pronto a indicar-nos o caminho com ar de quem não tinha escalado a encosta, fresco como uma alface.
«Ucharia do Conde», que raio de designação, que se comerá por aqui?
Aos pouco começaram a chegar: uns, um pouco atrapalhados, a subir. Outro, mais afoito, a descer. A demonstração de que «quem sabe, sabe».
Seguiu-se um magnífico «Pernil à Ucharia com castanhas».
Bem regado, a todos deliciou, enquanto se ouviam constantes estórias da nossa Ourém onde a principal vedeta foi o Zé Domingos.
No final, o grande chefe fez o balanço do dia, das contas e novo encontro ficou marcado para 7 de Novembro do próximo ano. Claro que fica a questão: «E agora, Julito? Como vais encontrar pessoas tão boas como as que nos receberam este ano?»

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