terça-feira, fevereiro 11, 2020

Em busca das meninas

Estorietas e Mari’mília partiram na direção dos moinhos. Pouco depois, o grupo deixou de os ver.
- É estranho elas não terem aparecido.
- Possivelmente, a loja não tinha pilhas e foram procurar noutra.
Junto a um dos moinhos, olharam Ourém. Era impressionante a paisagem com o Castelo do outro lado.
- Ainda um dia, poderemos ir de teleférico daqui para o castelo.
Continuaram a caminhada na direção da Lourinhã e das miúdas não encontraram qualquer sinal.
- Tu, que consegues subir às árvores, podias subir àquela oliveira e ver se as avistas.
A Mari’mília não se fez rogada. Parecia uma gazela, toda ela fibra, a subir pela árvore acima. O Estorietas apreciou o seu belo movimento.
- Tens muita classe – disse ele.
- Faço isto desde pequenina. Aos sessenta ainda vou apanhar azeitona a tua casa.
Ela olhou o horizonte.
- Então?
- Não vejo nada e já ali estão as casas da Lourinhã.
- Vamos até lá.
Ela começou a descer da árvore.
- Dá-me uma ajudinha. É mais fácil subir que descer.
O Estorietas aproximou-se da árvore e ela deixou-se cair na sua direção. Ele amparou-a, impedindo-a de cair, sentindo a sua respiração um pouco ofegante. Teve de a puxar para si para que ela não se estatelasse.
- Cuidado! Ainda cais…
A preocupação deles começava a ser grande. Que se passaria com as duas meninas? Ter-se-iam perdido?
(continua amanhã)

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